O Templo e a Arca
Este trabalho
surgiu por mera vontade de entender a Habitação de Deus, ou seja, a Morada de
Deus no Antigo Testamento (AT) na leitura do Êxodo. A curiosidade indagava
porque havia tantos nomes, tantas moradas. Só uma pesquisa aprofundada poderia
elucidar. Espero que possa ser útil a quem se submeter à igual curiosidade! Ou
mesmo por outros interesses.
A base de estudo é a Bíblia de Jerusalém, livro do Êxodo capítulos:
25-31.35-40, dando ênfase as prescrições referentes à “Construção do Santuário”
e a “Construção e Ereção do Santuário!”. Não tem destaque para as prescrições
dos Ministros. Evidentemente o AT não pode se dissociar do Novo Testamento
(NT). Então, a curiosidade sobre as Tendas se estendeu às moradas de Deus nas
duas esferas. Portanto, relata os nomes dados a Tenda e ao Templo; a estrutura da Tenda e a
foto; o Projeto do Modelo Celestial; tipos
de altar
na época; relação do Templo de Jerusalém e Jesus Cristo; a Entronização
da arca no céu; visão Apocalíptica; e a Igreja. No final duas poesias que apresenta a História da Arca e do Templo.
Tudo começou
no deserto. Deus queria que Moisés fizesse um Santuário para que ele pudesse se
encontrar com os israelitas que ele tirara do Egito. Deus pediu: “Faze-me um
santuário, para que eu possa habitar no meio deles” (Ex
25,8). Deus é honrado nos lugares presente pela Teofonia.
Ele arquitetou o espaço físico, as mobílias e os procedimentos. Orientou tudo
para que Moisés pudesse cumprir de acordo com Sua vontade. Assim aconteceu a
construção da Tenda, que era provisória já que podia ser armado e desarmado
conforme a caminhada no deserto. Moisés se encontrava com Deus neste santuário
“portátil” e Deus se encontrava com os homens representados pelo
sumo-sacerdote. O sacerdócio se trata de um mandamento divino (Ex 28).
O Santuário é
um protótipo da Igreja de hoje.
“O Deus que
fez o mundo e tudo que existe, o Senhor do céu e da terra, não habita em
templos feitos por mãos humanas” (At 17,24). Mas na verdade, os
cristãos precisavam e precisam de um espaço físico público e comum para que
possam se reunir (Aleteia).
Este
Santuário, que é uma tenda obteve estes diversos nomes citados no AT conforme tradução
das Bíblias.
Nomes do
Templo - Tenda
A história da Arca é relacionada com a história do Templo.
Por definição
Bíblica: “Tenda é uma grande barraca onde eram realizados Atos de Adoração,
durante o tempo em que os Israelitas andavam no deserto, até uma construção do
Templo por Salomão”.
No
período que o Templo não estava em uma estrutura fixa.
Ø
Bíblia Jerusalém: Habitação (Ex
35,11); Tenda da Reunião (Ex 35,22);
Ø
Bíblia Ave Maria: Tabernáculo (Ex
26,1);
Ø
Bíblia CNBB: Tenda da Aliança (EX 25,10); Morada (Ex 26,1); Tenda do Encontro (Ex
40,2);
Ø
Bíblia Pastoral: Santuário (Ex
26,1);
Ø
Bíblia Paulinas: Tenda Sagrada (Ex
25,12); Tenda da Presença de Deus (Ex
40,3); Tenda do Senhor;
Ø
Figura: Tenda da Congregação;
Ø
Outros: Tenda do Deserto; Tenda do Testemunho (guarda o Testemunho
- Decálogo); Santo.
Nomes do Templo/Igreja
A
partir do tempo em que Iahweh/Deus teve sua morada em
uma construção fixa o Templo teve várias conotações e de variados nomes no
âmbito instrutivo.
Ø
Templo de Salomão / Templo de
Jerusalém
Davi
desejava fazer uma morada para colocar a Arca (Cf. 1Cr 17,16; 2Sm 7,1).
Deus avisou que Sua casa viria da semente de Davi (Cf. 2Sm 7,13). Então
Salomão edificou o Templo de Deus (Cf. 1Rs 6-7) com muita riqueza em
Jerusalém. Finalmente a Arca foi transladada (Cf. 1Rs 8,1-9) e Deus
toma posse do Templo (Cf. 1Rs 8,10-12).
Tempos
depois os tesouros foram retirados do Templo por mais de uma vez. Babilônia (época
de Nabucodonosor II) e Romanos. Foi incendiado quando ocorreu a invasão dos romanos
sob as ordens de Tito. (Cf. 1Rs 14, 25-26; 2Rs 16, 7-9.17-18; 24,13; 25,9;
2Cr 26, 8-17; 28,24-25; 36,18-19).
Neste
momento, baseadas nas descrições bíblicas a Arca desapareceu e jamais foi
encontrada.
Ø
Neemias recupera o Templo, com o apoio de Esdras.
Depois
de Cristo,70 anos, o Templo de Jerusalém é destruído e não é mais recuperado.
Ø
Santuário de Iahweh
/ Templo de Iahweh
Reconstrução do
Templo de Jerusalém (Cf. Zc 6,12-13).
Ø
Templo de Deus / Templo do Senhor /
Casa de Deus.
Jesus falou:
“casa do meu Pai” se referindo ao Templo (Jo
2,16). Disse também: “Santuário de seu corpo” (Jo2, 21), ou
seja, tratava-se do corpo de cada um.
Ø
Igreja de Cristo
Jesus
fundou a Igreja junto com os apóstolos evangelizando todos. Ele diz: “Pois onde
dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles.” (Mt 18,20). Jesus preparava a Igreja quando disse: “Também
eu te digo tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas
do Hades nunca prevalecerão contra ela.” ( Mt 16,18).
Ø
Morada de Deus em Espírito
O
ser humano é co-edificado para ser habitação de Deus,
no Espírito (Cf. Ef 2,22). Seu corpo é o
Templo do Espírito Santo (Cf. 1Cor 6,19). Sois Templo de Deus e que
o Espírito de Deus habita em vós (Cf, 1Cor 3,16).
A
apresentação deste Santuário vem descrita por textos, frases em um Demonstrativo
Comparativo do solicitado por Deus e do que foi executado por Moises conforme a
Bíblia e de gravuras/quadro com informações para que se possa ter uma ampla
visão de como era o Tabernáculo.
A descrição
vai além da estrutura física, pois esclarece também os utensílios, vestimentas
dos sacerdotes entre outros.
Tenda – (Santuário) - era apresentada na
seguinte estrutura:
Ø
Lugar do Santíssimo ou Santo dos Santos – A parte mais sagrada (Debir).
Era uma sala intransponível, a não ser pelo sacerdote (Cf. Êx 26,31-33) de cabeça baixa e com sinos tocando.
Separada do lugar Santo, por um véu (cortina) na entrada para ocultar a Arca.
Tinha:
·
Arca da Aliança (Js 3,6). – é
o sinal da presença salutar de Deus.
Representa
o Seu trono e a Aliança de Deus com o povo
de Israel... Também
chamada: “Arca do Concerto”, ou “Arca do Testemunho” (Êx
25.22), ou “Arca de Deus (1Sm 5,7)”, ou “Arca de Iahweh (Js 3,13)” ou
“Arca da tua força (2Cr 6,41)”, ou “Arca Santa (2Cr 35,3)”.
Nela
é guardado: as Tábuas de Pedra (Os Dez Mandamentos), a vara de Aarão, e o vaso do
maná (Hb 9,4).
Foi
construída sob instruções divinas e orientação de Moisés (Êx 25,10-16; Ex 37,1-10). Acompanhou
a caminhada no deserto (Cf. Nm 10). Era
transportada apenas pelos sacerdotes porque só eles podiam tocá-la e no dia da expiação.
E só o sumo-sacerdote entrava onde ela estava. Quem em pecado estivesse morria.
Em
tempo de guerra a presença da Arca era suficiente para que os hebreus
derrotassem exércitos, e quando os comandantes hebreus dispensavam a Arca,
sofriam derrotas desastrosas.
Em
fim o povo de Israel tomou posse de Canaã, a terra prometida, após passar
quatro décadas no deserto. O Tabernáculo foi estabelecido em Siló (Cf. Js 18,1.10; 19,51,
21,2; Jz 18,31; 1Sm 1,3.24; 4,34), no tempo de
Juízes, sob o cuidado. Eli, e
seus filhos Hofni e Finéias.
Foi
capturada pelos filisteus (Cf. 1Sm 4,1-11) na batalha em Ebenézer, levaram
ela para templo de Dagom, em Asdode.
A simples presença da Arca trouxe problemas (Cf. 1Sm 5,1-12):
sofreram chagas, doenças, morte para quem tocava na Arca, a cabeça do deus
deles caia. Ficaram com ela por 7 meses (1Sm 6,1). Eles devolveram a
Arca para Israel (1Sm 6,1-12).
Ela
passou por Bet-Sames (Cf. 1Sm 6, 12-19) e Cariat-Iarim
(Cf. 1Sm 6,20-7,1) onde ficou aos cuidados de Eleazar por 20 anos.
A
Arca estava em Gabaon (Cf
1Cr 21,29; 2Cr 1,3;) em uma região montanhosa, na casa de Abinnadab. Davi pega a mesma, mas o episódio com Oza que morre (Cf.2Sm 6,5) ao tentar pegara a
Arca, faz ele recuar por medo da espada do anjo (Cf. 2Cr 21,29). Então
ele deixou a Arca na casa de Obede Edom de Gat por três meses (Cf.
2Sm 6, 9-11). Iahweh abençoou a casa de Obede Edom. Davi soube e então foi
lá e trouxe a Arca para a Tenda preparada (Cf. 2Sm 6,17), com gritos
de alegria (Cf. 2Sm 6,15), para a Cidade de Davi.
Salomão
foi no alto de Gabaon visitar a Tenda da Reunião
construída no deserto por Moisés, mas Davi tinha levado a Arca de Cariat-Iarim até a uma Tenda que ele tinha preparado em
Jerusalém (Cf. 2Cr 1,2-4) na Cidade de Davi, que é Sião (2Cr
5,2).
Davi
pensa em um Santuário (Cf. 1Cr 17,1), para o Senhor, mas é Salomão
quem constrói (Cf. 1Cr 5,15-7,51).
O
Rei Josias restabeleceu os sacerdotes nas suas funções, concordou a translação
e colocação da Arca (Cf. 2Cr 35,2-6) no Templo. Salomão prepara o
lugar do Santo dos Santos (Cf. 1Rs 6,19), e é translada a Arca (Cf.
1Rs 8, 1-9; 2Cr 5, 2-9) da Tenda preparada por Davi para o Templo de Deus.
Disse Salomão esses lugares são sagrados, por ter entrado neles a Arca de Iahweh” (Cr 8,11). Deus toma posse do Seu Templo
(Cf. 1Rs 8, 10-13; 2Cr 5,11-6,2). Salomão faz um discurso (Cf. 1Rs
8, 14-21) e também faz Orações (Cf. 1Rs 8, 22-40; 2Cr 6, 12-20).
A Arca foi venerada pelos hebreus inclusive no
período monárquico.
Com
o Templo construído a Arca passou por diversos incidentes neste período. Foram
provenientes de roubos pelas riquezas da construção, por incêndios provocados e
da reconstrução do Templo. Desapareceu depois do último incêndio, na invasão
dos romanos e nunca mais foi encontrada, como já foi dito.
O
profeta Jeremias profetizou que não se falaria na Arca que seria perdida, não
encontrada e não reconstruída (Cf. Jm 3, 14-18).
Ele foi o responsável por escondê-la (2Mc 2, 1-12).
·
Propiciatório com Querubins - Tampa colocada em cima da Arca.
A
palavra “propiciatório” quer dizer: “lugar onde Deus se manifesta propício e
favorável aos homens.
Era o lugar onde o sangue era
aspergido.
A
nuvem da glória era vista sobre o propiciatório, na parte mais interior do Tabernáculo
(Ex 40,36-38).
Ø
Lugar Santo
Tinha:
·
Altar de Incenso ou dos “Perfumes” ou de “Ouro”
Ficava
defronte do véu, diante da Arca. Era para queimar incenso especial duas vezes
ao dia, para ser contínuo. Tinha diversos recipientes. Ficava antes da cortina
do Santíssimo, diante da Arca.
·
Candeeiro (Candelabro, ou Castiçal) de ouro.
Representa
a Luz de Deus. Tinha cálices, botões, flores e 7 lâmpadas. Localizado diante da
mesa, fora do véu, à esquerda.
O Azeite para o candelabro era para mantê-lo aceso continuamente.
·
Mesa dos “Pães da Proposição” ou da “Oblação” ou da “Presença”.
Os
Pães da Proposição estavam sobre a Mesa. Era uma Provisão Divina. Indica Jesus,
o Pão do Céu (Jo 6,31-33.50-51), o Pão da
Vida (Jo 6,35.41.48.51.53). Ficava localizado
à direita.
Continha também pratos, taças, galhetas e recipientes para as
libações.
Ø
Átrio (Pátio)
Local
onde aconteciam os holocaustos e os sacrifícios. O espaço era fechado por uma
cerca feita de cortinas de “linho fino torcido” e presas por ganchos e pinos em
pilares de madeira de acácia.
Tinha:
·
Pia - Bacia de bronze ou cobre para que os sacerdotes.
Para que eles
lavassem as mãos e os pés antes de entrarem no interior. Fica entre o Santo e o
Altar de Holocausto
·
Altar do Holocausto ou de “Bronze”
Ficava no
centro do terreno entre a porta de entrada e a Pia. Era onde eram feitas as
ofertas queimadas e, principalmente, onde era feito o sacrifício pelos pecados
do povo.
Figura da Tenda
Projeto do Modelo Celestial
Contêm
as descrições, capítulos e versículos das citações sobre as prescrições e
realizações para a construção da Tenda.
Tenda |
||
Descrição do Projeto de Deus |
Prescrição Êx 25-31 |
Construção Êx 35-40 |
Contribuição para o Santuário - Iahweh
queria com uma oferta espontânea e de coração. Enumeração de Metais |
25,1-9. - |
35,4-29 36,2-7 38,21-31 |
Arca da Aliança (Decálogo) |
25,10-16 |
37,1-5 |
Propiciatório |
25,17-22 |
37,6-9 |
Mesa dos pães de oblação |
25,23-30 |
37,10-16 |
O Candelabro |
25,31-40 |
37,17-24 |
Habitação suas Cortinas e Estofos |
26,1-14 |
36,8-19 |
Armação com tábuas de madeira |
26,15-30 |
36,20-34 |
Véu Cortina
do Santo dos Santos |
26, 31-37 |
36,35-38 |
Altar do Holocausto ou “da Oferta Queimada” ou “de Cobre” |
27,1-8 |
38,1-7 |
Átrio – Pátio - |
27,9-19 |
38,9-20 |
Azeite |
27,20-21 |
- |
As vestimentas do sacerdote |
28,1-5 |
39,1 |
Efod / Peitoral |
28,6-14 / 15-30 |
39,2-7. 8-21 |
Manto / O sinal da consagração – |
28,31-35.36-39 |
39-22-26.30-32 |
Vestimentas dos sacerdotes |
28,40-43 |
39,27-29 |
Consagração de Aarão e seus filhos |
29,1-3 |
- |
Purificação, investidura e unção |
29,4-9 |
- |
Oferendas / A investidura dos sacerdotes |
29,10-21. 22-30 |
- |
Refeição sagrada / Consagração do altar de holocausto |
29,31-35.36-37 |
- |
Holocausto cotidiano |
29,38-36 |
- |
O altar dos perfumes |
30,1-10 |
37,25-29 |
Tributo para o culto |
30,11-16 |
- |
Bacia de bronze - |
30,17-21 |
38,8 |
Óleo da unção / Perfume |
30,22-33.34-38 |
- |
Operários do Santuário |
31,1-11 |
35,30-36,1 |
Lei do repouso sabático |
31,12-17 |
35,1-3 |
Entrega das tábuas da lei a Moisés |
31,18 |
- |
Ereção e Consagração do Santuário |
|
40,1-15 |
Realização das ordens divina |
|
40,16-33 |
Iahweh toma posse do Santuário |
24,16-18 |
40,34-35 |
A nuvem guia os israelitas - |
|
40,36-38 |
Tipos de Altar
do Antigo Testamento – Êxodo
Ø Terra (Êx 20,24)
Usado para um
sacrifício momentâneo visto que eram nômades.
Ø Pedras (Êx 20,25).
Para consagrar
um local para sempre ao Senhor.
Ø Madeira (Ex 27,1; 30,1;
37,10; 38,1-2)
Para ser
carregado por onde forem pelo deserto. Todos foram revestidos.
Ø Bronze (Êx 38,1-2).
Para suportar
o fogo e perdurar.
Ø Ouro (Êx 39,38).
Para ministrar
as orações permanentemente diante do Senhor.
Relação com o Templo de Jerusalém e Jesus Cristo.
O Véu da Tenda
tem uma relação muito significativa com a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo
como veremos a seguir:
O véu do Templo de Jerusalém (Herodes)
que separava o Santo dos Santos se rasgou na morte de Jesus, foi uma ação Divina.
Em Mt 3,16; Mc 9,11; e Lc
3,21 – O céu se rasgou rompendo a distância entre Deus e o homem. Com Jesus,
todos farão parte da Nova Aliança, não existe separação dos judeus e pagãos.
Representa a ruptura total entre a estrutura do mundo e o Projeto de Jesus. João
não cita esse fato.
O véu no momento da morte de Jesus
simboliza:
Ø
Que Seu sacrifício e o derramamento do seu próprio sangue serviram
como uma expiação suficiente pelos pecados para sempre.
Ø
Cristo como sendo o único caminho ao Pai (João 14,6).
Ø
O Sumo Sacerdote tinha que entrar no Santo dos Santos através do
véu. Agora Cristo é o nosso superior Sumo Sacerdote, e quando acreditamos no
Seu “trabalho” passamos a compartilhar do Seu Sacerdócio. Podemos então entrar
no Santo dos Santos através dEle pela Santa Comunhão.
Ø
O caminho para o Santo dos Santos estava aberto para todas as
pessoas, em todos os tempos, tanto judeu quanto gentios.
Ø
Deus saiu daquele lugar para nunca mais habitar em um Templo feito
por mãos humanas (Cf. At 17,24).
Ø
Deus deu um fim ao Templo e seu sistema religioso e de adoração,
mas não deu fim a Sua relação com os homens. O Templo e Jerusalém ficaram
“desolados” (destruído pelos Romanos) em 70 D.C, assim como Jesus tinha
profetizado em Mt 24,2; Mc 13,2; 21,6 e Lc 21,6. Com a destruição do Templo, não existe mais “ligação”
com a Antiga Aliança (Hb 9,8-9).
Entronização da Arca de Deus no Céu – Dogma da
Igreja
Maria, a eleita de Deus, a cheia de
graça, a que colaborou de modo singular na obra da salvação realizada por
Jesus, é aquela mulher forte presente na vida da Igreja primitiva. Chegou ao
fim de sua vida terrena e depois de passar pela morte, foi ressuscitada, e
levada ao céu em corpo e alma.
Apareceu em seguida um grande sinal no
céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma
coroa de doze estrelas (Ap 12,1).
No Ap12-14 apresenta a luta do
cordeiro e do dragão, para os finais do mundo.
Visão
Apocalíptica
Conforme São João (Ap 11) prefigurava Maria, a verdadeira Arca de Deus,
nela não estava contida Tábuas de Pedra, mas o próprio Senhor, a Palavra Eterna
do Pai. Dá lugar a uma mulher grávida que reina sobre os elementos. A visão
apocalíptica é um encorajamento aos cristãos a permanecerem firmes na fé e na
missão de levar a luz do Evangelho a todos, sem temer as forças do inferno,
pois a vitória de Deus já se concretizou com a ressurreição do Filho da mulher,
o qual “foi levado para junto de Deus e do seu trono”.
A arca apareceu no céu (Ap 11,19).
Ir à Igreja
Deus independe da
Igreja é verdade, Entretanto o ser humano precisa de uma sustentação física
para o fortalecimento da Fé Cristã, com ensinamentos e aprendizagens mútuas. O
ambiente físico é a Igreja, os encontros...; mas há um motivo essencial, para
que se frequente a Igreja Católica, nela e somente nela, se encontra os
Sacramentos que foram instituídos por Jesus Cristo tanto quanto foi fundada por
Ele a Igreja.
De forma
particular para os Católicos, na Igreja edificada por Cristo, Deus habita no
Sacrário, estando presente em cada Hóstia Consagrada e Se faz moradia para todo
aquele que recebe a Eucaristia. Portanto, todo aquele que comunga torna-se
também Sacrário.
Bibliografia
Ø
Bíblia de Jerusalém
Ø
Bíblia Ave Maria
Ø
Bíblia da CNBB
Ø
Bíblia Pastoral
Ø
Bíblia Paulinas
Ø
https://sites.google.com/site/expositivocom3/a-arca-da-alianca
em 31/07/2020
Ø
https://www.bibliacatolica.com.br/
Nos tempos de Moisés, por Deus Moisés foi chamado
para fazer uma Arca ele foi orientado.
O Testemunho nela Moisés iria guardar.
Todas as
especificações Deus foi repassar (Ex 25, 10-21).
Beseleel fez a Arca conforme Moisés recomendara.
Dois
querubins de ouro ele colocara (Ex 37, 1-9).
A Arca ficava
na Habitação, a Tenda de Reunião.
A Arca foi
coberta com um véu então.
Testemunho é
o Decálogo que a Arca foi guardar.
Dentro da
Arca, varais vão estar.
E o
Propiciatório sobre ela foi sobreposto
ou seja, o
Santuário sobre ela foi posto ((Ex 40, 2-20).
A vara de
Aarão diante do Testemunho ia estar
para que os
rebeldes pudessem se lembrar
(Nm 17).
Saíram com
Arca à frente em 3 dias de marcha
do monte de Iahweh até chegar à pousada (Nm
10,33).
Nos tempos de
Josué o Jordão iam atravessar
Arca que ia à
frente foi as águas separar.
E todo Israel
no seco passava.
Só depois do
último a água para seu lugar voltara. (Js 3,
14-17)
Quando
quiseram por Jericó passar
a cidade
fechada foi estar.
Os guerreiros
diante da Arca marcharam
Com
orientações de Deus, a Jericó eles tomaram (Js
6, 1-20) .
Numa luta com
os filisteus a Arca de Deus foi tomada
isto muito
mal lhe acarretara.
Tumores e
úlceras nos filisteus foram surgir (1Sm 4,11).
Por 7 meses a
Arca ficou, então eles foram desistir.
Com 5 ratos e
5 tumores de ouro a Arca foi devolvida
creditavam
ser uma reparação devida.
Esperavam que
Deus fosse os aliviar
num carro
atrelado a vacas, a Arca eles foram enviar (1Sm 6, 4-8).
Em Cariat-Iarimn, na casa de Abinadab,
a Arca por 20 anos ficou
Era tempos de
Samuel e Israel nestes tempos suspirou (1Sm 7, 1-2).
Nos tempos de
Davi ele quis a Arca buscar
Oza morreu no caminho porque a Arca ele foi pegar.
Davi
inflamado pela Arca foi temer.
E a Arca
desistiu de receber.
Por 3 meses a
Arca com Obed-Edom ficou
e esta casa
Deus abençoou.
Assim Davi
decidiu buscar a Arca
a cada 6
passos que dava, animais sacrificava (2Sm 6,1-13).
Nos tempos de
Salomão a Arca este a transportou
para o Templo
de Deus que ele edificou.
Todo Israel
foi convidado
para fazer
este translado (1Rs 8, 1-2).
E nos tempos
de Macabeus Jeremias escondeu a Arca
de lá para cá
ela nunca foi achada (1Mc 2, 1-7).
Templum é Beth Elohim.
Habitação de Deus quer dizer.
Embora para Deus, o céu Seu trono vá ser...
Qual será o lugar d’ Ele repousar
Pois foi Sua mão que tudo foi criar? (At 7,49)
O Altíssimo não habitará
Em casa que a mão humana obrará. (At 7,48)
A mente humana Deus vai conhecer
- Faze-me um Santuário! Para Moisés foi dizer. (Ex
25,8)
Era a forma de com o homem se encontrar
Já que a Teofonia com todos não foi usar.
E nem todo homem tem capacidade de fazer
Seu próprio corpo um Templo ser.
De Deus Moisés recebeu toda orientação. (Ex
26,1)
E com uma Tenda portátil cumpriu esta missão.
A todos esta acompanhou nos 40 anos que no deserto ficou.
Nela, numa Nuvem, Deus com Moisés muitas vezes falou. (Ex 33,9)
Quando em Silo foram se estabelecer então
Josué fixou a Tenda de Reunião. (Js
18,01)
Para Deus Davi queria um Templo construir.
Mas o Templo da semente de Davi
ia sair. (2Sm 7, 2 e 13)
A construção do 1º Templo começou por Salomão (1Rs 5,19)
Naqueles tempos foi a mais rica construção.
Por Roboão filho de Salomão o templo foi
profanado.
O tesouro do Templo foi por ele tomado. (1Rs 14, 26)
Acaz, rei de Judá continuou a profanar.
Do Templo de Salomão removeu o altar. (2Rs 16,14)
Os judeus deportados, Ciro da Persa libertara. (Esd
1,2)
E a reconstrução do Templo de Jerusalém ele autorizara. (Esd 1,3 e 5,13)
Sobre os memorandos de Ciro, Dario uma pesquisa foi fazer,
confirmando Ciro, a construção do 2º Templo foi acontecer. (Esd 6,1)
O profeta Ageu, a Zorobabel foi falar:
Diz Deus: minha Casa em ruína vai estar. (Ag 1,9)
Traga madeira depois de a montanha subir.
Minha Casa vá reconstruir. (Ag 1,8)
Assim o 2º templo, Templo de Zorobabel surgiu.
No AT, foi o segundo e último Templo que existiu.
Este Templo pela cultura grega foi profanado, (2Mc 6,2)
e pela Babilônia/Nabucodonosor o Templo foi incendiado. (2Mc
25,9)
Fazendo magnífica construção para aos judeus agradar,
O Templo de Zorobabel Herodes foi restaurar.
70 anos depois de Cristo, Tito destruiu este Templo então
Restando o muro, tornou-se o Muro da Lamentação.
Aos 12 anos no Templo, Jesus Cristo palestrava. (Lc 2,46)
Já adulto nas sinagogas palestrava e curava. (Mc 1, 23-26; Lc 13,11)
A Santidade deste Templo Jesus Cristo foi reconhecer.
Quando zelo pelo templo demonstrou ter. (Jo 2, 14-17)
E o Templo com o Templo do Seu corpo foi comparado.
Seria destruído em três dias seria edificado. (Mc 14,58)
Sendo nosso corpo nossa Tenda, nela a injustiça não vá alojar
E das mãos da maldade vá se afastar. (Jó 11,14)
Nosso corpo o Templo do Espírito Santo vai ser.
Somos o Templo de Deus vivo. Ele mesmo foi dizer. (1Cor
6,9)
Com o próprio corpo vamos a Deus glorificar,
Deus deu o corpo para o Espírito Santo nele habitar. (1Cor 6,19-20)
Se sua Tenda terrestre for destruída
No céu teremos uma morada por Deus constituída, (2Cor 5,1)
Na casa do meu Pai há muitas moradas (Jo
14,2)
Foi de Jesus estas palavras.
Quem ama Jesus e Sua palavra é por ele guardada,
Vive em Deus e n’Ele estabelece morada. (Jo
14,23)
José Pai de Jesus
O estudo partiu
da curiosidade a respeito de José. Maria foi alvo de estudo da família RMR,
cinco irmãos, resultando num livreto intitulado: “Meditando sobre Maria”. O
livreto sobre José tem como base os ensinamentos da Igreja Católica e os
Evangelhos evidenciados na Bíblia Sagrada na Edição de Jerusalém. Evidentemente
outras versões foram também consultadas, além de um entendimento peculiar.
Não é uma tarefa
fácil. José é pouco mencionado na Bíblia.
Consta em relação
a José: Genealogia;
História;
Passagens Bíblicas;
Identificação da paternidade; Características; Familiares e justificativa
de que Jesus é filho único; Similaridade com fatos do Antigo Testamento (AT); José e a Igreja;
e a Conclusão
acrescida de um perfil
sucinto sobre ele.
1
-
A Ascendência
de José - Genealogia de José segundo os Evangelhos.
O Evangelista Marcos não faz
referência sobre a Genealogia e João escreve no Prólogo que tudo começou na
criação. (Jo 1,1-18).
Mateus e Lucas
citam a linhagem de José/Jesus por descendentes diferentes, embora proceda de
Davi. Neste estudo estão referidos apenas alguns nomes. Os mais conhecidos.
Ø Mateus (Mt 1,1-16)
Segue
a genealogia de Abraão a José e descreve a procedência pela descendência
israelita Davídica em relação a Salomão e José: Abraão,
Isaac, Jacó, Judá, sucessivamente. Na 6ª geração: Salmon
e segue Booz, Jobed, Jessé,
Davi, Salomão ininterruptamente. Na 25ª geração, nasce Jacó que gerou José. O
esposo de Maria do qual nasceu Jesus, chamado Cristo (Mt
1,16).
O
Evangelista não citou a palavra gerou, mas nasceu quando se referiu a Jesus
caracterizando que ele não foi concebido da forma natural, a coabitação. José é
Filho de Davi, pois assim o anjo lhe falou: “José, filho de Davi...” (Mt 1,20). Nesse contexto, e por ser filho do Rei
Davi, Jesus teria direito ao trono. Eis as palavras dirigidas a Davi, por Deus,
transmitidas pelo profeta Natã: “Quanto a você, a sua dinastia e seu Reino
permanecerão diante de mim; ‘o seu trono será estabelecido para sempre’ ” (Cf . 2Sm 7).
A
descendência se faz com mulheres, entre elas, quatro (4) mulheres estrangeiras,
do AT, são “responsáveis” pela genealogia de José. E o estudo também quis
enfatizá-las. São elas:
a)
Tamar junta-se ao sogro para suscitar a Casa de Judá (Cf. Gn38).
b)
Racab ou Raab protegeu os espiões de Josué. Este
protegeu sua vida (Js 2). Com Samon gerou Booz de Raab (Mt1,5).
c)
Rute, a moabita, que se aproximou de Booz para
ascender geração pela Casa de sua sogra (Rt). É
mãe de Jobeb. Esse é Bisavô de Davi.
d)
Betsabeia, a hitita, a mulher de Urias que Davi
tomou. Geraram Salomão (2Sm 12-13).
Ø Lucas (Lc 3,23-38)
Segue
a genealogia de Jesus a Adão. Apresenta de forma ascendente pela estirpe de
Maria: José, Eli... Natã, Davi, Jessé, Obed, Booz... Judá, Jacó, Isaac, Abraão... Sem, Noé, Lamec, Matusalém, Henoc... Set,
Adão, filho de Deus. Esse evangelista citou a palavra filho durante a linhagem,
sem mencionar o fato de nascer ou gerar. Referencia
que José é da casa de Davi, trono de Davi,
casa de Jacó (Lc 1,.27.32-33). É um
destaque tanto escrito como o falado e, o devocional garantindo o prometido por
Deus. O Salvador viria de Davi, da Tribo de Judá.
Natã
é filho de Davi (2Sm 5,14; e Zc 12,12); Em 1Cr (3,5), consta na relação de todos os
filhos de Davi. Salomão também é mencionado, portanto são irmãos. A
descendência de Maria está relacionada a Natã filho de Davi.
Reafirma então que tanto um como outro destaca
a descendência de Davi pelos filhos Salomão e Natã.
2
- A História de José referenciada em Mateus (1,18-25)
e Lucas (1,26-38).
A História de
José não existe por si só. Está diretamente relacionada à vida de Maria, sua
noiva/esposa, e à infância do seu filho, Jesus. A última vez que se cita José é
quando Jesus está com doze (12) anos, na ida ao Templo de Jerusalém. Durante a
vida pública do seu filho Jesus não há registros sobre José, mas não pararam as
referências feitas a ele.
Maria era noiva
de José. O noivado na Galileia durava um ano. O compromisso de fidelidade equivalia
a um matrimônio. Então Maria ficou grávida. José pensou em abandoná-la, mas
tornando-se o responsável, ela não seria culpada por adultério, o que poderia
levá-la à prova de virgindade exposta a todos (Cf. Dt 22:13-21) e
comprovada a infâmia segue o apedrejamento (Cf Dt 22,24).. “Sendo justo e
não querendo denunciá-la publicamente, resolveu repudiá-la em segredo” (Mt 1,19). Enquanto assim se
decidia, eis que o Anjo do Senhor, manifesta-se a ele em sonho... (Mt 1,20). E diz a José para desposar Maria. O que
nela foi gerado foi pelo Espírito Santo. Será chamado Filho do Altíssimo. Ele
toma conhecimento da Conceição Virginal e assume a paternidade legal de Jesus.
José toma ciência de que não há o que temer com relação à gravidez de Maria e
conforme o anjo lhe ordenara recebe Maria como sua mulher. Ainda que seu
comportamento mude com o esclarecimento do anjo, nota-se a misericórdia e a proteção
que ele teve por Maria por intermédio do silêncio.
A história da
salvação alcança o auge em Jesus Cristo pelo Sim de Maria e de José. Um anjo de
Deus anunciou os Seus desígnios. Por meio de José, Jesus é juridicamente
descendente de Abraão e da casa de Davi. Aconteceu como foi previsto por Isaias
“Eis que a jovem está grávida e dará a luz um
filho...” (Cf. Is 7,14); e também por
Jeremias “De Davi surgirá um rebento novo, o Salvador” (Cf.Jr 23,5-8).
Então José
torna-se esposo da Virgem Maria e pai adotivo de Jesus. Pai do Salvador do
mundo.
3 - Passagens Bíblicas relacionadas a José
Neste momento
são pautadas as mensagens Bíblicas em que contam a história que envolve José e
quando ele é referenciado.
Ø Ascendência
de Jesus (Mt 1,1-17; e Lc
3,23-38)
Descreve a
Genealogia dando ênfase a descendência incluindo José, o que faz Jesus ser da
Tribo de Judá e do Rei Davi; o Deus de Abraão Isaac e Jacó.
Ø Anunciação (Lc 1,26-38).
O Espírito Santo veio sobre Maria,
a sua esposa, e o poder do Altíssimo lhe cobriu como uma sombra, para nascer o
Santo, Filho de Deus. Uma grande missão para José viria pela frente...
Ø José assume a
paternidade de Jesus (Mt 1,18-25;).
José toma conhecimento da gravidez
de Maria sua noiva/esposa. Ele pensou em repudiá-la em silêncio, mas conforme o
referido sonho, o anjo lhe falou que a gravidez era pelo Espírito Santo e a
criança seria o Salvador do povo pelos pecados que cometiam. O filho
que Deus lhe confiou. É o início da Sagrada Família.
Ø Nascimento de
Jesus e visita dos pastores ( Lc
2,1-20) A visita dos Magos (Mt 2,1-12)
José recebe os magos no estábulo,
o lugar que ele conseguiu para que sua esposa desse a luz. Os magos viram uma
estrela no céu; sabiam do nascimento do Salvador. Eles queriam homenagear o
recém-nascido, o Rei dos Judeus. A estrela parou no local que Jesus nasceu. Em
sonho os Magos foram avisados para não informar a Herodes.
Ø Circuncisão
de Jesus (Lc 2,21).
José cumpriu os oito (8) dias para
a circuncisão de seu filho e ele deu o nome de Jesus conforme o anjo orientou.
Ø Apresentação
de Jesus no Templo incluindo aos profetas: Simeão e
Ana (Lc 2,22-38).Também levou Jesus para ser apresentado ao
Templo, conforme a Lei Moisaica, 40 dias após o
nascimento.
Ø Fuga para o
Egito massacre dos inocentes (Mt 2,13-18).
O anjo do Senhor manifestou-se em
sonho para José fugir para o Egito com sua família porque Herodes queria matar
o seu filho, o menino Jesus. Herodes, porque os pastores não voltaram, mandou
matar todos os meninos menores de dois (2) anos. Então a proteção de José se
estende à família, principalmente seu filho.
Ø Retorno do
Egito e Estabelecimento em Galileia/Nazaré (Mt
2,-23).
O anjo se manifestou, outra vez,
em sonho para José: “Levanta-te, toma o menino e a mãe vai para terra de
Israel, pois os que buscavam tirar a vida ao menino já morreram”. (Mt 2,19). Novamente, recebendo outro aviso, José
partiu para região da Galileia.
Ø Jesus entre
os doutores (Lc 2,41-50).
José pegou a sua
família e foi à Jerusalém para a festa da Páscoa. Naquela época as viagens eram
feitas em caravanas separando os homens e as mulheres. Por isso, não se
percebeu que o menino Jesus tinha ficado no Templo. Estando Jesus com 12 anos,
era normal que Ele viajasse com a mãe ou com o pai. José ficou aflito quando
notou que o filho ficara. Encontraram-nO três (3)
dias depois na casa do Pai ouvindo e interrogando os doutores. Maria disse para
Jesus: “Meu filho, por que agistes assim conosco? Olha que teu pai e eu,
aflitos te procurávamos”. Sobrepõe ao fato, a preocupação de José nas palavras
de Maria.
Esta é a ultima
passagem Bíblica que se faz referência à presença de José junto ao seu filho.
4 - José é identificado como o Pai de
Jesus
Como foi dito,
José não participou da vida pública de seu filho Jesus pelo menos nas citações.
No entanto, mesmo estando ausente nas Escrituras esteve presente todas as vezes
que o relacionaram com seu filho, tais como: “Não é ele o filho do carpinteiro”?
(Mt 13,53-58) ; “Não é este o
carpinteiro? (Mc 6,3)”; e “Não é este o filho de José?” (Lc 4,22). Jesus era sim, o filho de José, o
carpinteiro. Este carpinteiro, que passou seu ofício para seu filho; o mesmo
que O levou para a cidade, Nazaré, para que ele se tornasse nazareu
ou nazareno cumprindo as escrituras (Mt 1,22).
Quando Jesus
formava os primeiros discípulos (Jo 1, 45-51),
a Bíblia mostra um diálogo entre Felipe e Natanel
sobre Ele. Felipe vai dizer “que encontrou, aquele que se falava nas
escrituras” e Natanael comenta: “... Jesus, o filho de José, de Nazaré” - “De
Nazaré pode sair algo de bom?” (Cf Jo 1, 45-51). Natanael duvidou de Jesus por ser de
Nazaré, a terra que José criou o seu filho. Posteriormente Jesus conversa com o
próprio Natanel que O reconhece como o filho de Deus.
É o filho que foi adotado por José.
Quando Jesus
esteve na sinagoga em Nazaré (Cf. Mt 13,53-58; e
Lc 4,16-30), sua pátria Nazara,
onde foi criado por José, Ele lia o Livro de Isaias (61,1-2). Os que
lá se apresentavam quiseram ter certeza se ele era o filho de José.
Questionaram: a sabedoria, os milagres, sua identidade pela profissão que foi
dada pelo pai (carpinteiro); e em relação à mãe, pai e irmãos (Tiago, José,
Simão {Pedro}, e Judas) e suas irmãs. Jesus não fez mais milagres em Nazaré
pela incredibilidade deles.
Em um discurso na
sinagoga de Cafarnaum (Jo 6,22-66), Jesus
falava sobre o “Pão da Vida” e a multidão questionava: “Esse não é Jesus o
filho de José cujo pai e mãe conhecemos?” (Jo
6,41-42). Mostrava a Sua identidade em relação ao pai e a mãe, pois sendo
filho de José e Maria, que todo mundo conhecia, como podia ter descido do céu?
A proteção dada
ao filho quanto à profissão, meio de sustentação, e quanto à convivência com o
povo de Nazaré, não impediu que Jesus fosse rejeitado pela comunidade. Nestas
perguntas percebe-se a dúvida e a curiosidade relacionada à sua identidade e
origem.
Entretanto o
reconhecimento de José como Pai de Jesus tem uma observação interessante no uso
do artigo “o” caracterizando que se conhece o carpinteiro e só é um filho. O
carpinteiro é José, e o filho de José é Jesus. Da mesma forma é dito “do” e não
“de um” Carpinteiro. Não era qualquer Carpinteiro, era um conhecido pela
Comunidade Nazarena.
Nota-se
que na Bíblia não há sobrenomes. As pessoas são identificadas assim: filho de
e/ou do local de nascimento. A prerrogativa de que José não era qualquer
carpinteiro, além de mostrar o Filho como descendente de um definido
carpinteiro, aparentemente, torna o Filho, e talvez até o pai, compatriota
daquela cidade (Nazaré). Para uma multidão descrente, esta origem terrena
de Jesus predominava à origem Divina e servia de parâmetro para descrer em
Jesus, nas Suas obras e em Suas declarações. Disse Jesus: “Eu sou o pão descido
do céu” (Jo 6,1). Ao reconhecerem Jesus
como filho de José, Esse não podia dar tal afirmativa. A multidão dizia assim:
“Nós sabemos de onde esse é...” (Jo 7,27).
Era filho de José e vinha de Nazaré, contrariando as Escrituras que declarava:
“...Cristo será da descendência de Davi e virá de Belém, a cidade de Davi” (Jo 7,42). Naquela ignorância, a paternidade de
José era “superior” a paternidade de Deus.
5
- Características de José
Trata-se de um
breve perfil da vida de José diante das ações tomadas pertinentes à Família que
Deus lhe confiou. As narrativas dos fatos que lhe envolviam como esposo e Pai,
mostram um exemplo de bom caráter. Não há um diálogo envolvendo José. A Igreja
chama José, Maria e Jesus como Sagrada Família. Sagrada porque Jesus é Sagrado.
José é considerado o Modelo de um homem para guiar as Famílias nos padrões definido
por Deus.
A Justiça faz
parte das Virtudes Cardeais, e José, além dessa virtude, agregou ao seu bom
jeito de ser as outras três: Prudência, Fortaleza e Temperança. “Justiça” -
“ser justo” - integram naturalmente um monte de qualidades positivas. Esta maioria
de qualidades vista isoladamente é facilmente de ser identificada. Mas quando a
coloca no âmbito da justiça ela perde o significado se há parcialidade porque
então não há justiça, perdura o pecado, gera divisões e principalmente o
afastamento de Deus. Mateus destaca a Justiça (Mt
1,19) porque cita José como “...sendo justo” quando ele descobre a
gravidez de Maria. Nesta conjuntura, sua justiça está voltada ao seu nome, sua
família com um filho que ele julgava “não ser seu”.
Abaixo algumas
características interligadas ao pai adotivo de Jesus, o José:
Ø José foi:
Forte / Temperante:
ü Não se
precipitou diante da gravidez.
ü Assumiu a
paternidade duplamente: 1º Não denunciando Maria 2º Aceitando o encargo dado
pelo anjo.
Ø José foi:
Homem de Fé / Obediente / Submisso a Deus:
ü Confiou que a
gravidez veio do Espírito Santo gerando o Filho Salvador e assim aceitou Maria (Mt 1,20.24).
ü Foi para o
Egito com o menino para fugir da perseguição de Herodes (Mt
2,13-15).
ü Esperou a nova orientação, conforme
o anjo disse, para voltar a Israel (Mt.2.19-21.
ü Em sonho recebeu um aviso, partiu
para a Galileia e se estabeleceu com sua família em Nazaré (Mt.2.22-23).
ü Colocou o nome Jesus de acordo como o anjo falou a Maria (Lc 1,31) e a ele (Mt
1,21).
ü Morou nos
lugares conforme Deus lhe guiava em sonhos garantindo a Missão Salvadora (Mt 2,13-15.19-23).
ü Casou-se com
Maria e assumiu a paternidade de Jesus (Lc 1.27). Constituiu a
família garantindo a ascendência de Jesus ser Davídica.
José entendeu
que os sonhos, aos olhos da Fé, eram orientações Divinas e ele precisava ser
obediente a Deus para que as coisas ocorressem segundo a vontade do Pai. Não
foi agraciado pela visão, mas teve sabedoria para despertar dos sonhos e agir.
Teve obediência total e natural para um Temente a Deus, pois cumpriu as
orientações proféticas dos anjos.
Ø José foi:
Cuidadoso / Zeloso / Protetor / Prudente / Responsável / Misericordioso
Amparou
e ajudou Maria a cumprir a Missão Redentora do mundo conforme “O amor de Iahweh, essência da Lei” (Dt
6,1-13):
ü Não havia coabitado com sua noiva
antes do casamento (Mt 1.18). Nem
posteriormente.
ü Não permitiu que ela tivesse o
castigo da Lei. Assumiu a “culpa”.
ü Não a conheceu até o dia que ela deu
a luz um filho (Mt 1.25).
ü E Também José não a conheceu como
mulher depois. Porque: Dogma é uma verdade de fé revelada por Deus para a
Igreja Católica. Os chamados Dogmas Mariano, são princípios fundamentados no
papel que a Mãe de Jesus tem no Cristianismo. São quatro:
Maternidade Divina (Maria é a mãe de Deus);
Virgindade Perpétua (não teve sua virgindade violada antes,
durante e depois do parto);
Imaculada Conceição (preservada de pecado); e
Assunção (elevada ao Céu de corpo e alma).
A mulher de José, Maria, permaneceu Virgem.
Ø
José foi
cumpridor do dever Cível:
ü Alistar-se é
uma responsabilidade natural para uma pessoa íntegra e José, mesmo com Maria em
dias de ter o menino, foi participar do recenseamento (Lc
2,1).
ü Casando-se
com Maria, ele assume uma vida comum em domicílio Conjugal, o dever de
sustento, a guarda e educação do filho.
Ø
José aplica a Lei com relação ao filho:
ü Recebeu os três Pastores: Em
condições precárias ele recebeu os pastores mesmo eles sendo magos, em cumprimento
à “Hospitalidade”.
ü
Providenciou a Circuncisão do menino (Lc 2.21) cumprindo a
orientação do AT (Lv 12,3).
ü
Apresentou o menino ao Templo (Lc
2-22-28) – Maria e José cumprem o rito de purificação (Lv 12); leva Jesus ao Templo conforme a Lei de Moisés
– apresentação do primogênito (Êx 13,2);
oferece um par de rolas ou dois (2) pombinhos (Lv
5,11); a oferta está em conformidade com suas posses. Maria e José
ficaram admirados com a profecia de Simeão (Lc
2,33).
ü
Levou a família para o Templo na celebração anual da Páscoa (Lc 2,41-50) seguindo o que foi determinado no AT (Dt 16,16).
Ø José amava o menino
Ao perdê-lo ficou
aflito, mas surpreso de vê-Lo no Templo (Lc
2,48).
Em atitude de amor, ajudou Jesus para
seguir a Sua missão dentro da religiosidade, com base nos mandamentos de Deus,
seguindo as Leis Mosaicas e conforme era orientado pelo próprio Deus (Dt 11.18-32).
Ø
José tinha uma profissão e exemplificou com trabalho.
Exercia
o ofício da carpintaria, e como era de costume, ensinou a Jesus por ser o seu
filho. Este ensinamento não impediu que o filho de José tivesse outras
aprendizagens. Jesus sabia ler (Lc 4,16-17)
e escrever (Lc 8,6.8).
A profissão
de carpinteiro, na época era um trabalho de Artesão diante dos recursos que se
tinha para a confecção de uma peça. José era um trabalhador conhecido por isso,
Jesus foi denominado também de Carpinteiro não só por ser filho de José, mas
também por exercer a mesma profissão (Mc 6,3). Em determinadas
passagens Jesus é citado como “o filho do Carpinteiro (Mt
13,55), em outra o “filho de José” (Jo 1,45). Apesar
de ter profissão José era pobre. Levou duas (2) rolinhas na apresentação do seu
filho ao Templo.
Jesus
fazia a vontade do Pai. Ele era Deus. Mas coube a José, viver uma vida exemplar
em consonância com a vontade do Todo Poderoso dando lições de Fé, Amor e
Esperança ao seu filho Jesus. O pai teve condutas irrepreensíveis.
6
– Familiares de José
Os parentes de
José citados na Bíblia estão descritos na sua ascendência e na constituição da
Sagrada Família: Pai, Mãe e Filho. José acatou a vontade do Senhor. Não podia
ser diferente.
A Bíblia não fala
na família de José e também não existe nenhuma literatura Católica que venha
caracterizar sua vida e sua parentela. Quando começa a vida Pública de Jesus,
José não acompanha e começam a surgir estes conceitos de irmãos. Irmãos
consanguíneos teriam que ser filhos de José e/ou de Maria. “Os irmãos” deveriam
estar relacionados com ele, mas não estão. Até o momento, só existia a parenta de Maria, Isabel, que era casada com Zacarias e juntos
tinham um filho João Batista. Estes “irmãos”, na realidade, são os seguidores e
alguns são os primos de Jesus, que vêm por parte de sua esposa, Maria. Algumas
considerações se fazem necessária para desmistificar que José teria outros
filhos no contexto Bíblico e pela Igreja Católica, uma vez que de Maria não
pode mais ser mãe, pela sua Virgindade Perpétua.
Observe os
conceitos que Jesus, filho de José, tem em relação à família e irmãos:
Ø Jesus faz
referência a quem são seus “verdadeiros” parentes
Sua mãe e
“irmãos” chegam num local onde Jesus estava pregando e avisam a ele. Jesus
responde quem são os seus verdadeiros irmãos, nas citações abaixo. Ele não faz
descaso a sua Família, sua mãe Maria, e seu pai José, muito embora, este não
estivesse presente. Certamente, Maria e José estão enquadrados no cenário
familiar descrito. Estas afirmativas abaixo explicam por que tanto se chama o
outro de irmão sem haver a ligação consanguínea. A família é espiritual. É de
Amor!
Mateus
“... Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus...” (Mt 12,50).
Marcos
“... Quem fizer a vontade de Deus...” (Mc 3,,50).
Lucas
“... São aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 8,21).
E
ele chamava a muitos de irmãos: Em
verdade, vos digo: “cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos,
a mim que o fizestes!” (Mt 25,40).
E aos discípulos também. “Não temas! Ide
anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia; lá me verão”. (Mt 28,9-10). “Vai,
porém, a meus irmãos e dize-lhe: subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso
Deus”. (Jo 20,17).
Ø
Irmãos
Há
passagens que falam em irmãos e o próprio Jesus também diz. A fraternidade está
geralmente dirigida aos que O acompanhavam seguidores na caminhada ou não.
ü
“Mais a todos que o receberam deu o poder de se tornarem filhos de
Deus; aos que creem em seu nome” (Jo 1, 12).
Por Jesus todo que crê torna-se irmão de Cristo, filho de Deus.
ü
“Não permitam que vos chamem de Rabi, pois um só é o Mestre. E
todos vós sois irmãos” (Mt 23,8).
ü
“Disseram então seus irmãos...” (Jo
7,1).
Ø A citação “os
seus irmãos Tiago, José, Simão, Judas e suas irmãs (Mt
13,55-56; Mc 5,37; 6,1-6)”.
São
argumentos da “veracidade” de outros filhos de José, todavia ao ler cada
passagem e tentar identificar a maternidade e paternidade dos citados pode-se
verificar nos detalhes descritos abaixo, que não é possível Ele ser filho de
José. Portanto, os irmãos eram homens e mulheres que Lhe
seguiam. Pertenciam ao mesmo “clã”.
Na
Bíblia há muitas pessoas com o mesmo nome José e Maria inclusive Jesus porque
os nomes se repetem... Isto atrapalha o entendimento. O Estudo identifica as
pessoas com o mesmo nome daqueles que constituem Sagrada Família e outras
pessoas próximas.
José
ü José do Egito,
chamado de Rei no Antigo Testamento.
ü José que era
irmão de Tiago (Menor) filho de Maria de Cléofas e
Alfeu. Não era apóstolo.
ü José de Arimateia que sepultou Jesus.
Maria
ü Maria
(Miriam) – irmã de Moisés (AT)
ü Maria de Betania - Irmã de Lázaro e Marta
ü Maria –
Madalena. A primeira a testemunhar a Ressurreição de Cristo.
ü Maria –
Salomé (provavelmente) Esposa de Zebedeu. Mãe dos
discípulos: Tiago (Maior) e João (Mt 10,2; Mc
1,19.29; 3,17; 5,37) Evangelista.
ü Maria - Irmã
de Maria, mãe de Jesus (Jo,19,25) Esposa
de Cléofas {ou Alfeu (Mt
10,3; 3,18)}. Mãe de Tiago {Menor (Mc 15,40)} e José (Mt 27,56). Tiago é apóstolo (Mt
10,3).
ü Maria mãe do
Evangelista Marcos (At 12,12). Cujo nome era João Marcos.
Jesus
ü Amigo de
Paulo, chamado de Justo, que saudou os colossenses (Cl 4,11)
ü Jesus
Barrabás, o preferido a ser solto, para que Jesus, o Messias, fosse condenado,
conforme a Bíblia na Linguagem de Hoje, 1988. (Mt
27,17).
ü Citado na
genealogia de Jesus (Lc 3,29).
ü Jesus
Filho de Sirac (Jerusalém – Eclo
50,27) e (Linguagem de Hoje – Eclo 50,27
51,1).
João
ü João Batista
– Filho de Zacarias e Isabel, precursor de Jesus. É primo de Jesus, em segundo
grau, pelo lado materno.
ü João
Evangelista, apóstolo de Jesus, escreveu um dos Evangelhos, três (3) cartas e o
Apocalipse. Seu irmão era Tiago (Mt 4,21; 10,2;
17,1;), maior. Era filho de Zebedeu.
ü João Marcos –
o Evangelista Marcos (At 12,12). Era companheiro de Paulo e Barnabé.
ü João (Jonas) pai
de Simão Pedro (Jo 1,42).
Judas
ü Judas Iscariotes – Apóstolo que entregou Jesus.
ü Judas Tadeu,
conhecido como Judas. É discípulo. É irmão do Tiago que não é discípulo. (Mt 6,15).
Tiago
ü Tiago Maior –
Filho de Zebedeu (Mt
4,21; 10,2; Mc 1,18; Mc 3,17; Lc 5,10) e Maria
Salomé e irmão de João.
ü Tiago Menor –
Filho de Alfeu (Mt 4,21; 10,2; Mc 3,19; Lc 6,15) e Maria de Cleofas,
irmão de José. Primos maternos de Jesus.
ü Tem ainda o
irmão (Mt 10,2; Jd
1,1) ou pai ( Lc
6,15) de Judas Tadeu (discípulo).
ü Tem a citação de Tiago irmão do Senhor (Gl 1,19) que pode ser qualquer um desses.
Resumindo, diante
do exposto, fica difícil afirmar que José teria filhos e
consequentemente dizer que Jesus tinha irmãos pelos seguintes aspectos: Todas
as pessoas são irmãos de Jesus, filhos de Deus Pai. Os discípulos e seguidores,
no conceito de irmão, surgiram no início da vida pública de Jesus quando formou
a Sua Família, naqueles que fazem a vontade do Pai.
ü No povo judeu,
os primos e a parentela eram chamados de irmãos entre si. E assim, se tratavam.
ü Pela
Virgindade Perpétua de Maria pode-se afirmar que Maria permaneceu Virgem e não teve outros
filhos. Deixando claro que Jesus não teve irmãos.
ü Até Jesus ter
12 (doze) anos de idade não apareceu nenhum irmão.
ü Com tantos
nomes repetidos, entre os apóstolos e os seguidores (homens e mulheres), não se
tem como identificar quem seria irmão e muito menos irmãs que nem se quer foram
citados os nomes. Os nomes: Tiago, José, Simão e Judas não eram filhos de José,
o pai de Jesus, porque todos os relacionados com Jesus, cada um tem o seu pai
identificado e o nome não é José. Com relação à mãe,
só Simão que não tem o nome dela citado.
ü Simão não
pode ter Maria como mãe, pela idade dele, era mais velho que ela, além da
Virgindade Perpétua dela.
ü Na cruz Jesus
diz: “Mulher eis, teu filho!” e “Eis tua mãe.” (Jo
19,26-27). O discípulo amado era João. Se ele fosse irmão de Jesus não
precisava essa entrega mútua. João é o mais novo dos discípulos e jamais ele
assumiria a mãe se houvesse outros filhos.
7
– A vida de José e o Antigo Testamento
José preservou os
Mandamentos do AT dados a Moisés conforme já foram citados. Episódios que
aconteceram anteriormente no AT se repetem na vida com Jesus.
No nascimento de
Moisés, o Rei do Egito, da época, vendo que os Hebreus estavam se
multiplicando, ordenou que as parteiras deles matassem os meninos que
nascessem. Elas não cumpriram porque eram Tementes a Deus. Ele então mandou
matar todos os meninos que tivessem menos de dois anos (Êx 1,15-21). Trata-se de uma
prefiguração. Com José, Herodes quis matar o Salvador, então mandou matar os
meninos pequenos.
Há uma relação com
a vida de José filho de Jacó (Israel). No AT
José filho de Jacó também tinha sua vida pautada nas orientações de Deus por
meio dos sonhos (Gn 37-50). Este José,
embora filho, além de ir para o Egito assumiu o cuidado de zelar pela família e
de cuidar de numerosos de Israel. José, pai de Jesus, também teve sonhos, zelou
pela Sagrada Família, fugiu para o Egito e contribuiu com a salvação de todos
nós ao aceitar Maria.
Em Gênesis
(18,1-16), Yahweh (três anjos) aparece a
Abraão no Carvalho de Mambré. Eles representavam
Deus. Com José, os magos, não eram Deus, mas acreditaram e cuidaram para que
ocorresse o prometido, a Salvação do mundo pela redenção dos pecados.
8 – José e a Igreja
Apesar
da Bíblia não citar tanto José, a Igreja teve um papel extraordinário na
propagação dele ao torná-lo Santo. Por isso, inúmeras Igrejas levam o seu nome.
Ele é Patrono da Igreja, da família e do trabalhador. Então se faz necessário
explorar um pouco sobre a Sagrada Família, José Santo, devoção e os dias que a
Missa o ressalta.
Ø
Sagrada Família
A Família
deve seguir os Mandamentos e o que a Igreja preconiza em relação aos
Sacramentos, os Mandamentos e os Dogmas.
Deus deixa
como exemplo a Sagrada Família que é constituída de José, Maria e Jesus.
Deus/Jesus poderia vir de qualquer forma, mas fez questão de nascer de uma
mulher e constituir a Família com um homem que O adotasse. E não foi qualquer
homem ou qualquer mulher, mas pessoas especiais que com o exemplo e os ensinamentos
da Palavra ajudassem a Ele seguir o Seu Plano de Amor e Salvação.
A
preocupação com a família por parte de Deus era, e ainda é, tão grande que
determina: a consumação do
casamento é irrevogável e indissolúvel; é uma unidade indefectível (não se
separa leite e café).
O egoísmo exigente e insaciável é
o grande destruidor de lar. A mentira gera desconfiança, ciúme, brigas e até
separação que traz grande prejuízo principalmente para os filhos. O adultério
então...
Seguir “o matrimônio sacramental” é se antecipar a Glória do Céu.
O casal que não quer ter filhos
não está seguindo os caminhos do matrimônio.
Os Santos colaboram com o Plano de Deus para a salvação dos
pecadores com o seu exemplo no modo de viver. Venerado como Santo induz que
muitas Igrejas tenham o seu nome.
São José é o Patrono da Igreja e Padroeiro da Família, do
Trabalhador e dos Carpinteiros. O dia 19 de março é dedicado a esta solenidade.
São José Operário por que é o Padroeiro dos Trabalhadores. Festeja
em cada 1º de Maio, dia internacional dedicado ao trabalhador. Foi proclamado
pelo Papa Pio XII.
José foi inserido no calendário
litúrgico Romano em 1479. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente
como o Patrono Universal da Igreja pelo Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num de seus grandes
documentos, exaltou as virtudes de São José. O Papa Bento XV declarou São José
como o Patrono da Justiça Social.
Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como
“trabalhador”, instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de
"São José operário".
A Igreja católica também reconhece José como Padroeiro da Boa
Morte.
Diversos são
os instrumentos de devoção: músicas, terço, oração, preces, novena, cordão,
saquinho de São José, dedicação ao mês de
maio, quartas feiras dedicada a São Jose; Os sete (7)
domingos em honra a São José, Felicitações, Súplicas, Consagração...
As leituras da Missa que falam em José estão na maioria das vezes
ligadas à Maria e são apresentadas nos dias que se referem a ela. Em outros
momentos há um destaque para a perícope citada. As
missas relacionadas a José ficaram nos seguintes dias:
ü
3ª Semana do Advento - 18/dez
Mt 1,18-24 –
Por meio de José, Jesus é juridicamente descendente de Abraão e da casa de Davi
conforme foi previsto pelo profeta Jeremias (Jr 23,5-8).
ü
Domingo entre o Natal e 1º de Janeiro, em
sua falta no dia 30 de dezembro celebra a Sagrada Família de José, Maria e
Jesus.
Ano
A: Obediência de José (Mt 2,13-15.19-23).
Ano
B: A família de Jesus (Lc 2,22.40 ou 2,22.39.40).
Ano
C: Jesus entre os doutores (Lc 2, 41_52).
ü
4ª Sem Comum – Ano C – Lc 4,21-30 –
Jesus é rejeitado em Nazaré.
ü
4ª Sem Comum – Qua – Mc 6,1-6 – Jesus não é aceito; é desprezado
em Nazaré.
ü
14ª Sem Comum – Ano B – Mc 6,1-6 – Jesus não é aceito; é
desprezado em Nazaré.
ü
17ª Sem Comum – Sex – Mt 13,54-58 –
Jesus é desprezado em Nazaré.
10
- Conclusão
A Bíblia não
expõe tanto José cujo SIM foi fundamental. A Luz dos Evangelhos é Jesus. Vale
reafirmar que em todo contexto não há um diálogo que envolva José.
Diante da
genealogia cumpriu-se a profecia que o Salvador viria de Davi. As passagens
Bíblicas descrevem pouco, mas mesmo assim é possível identificar o papel
importante de José na História da Salvação, suas boas características em
relação a Deus e sua responsabilidade ao cumprimento de deveres familiar e o de
cidadão. É possível ver o reconhecimento dele como pai adotivo de Jesus e a
constituição da Família Sagrada. Não teve outros filhos. O grande destaque para
ele está na Igreja Católica por venerá-lo como Santo. Tornando-o Patrono da
Igreja, do Trabalhador, do Carpinteiro e da Boa-Morte. A “Literatura
Devocional” é vasta no que concerne a ele como Santo. Há panfletos Santinhos,
Orações, Novenas, etc.
A esposa de José,
Maria permaneceu Virgem, portanto não houve outros irmãos. A última vez que se
falou em José, Jesus tinha doze (12) anos.
Encerra-se
assim o estudo com um sucinto perfil da vida de José.
Ø Nome: José
Ø Esposa: a
Virgem Maria (Mt 1,18)
Ø Filho: Jesus (Lc 1,31) Chamado e conhecido por: Filho do Altíssimo (Lc. 1,32)./ Filho de Deus (Lc.1,35) / Salvador,
Cristo (Lc 2,11), /
Emanuel que quer dizer Deus conosco; / o “filho de José” (Jo 1,45).
Ø Descendência: Família de Davi.
(Mt 1,20).
Ø Local do
nascimento: Belém, Judeia (Lc 2,4)
Ø Moradia: Morava em Nazaré. Cidade da
Galileia (Lc 1,26).
Ø Religião: Católica
(posteriormente chamada assim) Seguia Deus e Jesus deixou a Sua Igreja aos
cuidados de Pedro seu discípulo (Mt 16,18).
Ø Profissão:
Carpinteiro.
Ø Missão:
Cuidar do menino Jesus para ser o Messias, o Salvador do mundo.
10 - Bibliografia
Ø Bíblia de
Jerusalém
Ø Bíblia de Ave
Maria
Ø Bíblia da
CNBB
Ø Bíblia das
Paulinas
Ø Pastoral
Ø Vozes
Ø A Bíblia na
Linguagem de Hoje
Ø Catecismo da
Igreja Católica
Ø São José
Protetor da Santa Igreja, Dom Oscar de Oliveira – 1974
Ø https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-jose/148/102/ em
17/08/2020
Ações e
Palavras do 12 (doze) Apóstolos de Jesus
(Transcrições ou narrativas baseadas nos Evangelhos)
A ideia surgiu da curiosidade de saber
as ações e palavras dos Apóstolos. Foram registrados com base nas citações
Bíblicas, da Bíblia de Jerusalém, onde falava em “apóstolos” relacionados aos
12 (doze) e aos 11 (onze); dessa maneira é possível ter perdido algumas informações,
por diversas razões: os apóstolos geralmente seguiam Jesus e nem sempre citava
que eram todos; entre os Evangelistas é citado os 12 (doze) em uma determinada
passagem e o outro conta a mesma passagem sem quantificar; e por outro lado, porque
as versões das Bíblia favorecem essas divergências ocasionadas pela tradução.
Os 12 apóstolos
Foram escolhidos, por Jesus, 12 (doze)
dos seus discípulos para serem apóstolos. São eles: primeiro, Simão, chamado
Pedro, e depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu,
e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu {Natanael (Jo
1,45-51)}; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu
(Judas Tadeu); Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes,
que foi o traidor de Jesus. A eles, Jesus deu-lhes nas instruções missionárias,
autoridade e poder para expulsar os espíritos impuros (demônios); e curar
todo tipo de doença e de enfermidade. Ele os constituiu para que ficassem com
ele e para que os enviasse a fim de anunciar a Boa Nova. Estendeu a missão a 72
(setenta e dois) discípulos. Muitos acompanhavam Jesus assim como algumas
mulheres que haviam sido curadas (Cf. Mt 4,23-24;
10,1-16; Mc 3,13-19; 6,6-13; Lc 6,12-16 8,1-3; 9,1-6;
10,1-16). Jesus terminou as instruções (Mt
11,1) e partiu dali, a fim de ensinar e proclamar nas cidades da região.
Quando ficaram a sós, os discípulos que
estavam com Ele junto com os 12 (doze) faziam perguntas a Jesus sobre as
parábolas. Ele dizia-lhes: “A vós é confiado o mistério do Reino de Deus. Mas
para aqueles que estão fora tudo é apresentado em parábolas, de modo que, por
mais que olhem, não enxergam, por mais que escutem, não entendem, e não se
convertem, nem são perdoados” (Cf. Mt 13, 10-17.34-35;
Mc 4,10-12.33-34; Lc 8,9-10).
Jesus e os 12 (doze) estava em
Jerusalém, quando Jesus amaldiçoou a Figueira (Mc 11,12-14); por que
não dava frutos. Ao passar novamente na Figueira a mesma estava ressequida
desde a raiz (Mc 11,20-21). Na oportunidade Jesus fala em fé,
oração, na concessão de Deus ao que é pedido e sobre perdoar para ter o perdão
de Deus.
Ensinando na Sinagoga, Jesus falou: “É
por isso que eu vos afirmei: ‘Ninguém pode vir a mim, se não lhe for concedido
pelo Pai’ ”. A partir daí muitos dos seus, discípulos voltaram
atrás e não andavam mais com ele. Para os 12 (doze) perguntou: “Não quereis
também vós partir?” “Não vos escolhi, eu os 12 (doze)? No momento Ele pensava
em Judas. (Jo 6,65-71).
1ª Multiplicação dos Pães e Peixes (Mt 14,13-21; Mc 6,30-44; Lc 9,10-17;
Jo 6,1-15). – Os apóstolos se reuniram junto de
Jesus e lhe contaram tudo o que tinham feito e ensinado; Ele tomou-os consigo e
retirou-se, à parte, para uma cidade chamada Betsaida.
Os 12 (doze) disseram a Jesus: “Despede a multidão, para que possam ir aos
povoados e sítios vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar
deserto”. Mas Jesus disse: “Vós mesmos, dai-lhes de comer”. Eles replicaram. Então
Ele fez a multiplicação dos pães e peixes, abençoando os mesmos, partiu e distribuiu
para todos. Ainda sobrou.
2º Anúncio da Paixão / Quem é o maior (Mt 17,22-23; 18,1-4; Mc 9,30-37; Lc
9,43-48; 22,24-27) – Jesus chama os 12 (doze) e lhes disse: “O Filho do
Homem vai ser entregue às mãos dos homens e eles o matarão. Morto, porém, três
dias depois ressuscitará”. Mas eles não compreenderam. Ficaram muito tristes. Jesus
continuou quando chegaram em casa e disse: “Se alguém quiser ser o primeiro,
seja o último de todos, aquele que serve a todos!” e “Quem acolhe em meu nome
uma destas crianças, a mim acolhe. E quem me acolhe, acolhe, não a mim, mas
Àquele que me enviou”.
Jesus fez diversos ensinamentos aos
apóstolos. Falou na Recompensa do Reino Israel (Mt
19,27-30; Mc 10,28-31; Lc 18;28-30)). – “Em
verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no
trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em
doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel”. Garantiu a vida eterna. Em
Atos 2,30 é confirmado o trono.
3º Anúncio da Paixão (Mt 20,17-19; Mc 10,32-34; Lc
18,31-34) – No caminho, Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam
com medo. Jesus, outra vez, chamou os 12 (doze) de lado e começou a dizer-lhes
o que estava para acontecer com Ele: “Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho
do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à
morte e o entregarão aos pagãos. Vão zombar dele, cuspir nele, açoitá-lo e
matá-lo, mas três dias depois, ele ressuscitará”.
O
Pedido (Mt 20,20-28, Mc 10,35-40) – Ficaram
indignados com a proposta dos dois irmãos (Tiago e João) de pedirem que ambos
sentassem à direita e à esquerda de Jesus, no Reino. ‘ “Sim”,
declarou Jesus, “do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à
minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou” ‘.
Todos2 foram chamados e aprenderam com Jesus que os Chefes devem
servir, depois do pedido dos filhos de Zebedeu e da
indignação. Em Mateus, o pedido foi da mãe.
Depois da Entrada Messiânica, Jesus
“entrou no Templo, em Jerusalém e, tendo observado tudo, como fosse já tarde,
saiu para Betânia com os 12 (doze)” (Mc 11,11).
Lava-Pés (Jo
13,1-20) / Anúncio da traição de Judas na última Ceia / Instituição da
Eucaristia (Mt 26, 20-35; Mc 14,17-25; Lc 22,14-23) – Ao anoitecer, Jesus foi para lá com os
12 (doze) para realizar a última Ceia. Tiveram os pés lavados porque Jesus deu
o exemplo. Ainda ouviram que nem todos estavam puros. Enquanto estavam à mesa
comendo, Jesus disse: “Em verdade vos digo, um de vós vai me entregar, aquele
que come comigo”. Eles ficaram tristes e, um após o outro, começaram a
perguntar: “Acaso, serei eu?”.
Estavam presentes na negação de Pedro
predita (Mt 26,30-35; Mc 13,26-31; Lc 22,31-34; Jo 13,36-38),
quando Jesus fala em escândalos a seu respeito, ovelhas dispersas e
ressurreição. Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Ouviram
que a Escritura precisava se cumprir; que Jesus falava antes de acontecer, para
eles crerem que Ele era “Eu Sou” (Jo 13,17-20).
Jesus se despediu, disse que ia ser glorificado e deu o novo mandamento depois
que Judas saiu: “vos ameis uns aos outros como eu vos amei...” (Jo 13,31-34).
A Negação de Pedro de fato ocorreu,
assim também como o martírio de Jesus, que foi morto na Cruz e só João esteve
com Ele e pode dar um testemunho verdadeiro (Jo
19,35). Jesus foi ressuscitado no 3º dia.
Na Oração de Jesus (Jo 17) – Todo o capítulo é de Oração e Jesus ora
pelos 12 (doze) apóstolos (Jo 17,12).
Os 11 (onze) discípulos
Restaram 11 apóstolos porque Judas se
enforcou (Mt 27,5).
Após ressurreição (Lc 24) as mulheres foram ao túmulo e estava vazio.
Elas se lembraram das palavras de Jesus. Voltando do túmulo, anunciaram tudo
isso aos Onze e a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de
Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos
apóstolos, mas estes acharam tudo isso um delírio e não acreditaram. Jesus
apareceu se encontrou com 2 (dois) e conversaram com Ele, sem saber quem era. Contaram
“É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos assustaram. Elas foram de
madrugada ao túmulo e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que
tinham visto anjos e que estes afirmaram que ele está vivo. Alguns dos nossos
foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito”. Jesus
retrucou: “Não era necessário que o Cristo sofresse tudo isso para entrar na
sua glória?” E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas,
explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele”.
Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção,
partiu-o e deu a eles. Neste momento,
seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Naquela mesma hora, levantaram-se
e voltaram para Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros
discípulos. Escutaram: “A paz esteja convosco!” Imaginaram ver um espírito, se
espantaram, temeram, se alegraram e jantaram com Ele (Lc
24,36-43) .
Aparição do Ressuscitado (Mc
16,14-20) – Jesus aparece aos 11 (onze), fala de fé, credibilidade e de
sua ressurreição e diz: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda
criatura! Quando impuserem as mãos sobre
os doentes, estes ficarão curados”. Depois de falar com os discípulos, o Senhor
Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos
foram anunciar a Boa Nova por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua Palavra
pelos sinais que a acompanhavam.
“Caminharam à montanha que Jesus lhes
determinara, se prostraram a Ele, receberam orientação para batizarem em Nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos
tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,16-20; Mc 16,9-11). A promessa de Jesus estar
sempre junto...
Foram informados que precisava se
cumprir sobre Ele o que estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos
Salmos; foram abertas suas mentes para entenderem as Escrituras; iriam receber
o que o Pai prometeu, o ‘Espírito Santo’1; e deveriam permanecer na
cidade até serem revestidos da força do Alto. (Lc
24,44-49)
Estavam trancados numa sala com medo
dos judeus quando Jesus entrou e lhes disse: “A paz esteja convosco”;
encheram-se de alegria e ouviram a mesma frase; Jesus soprou sobre eles e lhes
falou: “Recebei o Espírito Santo...” Tomé não estava presente (Jo 20,19-23).
Estavam no lago Tiberíades com mais
dois discípulos, Pedro, Tomé, Bartolomeu, Tiago, João;
foram pescar em vão; encontram Jesus na praia sem saber que era Ele; Este
falou para jogarem a rede e pescaram com abundância; então, viram que era Jesus
e jantaram com Ele (Jo 21).
Então os apóstolos deixaram o monte
das Oliveiras e voltaram para Jerusalém, à distância que se pode andar num dia
de sábado. Entraram na cidade e subiram para a sala de cima onde costumavam
ficar. Eram Pedro e João, Tiago e André, Filipe e Tomé, Bartolomeu e Mateus,
Tiago, filho de Alfeu, Simão Zelota e Judas, filho de
Tiago. Todos eles perseveravam na oração em comum, junto com algumas mulheres –
entre elas, Maria, mãe de Jesus – e com os irmãos dele. (At 1,12-14).
Chamava os discípulos de irmão. “Não temas! Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia; lá me verão”. (Mt 28,9-10). “Vai, porém, a meus irmãos e dize-lhe: subo a meu Pai e vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus”. (Jo 20,17).
Foram restabelecidos os 12 (doze) com
a substituição de Judas; José e Matias se apresentaram e a sorte caiu para
Matias (At 1,15). Os apóstolos continuaram a se reunir (At 6,2).
Relação dos Apóstolos
Nome / Características |
Passagens Bíblicas |
André |
|
Irmão de Pedro (Mt 4,18) Pescador (Mt 4,18) Era de Betsaida (Jo 1,44) |
A Mudança – Seguiu Jesus e deixou de ser
discípulo de João Batista, quando ouviu por João: “Eis o Cordeiro de Deus”. Então
procurou o seu irmão porque conheceu o Messias (Cristo) e disse ao mesmo:
“Encontramos o Cristo”. Eles foram ver onde Jesus morava e passaram o dia com
Ele (Jo 1,36-41). O Chamado
(Mt 4,18-21; Mc 1,16-18; Lc 5,10; Jo 1,35-42) – Lançava a rede no mar com o irmão.
Foi um dos 4 primeiros (ele, João, Pedro e Tiago) chamado por Jesus para
pescar homens. A Multiplicação dos pães e peixes – Disse a Jesus “Há um menino que tem 5 pães e 2 peixinhos, mas
que é isso para tantas pessoas?” (Jo 6,8-9). Gregos – Filipe conversou com ele e
os dois foram falar com Jesus (Jo 12, 20-22) para
dizer que os gregos queriam falar com Ele. Jesus respondeu: “Chegou a hora em
que o Filho do Homem vai ser glorificado. O Discurso – No monte das Oliveiras, saindo do
Templo, ele, Pedro, João e Tiago, perguntaram a Jesus em particular:
“Conta-nos quando será, e qual o sinal de que isso estará para se consumar?” (Mc
13,1-4). |
Bartolomeu (Natanael) |
|
Natanael (Jo 1,45) Era de Caná da Galileia (Jo 21,2) |
O Encontro
– Encontrou-se com Filipe (Jo
1,43-51), falaram sobre Jesus e ele perguntou: “De Nazaré pode sair
algo de bom?”. Foi ao encontro de Jesus que disse: “Eis um israelita em quem
não há fraude”. Natanael retrucou: “De onde me conheces?”. “Antes que Filipe
te chamasse, quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”, falou Jesus. Natanael
exclamou: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!”. Ouviu de
Jesus: “Estás crendo só porque falei que te vi debaixo da figueira? Verás
coisas maiores que estas”. E disse-lhe ainda: “Em verdade, em verdade, vos
digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho
do Homem!”. A Pesca
no Lago de Tiberíades (Jo 21, 1-23) – Era pós
Ressurreição de Cristo. Estava com Pedro, Tomé, os filhos de Zebedeu (Tiago e João) e outros dois discípulos no lago
para pescar, mas foi em vão; encontram Jesus na praia sem saber que era Ele.
Jesus mandou lançar a rede e pescaram muitos peixes. |
Filipe |
|
Era de Betsaida (Jo 1,44) |
O Encontro – No dia seguinte, Jesus decidiu
partir para a Galiléia e encontrou Filipe e disse a
este: “Segue-me”! Filipe (Jo 1,43-51)
encontrou-se com Natanael e disse-lhe: “Encontramos Jesus, o filho de José,
de Nazaré, aquele sobre quem escreveram Moisés, na Lei, bem como os
Profetas”. Natanael perguntou: “de Nazaré pode sair algo de bom?” Filipe
continuou: “Vem e vê”! Jesus disse que sabia que Natanael estava embaixo da
figueira antes de Felipe ir chamá-lo (Jo 1,43-51).
Foi chamado por Jesus (Jo 1,43). A Interseção
– Recorreu a André e juntos procuram Jesus quando os gregos
quiseram vê-lO (Jo
12,20-22). A Multiplicação
dos Pães – Foi posto à prova quando Jesus lhe perguntou onde arranjariam
pão para todos comerem. (Jo 6,5-6). Respondeu
então: duzentos denários de pão não serão suficientes para cada um receber um
pedaço (Jo 6,7). O Pedido – Disse a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Jesus
respondeu: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me
viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? Não acreditas
que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo,
não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas
obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por
causa destas obras” (Jo 14,1-11). |
João |
|
Irmão de Tiago (Mt 4,21) Pescador Companheiro de Simão (Lc 5,10) Filho de Zebedeu (Mt 4,21) 2 Era de Betsaida (Jo
1,4 4) Era aquele que Jesus amava (Jo
13,25 + Pág. 1839) Evangelista Redator de três Epístolas (Pág
1841) e o Apocalipse |
A Intitulação
– O próprio João intitula-se, 4 (quatro) vezes de o “discípulo
amado”, uma vez que ele se utiliza dessa expressão enigmática no Evangelho de
sua autoria; o que não ocorre nos demais Evangelistas. Era o discípulo que
Jesus amava (Pág 1310)1. O Chamado
(Mt 4,18-21; Mc 1,16-18; Lc 5,10; Jo 1,35-42) – a Estava no barco com seu pai e seu
irmão consertando as redes. Foi um dos 4 primeiros (ele, André,
Pedro e Tiago) chamado por Jesus para pescar homens. Era sócio de
Pedro e seu irmão Tiago. A Sogra
de Pedro – Ele, Tiago e Jesus foram à casa de Pedro e André curar a sogra
de Pedro (Mt 8,14; Mc 1,29-31; Lc 4,38). A Nominação
– Ele e seu irmão
Tiago, receberam de Jesus o nome de Boanerges que significa: filhos do trovão
( Mc 13,17). Casa de
Jairo – Foi chamado por Jesus com seu irmão Tiago e Pedro a acompanhá-lO. Iam à casa do Chefe da Sinagoga, o Jairo,
para a menina se levantar que estava como morta (Mc 5,37-42; Lc 8,51). A Informação
– Tomou a palavra e disse: Mestre, vimos alguém expulsar
demônios em teu nome e quisemos impedi-lo (Lc
9,49-50; Mc 9,38-40). Segundo Jesus não era para impedir. O Pedido
– Sua mãe pediu a Jesus para ele e seu irmão sentarem à direita
e à esquerda de Jesus no Reino. (Mt 20,20-21).
O mesmo pedido ele e o irmão Tiago fizeram a Jesus (Mc 10,35-37).
Os outros apóstolos ficaram indignados com eles. O Discurso – No monte das Oliveiras, saindo do
Templo, ele, André, Pedro e Tiago, perguntaram a Jesus em particular:
“Conta-nos quando será, e qual o sinal de que isso estará para se consumar?” (Mc
13,1-4). Na
Transfiguração – Foi levado por Jesus junto com Pedro e Tiago ao monte onde
ocorreu a “Transfiguração” (Mt 17,1-13; Mc
9,2-13, Lc 9,28-36). Em
Samaria – Quando tiveram má acolhida no povoado Samaritano a caminho de
Jerusalém, ele e Tiago perguntaram a Jesus “Senhor, queres que mandemos
descer fogo do céu para que consumi-los?” (Lc 9,51-62). Jesus não quis. Partiram para outro
povoado. A Preparação da Ceia (Lc 22,8) – Jesus o enviou
com Pedro para preparar a ‘refeição’1 da Páscoa. Oração no Getsêmani (Mt
26,36-40; Mc 14,32-46; Lc 22,40-46) – No
horto das Oliveiras foi chamado por Jesus para acompanhá-lo com Pedro e seu
próprio irmão Tiago, para permanecerem com Ele e vigiar. Na Ceia – Perguntou a Jesus quem era o
traidor após receber um sinal e um pedido de Pedro. Com a cabeça reclinada no
peito de Jesus, o atendeu (Jo 13, 22-25). Na Cruz – Diante da Cruz ouviu viu e depois
narrou: ‘ “Jesus, então, vendo sua mãe e, perto
dela, o discípulo a quem amava, disse a sua mãe: “Mulher, eis teu filho!”.
Depois Jesus disse a ele “Eis tua mãe!” ‘. Então recebeu a ‘custódia’1
de Maria. (Jo 19,25-27). Representava toda a humanidade junto à cruz (Pág 1309)1. Viu e deu testemunho da morte de Jesus (Jo 19,35). O aviso – Estava com Pedro quando foi
avisado por Maria Madalena que o sepulcro de Jesus estava vazio (Jo 20,1-10). Descrito assim: Maria Madalena “corre,
então, e vai a Simão Pedro e ao outro discípulo, que Jesus amava. Eles
correram, ele chegou primeiro, viu as faixas de linho por terra, mas não
entrou (Jo 20,3-5). O discípulo amado,
viu, creu, não compreendeu o que era Ressurreição conforme às Escrituras e
voltou para casa (Jo 20,8-10). Ele não entrou e esperou Pedro porque reconheceu
caber a Pedro certa preeminência (Pág 1892). A Pesca
no Lago de Tiberíades (Jo 21, 1-23) – Era pós
Ressurreição de Cristo. Estava com Natanael, Tomé, os filhos de Zebedeu (Tiago e João) e outros dois discípulos no lago
para pescar, mas foi em vão; encontram Jesus na praia sem saber que era Ele.
Jesus mandou lançar a rede e pescaram muitos peixes. ‘Aquele discípulo que
Jesus amava disse então a Pedro: “É o Senhor” ‘, reconhecendo Jesus entre
eles. Pedro lembrou dele na ceia: tinha se inclinado sobre o peito de Jesus e
perguntado: “Senhor, quem é que vai te entregar?”. Ele quis seguir Jesus, mas
Jesus deixou expresso na pergunta que que fez a Pedro, que veria ficar até
que Jesus voltasse (Jo 21, 20-22). A Divulgação – Divulgou-se a notícia de que ele
não morreria porque devia esperar Jesus (Jo
21,23), mas não foi isso que Jesus disse. O Testemunho – “Foi testemunha ocular dos fatos”
(Jo 21,24). Um testemunho verdadeiro do
discípulo amado (Pág 1839) 1 e 2. |
Judas Iscariotes |
|
(Jo 6,71) Nome: Homem de Cariot mentiroso, hipócrita (Pág 1720) |
A Explicação – Foi aquele que entregou Jesus. (Mt
10,4). A Traição – Foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se eu
vos entregar Jesus?” Combinaram trinta moedas de prata. E daí em diante, ele
procurava uma oportunidade para entregá-lo (Mt
26,14-16; Mc 14,10-11; Lc 22,1-6; Jo 26,47-49). A Referência – Foi referenciado por Jesus como um diabo entre os 12 (doze),
sem Jesus citar seu nome (Jo 6,70-71). Na casa – Na casa de Lázaro, Maria ungia os pés de Jesus. Ele perguntou
à Maria: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se
dar aos pobres?”. Mas ele não se preocupava com os pobres. Era ladrão, pegava
da bolsa. Ouviu de Jesus para deixá-la; porque o que ela fazia era para Sua
própria sepultura; e sempre teriam pobres, mas a Ele não (Jo 12,1-8). Na Ceia – No Lava-pés o diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus. Jesus disse: “Vós também
estais limpos, mas não todos”. “Não estais todos limpos”. Eu não falo de
todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que
está na Escritura: ‘Aquele que come do meu pão levantou contra mim o
calcanhar’” (Jo 13.2-18). Ele já tinha o projeto de entregar Jesus pelo diabo enquanto
ceava (Jo 13,2). Na última ceia Jesus disse: “Em verdade, em verdade, vos digo:
um de vós me entregará”. “Mestre, serei eu?” Judas perguntou. Jesus
respondeu: “Tu o dizes” (Mt 26,25). João
inclinou-se e conforme Pedro fez sinal, o discípulo amado perguntou: “Senhor,
quem é?”. Jesus retrucou: “É aquele a quem eu der um bocado passado no
molho”. “o que comigo põe a mão no prato, esse me entregará” {Mt 26,20-21}. E deu a Judas. Depois do bocado,
Satanás entrou em Judas. Jesus, então, lhe disse: “O que tens a fazer, faze
logo”. Mas nenhum dos presentes entendeu por que ele falou isso. Como Judas
guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus estava dizendo: “Compra o que
precisamos para a festa”, ou que desse alguma coisa para os pobres. Então,
depois de receber o bocado, Judas saiu imediatamente. Era noite (Jo 13,21-30). A entrega – Ele conhecia o
jardim, o lugar, porque Jesus muitas vezes ali se reunia com seus discípulos.
Levou o batalhão romano e os guardas dos sumos sacerdotes e dos fariseus, com
lanternas, tochas e armas, e chegou ali. Jesus disse: “A quem procurais?”. “A
Jesus de Nazaré!”, responderam. Ele disse: “Sou eu”. (Jo 18,1-8). Acompanhava a multidão que trouxera
espadas e paus. E combinou: “Aquele que eu beijar, é ele: prendei-o!” Quando
encontrou Jesus, Judas disse: “Salve, Rabi!” e lhe deu um beijo. Jesus lhe
disse: “Amigo para que vieste?” (Mt 26,47-49;
Mc 14,43-45). “Judas, com um beijo tu entregas o Filho do Homem?” (Lc 22,47). O remorso – Ao ver que Jesus
fora condenado, ficou arrependido e foi devolver as trinta moedas de prata
aos sumos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: “Pequei, entregando à morte um
inocente”. Eles responderam: “Que temos nós com isso? O problema é teu”. E ele jogou as moedas no Santuário, saiu e
foi se enforcar (Mt 27,3-5). Foi referido na “Oração de Jesus” como o “filho da perdição”.
Exceto ele havia se perdido. (Jo 17,12). O Campo – Seu dinheiro foi utilizado na compra de um terreno para
sepultar estrangeiros, o “Campo de Oleiro” ou “Campo de sangue” (Mt 27, 6-10). |
Judas Tadeu |
|
Filho (Lc 6,1) ou irmão de
Tiago (Pág 1798) Redator de uma Epístola (Pág 2103) |
O Irmão – Foi tratado como irmão de Jesus,
Tiago, José (Joset), Pedro (Mt 13,55; Mc 6,3). O questionamento – Perguntou na “Despedida” de
Jesus: “Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22). |
Mateus |
|
Levi (Mc 2,13) Filho de Alfeu (Mc 2,14) Publicano (Mt 10,2; Lc 5,27) Cobrador de Impostos2 (Mt 9,9) Evangelista |
O
Chamado na Coletoria – Estava sentado na coletoria de impostos e foi chamado por
Jesus (Mt 9,9; Lc
5,27-28). A Festa – Ofereceu uma ‘Festa’ (Lc 5,29-32) em sua casa onde Jesus foi questionado
porque comia e bebia com pecadores e publicanos (Mc 2,15). |
Pedro |
|
Simão (Mt 4,18) Irmão de André (Mt 4,18) Pescador (Mt 4,18) Filho de João ou (Jo
1,42; 21,15) Jonas (Mt 16,17) Era de Bertsaida (Jo 1,44), norte da Galileia (Mc 14,70). Nome: Cefas = Pedra (Jo 1,42) Príncipe dos Apóstolos (Pág
1469)1 Cabeça do Colégio Apostólico (Pág 1845) Relator de duas Epístolas. (Pág
2103) |
O Chamado (Mt
4,18-21; Mc 1,16-18; Lc 5,10; Jo
1,35-42) – Seu irmão era um dos que tinha ouvido falar de Jesus e disse
a ele: “Encontramos o Cristo”. Foi fitado por Jesus, reconhecido como filho
de João e chamado de Cefas. Foi um dos 4 primeiros
(ele, André, João e Tiago) chamados. Lançava a rede no mar com seu irmão
André. Jesus lhes disse: “Não tenhas medo! Doravante serás pescador de
homens.” Era sócio de Tiago e João, os filhos de Zebedeu.
Foi conduzido por seu irmão André para conhecer Jesus, o Messias, e passou o
dia com Ele. No Barco (Mt 4,18-29; Mc 1,16-20; Lc
5,1-11) – Jesus entrou no barco de Simão e pediu que se
afastasse um pouco, sentou e ensinou às multidões. Quando acabou de falar,
disse a Simão: “Avança mais para o fundo, e ali lançai vossas redes para a
pesca”. Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos a noite inteira e não pegamos
nada. Mas, pela tua palavra, lançarei as redes”. Agindo assim, pegaram
tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Vendo isso, Simão Pedro
caiu de joelhos diante de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim, Senhor, porque
sou um pecador!”. Ele estava com Tiago e João nesta hora. (Foi o único que se postou e reconheceu-se
pecador antes de ser chamado). Galileia (Mc 1,35-36) – De madrugada, quando ainda estava
bem escuro, Jesus se levantou e saiu rumo a um lugar deserto. Lá, ele orava. Simão
‘Pedro’2 e seus companheiros procuravam ansiosos por Ele.
A Sogra de Pedro (Mt
8,14; Mc 1,29-34; Lc 4,38) – Recebeu Tiago,
João e Jesus na sua casa e de André, para Jesus curar sua sogra. Casa de
Jairo (Mc 5,21-47; Lc 8,40-56) –
Foi chamado por Jesus, com os irmãos Tiago e João. Ia acompanhá-lO
à casa do Chefe da Sinagoga, o Jairo, para a menina se levantar que estava
como morta. No caminho tocaram nele e Pedro disse: “Mestre, são as multidões
que te cercam e te apertam”. Pedro entrou com ele. O Irmão – Foi tratado como irmão de Jesus,
Tiago, José (Joset), Judas (Mt 13,55; Mc 6,3). Jesus caminhando sobre as águas (Mt 14,22-33) – Pedro que ir ao encontro de Deus sobre o
mar. Jesus disse: “Vem!”. Ele quase afundou e diz para Jesus: “salve-me”, foi
segurado por Jesus e foi repreendido por ser fraco na fé. Puro e impuro (Mt 15,10-20) – Pede explicação sobre a Parábola do “cego guiando
cego” e Jesus questionou “não entendes?”. O importante é o que sai do
coração. Profissão de Fé e primado de Pedro (Mt
16,13-20; Mc 8,27-30; Lc 9,18-21) – Disse ele
a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! Jesus então declarou: “Feliz
és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou
isso, mas o meu Pai que está no céu.”); e continuou: “...tu és
Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja... darei as chaves do Reino
dos Céus...”. A pecadora – Questionado por Jesus sobre qual
o credor deve mais e ele respondeu: “Suponho que aquele ao qual mais perdoou”
(Cf. Lc 7,41). Pronto retorno para o Mestre (Lc 12,41) – Pedro indagou a Jesus: “Senhor, é para
nós ou para todos que contas esta parábola?” 1º Anúncio da Paixão (Mt
16,21-28; Mc 8,31-38) – Jesus fala que o Filho do homem vai sofrer. E
ele o chamou de lado e fala “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto
nunca te aconteça!”. Jesus pede para afastar para não fazer a vontade de
Satanás. É preciso carregar a cruz e seguir Jesus. Na Transfiguração (Mt
17,1-13; Mc 9,2-13, Lc 9,28-36) – foi levado ao
monte por Jesus, juntamente com Tiago e seu irmão João. Viu a aparição de
Moises e Elias. Então ofereceu-se para fazer as três tendas. Imposto do Templo (Mt
17,24-27) – Perguntaram a ele se Jesus pagava imposto. Ele disse “paga
sim”. Jesus em conversa com ele perguntou de quem recebia imposto “dos
familiares” ou “dos estranhos”. Pedro respondeu “dos estranhos deveria ser
pago impostos”. Então foi enviado por Jesus para pescar um peixe, abri-lhe a
boca, pegar a moeda e saudar os impostos dele e de Jesus. Perdão (Mt
18,21-22) – Perguntou a Jesus quantas vezes deveria perdoar o irmão que
pecasse. Recebeu como resposta, que deveria perdoar 77 vezes. Recompensa dos apóstolos (Mt
19,27-29; Mc 10,28-30; Lc 18;28-30) – “Olha!
Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?”. Jesus respondeu:
“Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho vem se sentar no
trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em
doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. Recompensa dos apóstolos.
E muito mais: vida eterna. Em Atos 2,30 é confirmado o trono. Preparação da Páscoa (Lc
22,8) – Jesus o enviou com João para preparar
a ‘refeição’1 da Páscoa. Caminhando (Mc 11,21) – Disse a Jesus: “Rabi, olha,
a figueira que amaldiçoaste secou”. O Discurso (Mc 13,1-3, Lc 21, 5-7) – No monte das Oliveiras, saindo do
Templo, ele, André, João e Tiago, perguntaram a Jesus em particular:
“Conta-nos quando será, e qual o sinal de que isso estará para se consumar?” (Mc
13,1-4). Palavra Eterna (Jo
6,67-68) – Pedro diz: “Senhor a quem iremos?” Tens palavras de vida
eterna e nós cremos que és o Santo de Deus”. Negação Predita (Mt
26,30-35; Mc 13,26-31; Lc 22,34; Jo 13,36-38) – Disse: “Mesmo que todos se
escandalizem, eu jamais”. “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe:
“Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás”. Pedro
disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei minha vida por
ti!” Jesus respondeu: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te
digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes. Ainda que eu
tenha de morrer contigo, não te negarei”, Pedro respondeu. Jesus orou por Pedro (Lc 22,32) – a fim de que a fé dele não desfalecesse. Oração no Getsêmani (Mt
26,36-40; Mc 14,32-46; Lc 22,40-46) – No
horto das Oliveiras foi chamado por Jesus para acompanhá-lo com João e Tiago,
para permanecerem com Ele e vigiar. Pedro dormiu e foi questionado por Jesus,
por não vigiar nem por uma hora. Foi orientado para vigiar e orar sempre
porque a carne é fraca. O Lava Pés / Ceia (Jo
13,1-20) – Jesus começou a lavar os pés dos discípulos e Pedro não quis
que lavasse os deles. Foi explicado que precisava permitir para fazer parte
de Jesus, então desejou que as mãos e a cabeça fossem lavadas também, sem
precisão, pois estava puro. Acenou ao discípulo amado, João, pedindo para ele
perguntar a Jesus quem era o traidor (Jo
13,24). A espada (Jo 18,11) – Feriu com a espada o servo do Sumo
Sacerdote, Malco, decepando-lhe
a orelha direita quando Jesus foi preso. (Jo
18,10). Ouviu de Jesus: “Embainha a espada...”. A negação confirmada (Mt
26,69-75; Mc 14,66-72; Lc 22,54-71; Jo 18-12-27) – Seguiu Jesus de longe (Mc
14,53). Sentou-se no meio do povo que acendeu a fogueira (Lc 22,55); ou junto à porta de fora e depois foi
introduzido à sala. Negou três vezes antes de o galo cantar três vezes,
lembrou-se das falas de Jesus e chorou amargamente. Sepulcro vazio (Lc
24,1-12; Jo 20 1-12) – o Homem (Anjo) pediu
para Maria Madalena dizer a seus discípulos e a Pedro: “Ele vai à vossa
frente para a Galiléia” 16,7). Foi
encontrado por Maria Madalena que lhe avisou que o túmulo estava vazio. Saiu
correndo com João, esse chegou primeiro e ficou esperando por ele. Ele se
surpreendeu (Lc 24, 12), mesmo não dando
créditos às mulheres (Mc 24,9). Inclinou-se, mas viu apenas
lençóis. Viu, creu, não compreendeu o que era Ressurreição conforme às
Escrituras e voltou para casa (Jo 20,8-10).
Emaús – Os discípulos de Emaús
confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” (Lc 24, 34-). A Pesca no Lago de Tiberíades (Jo
21, 1-23) – Era pós Ressurreição de Cristo. Estava com Natanael, Tomé,
os filhos de Zebedeu (Tiago e João) e outros dois
discípulos e disse: “eu vou pescar”. Ouvindo o discípulo amado dizer que era
o Senhor que estava com eles, vestiu e arregaçou a túnica (pois estava nu) e
lançou-se ao mar. Arrastou a rede para terra. Respondeu 3 vezes a Jesus:
“Sim. Senhor tu sabes que te amo.” Ficou triste na 3ª vez que Jesus
perguntou. Então Jesus pediu para ele apascentar as ovelhas d’Ele. Ouve que
quando mais velho, vai entender, dar gloria a Deus e pede para segui-lo. Vê
João segui-lO. Aí, Pedro quis saber de Jesus sobre
ele e perguntou: “Senhor, e ele?” (Jo 21,20).
Jesus responde: Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te
importa? Quanto a ti, segue-me. Pedro
reconhece em Jesus o Messias e que deverá ser uma pedra de arrimo para seus
irmãos (CNBB pág 1222- rodapé). |
Simão |
|
Zelota ou Zelote (alguém que zela pelo nome de Deus) Cananeu1 Nacionalista2 |
Não deve ser confundido com: Simão Pedro (Mt
4,18), Simão Leproso (Mt
26,6), Simão de Cirene (Mt
27,32), Simão fariseu (Lc
7,39-40), Simão Iscariotes,
pai de Judas e Simão de Emaús (Lc
24,13,34). |
Tiago |
|
Irmão de João (Mt
4,21) Companheiro de Simão (Lc 5,10) Filho de Zebedeu (Mt 4,21; Mc 10,35) Pescador Maior (Pág 1435)1 |
O
Chamado (Mt 4,18-21; Mc 1,16-18; Lc 5,10; Jo 1,35-42) – Estava
no barco com o pai e consertava as redes com o irmão. Foi um dos 4
primeiros (ele, André, João e Pedro) chamado por Jesus para pescar
homens. Era sócio de Pedro e seu irmão João. A Nominação – Recebeu o nome de Boanerges com o
irmão que significa Filhos do trovão. (Mc 3,17) Casa de
Jairo – Foi chamado por Jesus com seu irmão João e Pedro a acompanhá-lO à casa do Chefe da Sinagoga, o Jairo, para a
menina se levantar que estava como morta. (Mc 5,37) Em
Samaria – a Ele e João perguntaram a Jesus “Senhor, queres que mandemos
descer fogo do céu, para que os destrua?” (Lc
9,51-62) quando teve má acolhida no povoado Samaritano a caminho de
Jerusalém. Jesus não quis. Partiram para outro povoado. O Irmão – Foi tratado como irmão de Jesus,
Pedro, José (Joset), Judas (Mt 13,55; Mc 6,3). A Sogra
de Pedro – Foi com João e Jesus à casa de Pedro e André curar a sogra de
Pedro (Mt 8,14; Mc 1,29; Lc
4,38). Na
transfiguração – Foi levado por Jesus junto com Pedro e João ao monte onde
ocorreu a “Transfiguração” (Mt 17,1-13; Mc
9,2-13, Lc 9,28-36). O Pedido – Sua mãe, junto com os filhos,
pediu para eles sentarem à direita e à esquerda de Jesus no Reino. (Mt 20,20). Ele com o irmão fez esse
pedido. (Mc 10,35). Os outros apóstolos ficaram indignados com
eles. O Discurso – No monte das Oliveiras, saindo do
Templo, ele, André, João e Pedro, perguntaram a Jesus em particular:
“Conta-nos quando será, e qual o sinal de que isso estará para se consumar?” (Mc
13,1-4). Ele e João perguntaram a Jesus “Senhor, queres que mandemos
descer fogo do céu, para que os destrua?” (Lc
9,51-62) quando teve má acolhida no povoado Samaritano a caminho de
Jerusalém. Partiram para outro povoado. Oração no Getsêmani (Mt
26,36-40; Mc 14,32-46; Lc 22,40-46) – No
horto das Oliveiras foi chamado por Jesus para acompanhá-lo com Pedro e seu
próprio irmão João, para permanecerem com Ele e vigiar. A Pesca
no Lago de Tiberíades (Jo 21, 1-23) – Era pós
Ressurreição de Cristo. Estava com Pedro, Natanael, Tomé, seu irmão Tiago e
outros dois discípulos no lago para pescar, mas foi em vão; encontram Jesus
na praia sem saber que era Ele. Jesus mandou lançar a rede e pescaram muitos
peixes. |
Tiago |
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Filho de Alfeu (Mt 10,3; Mc 3,13) Filho de Maria (Mt 27,55) Irmão de José (Mt 27,55) Menor (Pág 1435)1 Redator de 1 Epístola (Pág 2102) |
Não pode ser confundido com Tiago ‘Maior’1. |
Tomé |
|
Dídimo (J0 11,16) Seu nome significa: Gêmeo |
Na casa – Na casa de Lázaro disse aos
companheiros: “Vamos nós também, para morrermos com ele!” (Jo 11,16). Na
despedida – Perguntou a Jesus na Sua “Despedida”: “Senhor, não sabemos
aonde vais. Como podemos conhecer o caminho?” Jesus disse: “Eu sou o caminho,
a verdade e a vida...” (Jo 14,5). A
ausência – Não estava com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos
contaram-lhe: “Nós vimos o Senhor!” Mas Tomé disse: “Se eu não vir a marca
dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu
não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. A Crença - Oito dias depois, os discípulos
encontravam-se reunidos na casa, e Tomé estava com eles. Estando as portas
fechadas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja
convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos.
Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!”
Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Creste porque me
viste? Bem-aventurados os que não viram, e creram!” (Jo
20,24-28). A Pesca
no Lago de Tiberíades (Jo 21, 1-23) – Era pós
Ressurreição de Cristo. Estava com Pedro, Natanael, Tomé, seu irmão João e
outros dois discípulos no lago para pescar, mas foi em vão; encontram
Jesus na praia sem saber que era Ele. Jesus mandou lançar a rede e pescaram
muitos peixes. |
1 – Bíblia Sagrada; Edições Paulinas e Bíblia
Sagrada CNBB – Internet em PDF.
2 – Bíblia Sagrada na Linguagem de Hoje; 1991.
João Batista
O referente trabalho teve como base a Bíblia de
Jerusalém. O objetivo é relatar as passagens que fazem referências a João
Batista o precursor de Jesus. Era denominado João, João Batista e Profeta do
Altíssimo. Narra a origem do nome, a ascendência, sua vida em criança, a
profecia a seu respeito, a missão e os aspectos de sua vida.
PASSAGENS BÍBLICAS |
Citação |
PRECURSOR
DE JESUS |
|
João Batista – Segundo o anjo, o pai daria o nome de João. |
Lc 1,13 |
ASCENDÊNCIA
|
|
Filho de Zacarias e Isabel. Ele descendente de Abdias e ela, de Aarão. |
Lc 1, 5 |
ÉPOCA |
|
Herodes, rei da Judeia. |
Lc 1,5 |
CARACTERÍSTICAS
DOS PAIS DO PRECURSOR |
|
Ambos eram justos diante de Deus, e de modo irrepreensível seguiam
todos os mandamentos e estatutos do Senhor. Não tinham filhos porque ela era
estéril e os dois eram de idade avançada. Ele era sacerdote. |
Lc 1,5-7 Lc 1,8 |
ANUNCIAÇÃO
A ZACARIAS DA GRAVIDEZ DE ISABEL |
|
Um dia ele viu o Anjo do Senhor, chamado Gabriel, à direita do altar.
O anjo lhe disse que Deus ouviu as súplicas dele e que ele teria um filho com
Isabel. Explicou que João
seria grande diante do Senhor e que ele teria alegria e regozijo, e muitos se
alegrarão com seu nascimento. E ficaria pleno do Espírito Santo, ainda no
seio da mãe. Zacarias ficaria mudo e sem poder falar, até que se
cumprisse o tempo oportuno. Quando Zacarias saiu do Santuário, mudo, o povo,
que estava fora em oração, entendeu que ele tivera uma visão. |
Lc 1,8-25 |
ANUNCIAÇÃO
A MARIA DA GRAVIDEZ DE ISABEL |
|
Na Anunciação do nascimento de Jesus à Maria, o Anjo Gabriel lhe
disse: “Também Isabel, tua parenta concebeu um filho na velhice, e este é o
sexto mês (da gravidez a espera de João) para aquela que chamavam de
estéril.” |
Lc 1,36 |
VISITA DE
MARIA A ISABEL |
|
Maria entrou na casa de sua parenta Isabel. Assim que Isabel ouviu a
saudação, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do
Espírito Santo. João estremeceu de alegria. Nesta ocasião ocorreu o Cântico de Maria. A visita durou cerca de três meses. |
Lc 1,39-44 Lc 1,46-55 Lc 1,56 |
NASCIMENTO
E INFÂNCIA |
|
João Batista nasceu e os vizinhos disseram que Deus cumulara Isabel
com Sua misericórdia e com ela se alegraram. No oitavo dia houve a circuncisão do menino e Isabel disse que ele
seria chamado de João. Como replicaram o nome João, Zacarias pediu uma tábua
e escreveu: João. Todos ficaram admirados e Zacarias voltou a falar
bendizendo a Deus. Todos reconheceram que a mão de Deus estava com o menino
João. Seguiram o que havia sido informado pelo anjo. Zacarias profetizou o Benedictus. O menino crescia e se fortalecia em espírito... |
Lc 1,57-58 Lc 1,59-66 Lc 1,67-79 Lc 1,80 |
PROFECIAS
|
|
Malaquias: “Eis que enviarei o meu mensageiro para que prepare um
caminho diante de mim.” (Texto aplicado a Elias e a João Batista - Página
1683) “Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que chegue o Dia de Iahweh, grande e terrível. Ele fará voltar o coração dos
pais para os filhos e o coração dos filhos para os pais, para que não venha
ferir a terra com anátema.” Isaias: “voz do que grita no deserto: preparai o caminho do Senhor,
tornai retas suas veredas”; “Eis que envio o meu mensageiro à Tua frente. Ele
preparará o caminho diante de ti”. |
Ml 3,1 MI 3,23 Is 40,3; Mt 3,3; 11,10; Mc 1,2-3; Lc 1,76; 3,4-6 Jo 1,23 |
MISSÃO DE
JOÃO BATISTA |
|
Converter muitos dos filhos de Israel ao Senhor Deus; Caminhar à frente de Jesus com o espírito e poder de Elias; Converter os corações dos pais aos filhos e os rebeldes à prudência
dos justos; Preparar ao Senhor um povo bem disposto. Proclamar um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados. Proclamar o Evangelho gritando no deserto,
sendo o princípio do Evangelho. Continuar a anunciar a Boa Nova. |
Lc 1,16-17; Mc 1,4; Lc 3,3 Mt 3,1 |
Pregar no deserto dizendo: “Arrependei-vos,
porque o Reino dos Céus está próximo”. |
Mt,3,1 |
Batizar com água – João foi enviado por Deus para batizar com água,
confessando os pecados. Ele com água, no Rio Jordão e Jesus com o Espírito Santo |
Mt 3,6; Mc 1,8; Mc 1,4-5;
Lc 3,21 Jo 1,24-26 |
Ser Profeta do Altíssimo (Benedictus) Transmitir ao povo o conhecimento da salvação pela remissão dos
pecados. |
Lc 1,67-79 Lc 3,3 |
Caminhar na Justiça – Veio num caminho de justiça e não foi acreditado. |
Mt 21,32; |
Testemunhar sobre a luz, Jesus – Veio como testemunha para dar
testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a
luz. Foi a lâmpada que ardia e iluminava. |
Jo 1,6-8; 5,35 |
ONDE
MORAVA, PREGAVA E BATIZAVA |
|
Habitou no deserto até sua manifestação a Israel. Pregava no deserto de Jerusalém, Judeia e região além do rio Jordão. Batizava no rio Jordão e também em Enom,
perto de Salim, pois as águas eram abundantes. |
Lc 1,80; Mt 3,1.5; Mc 1,4-5; Mt 3,6; Jo 3,23 |
COSTUMES |
|
Usava uma roupa de pelos de camelo e um cinturão de couro em torno dos
rins. Seu alimento consistia em gafanhotos e mel silvestre. |
Mt 3,4; Mc 1,6; |
Não bebeu vinho nem bebida embriagante conforme foi anunciado. Não comia
pão e não bebia vinho e por isso, diziam: O demônio está nele! |
Lc 1,15; Lc 7,33; |
ORIGEM DO TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA |
|
A Palavra de Deus foi dirigida a João no deserto, nos tempos do
imperador Tibério César. Pôncio Pilatos governava a Judeia e Herodes, a
Galileia. |
Lc 3,1-2; |
TESTEMUNHOS DE JOÃO |
|
Confrontava os fariseus e saduceus que vinham se batizar. João dizia
que deviam se arrepender porque o Reino dos Céus estava próximo. Muitos se
batizavam e confessavam seus pecados. Ele, João, pedia que produzissem fruto
digno de arrependimento; que a árvore que não produz bom fruto devia ser
arrancada; que não adiantava só dizer que tinham como pai Abrão. |
Mt 3,7-10; Lc 3,7-9; |
Avisava que batizava com água e aquele que viria depois dele (Jesus)
batizaria com o Espírito Santo e fogo.
O que veria era mais forte e não era digno de tirar-lhe a sandália. “Foi dele (Jesus) que eu disse: ‘Aquele que
vem depois de mim passou à minha frente, porque antes de mim ele já
existia’”. “Ele (Jesus) trará a pá em sua mão e vai
limpar sua eira: o trigo, ele o guardará no celeiro, mas a palha, ele a
queimará num fogo que não se apaga”. “Eu vi o Espírito descer sobre ele (Jesus) e
dou testemunho que ele é o Eleito de Deus”. |
Mt 3,11-12; Mc 1,7-8; Lc 3,15-17; Jo 1,15,33,34; |
Dizia para que quem tivesse duas túnicas e comida repartisse com quem
não tinha; aos soldados que não molestassem com extorsões nem denunciassem
falsamente e se contentassem com seus soldos.
|
Lc 3,10-14 |
Em Bethabara, João disse aos judeus que o
interrogaram: “Eu não sou Cristo, não sou Elias, não sou profeta.” “Eu sou a
voz do que clama no deserto: endireitai o caminho do Senhor”. |
Jo 1,19-34 |
Em outro dia ele viu Jesus se aproximando e disse: “Eis o cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo. Depois de mim, vem um homem que passou
adiante de mim, porque existia antes de mim.” Disse que não O conhecia, mas
testemunhava porque vira o Espírito Santo descer quando O batizara, conforme
“Quem” o enviou o avisara. |
Jo 1,35-36; Jo 1,31-34 |
Eis o último testemunho de João: Um homem nada pode receber a não ser
que tenha sido dado do céu; não sou Cristo, sou o enviado adiante d’Ele; essa
é minha alegria e ela está completa; é necessário que ele cresça e eu diminua;
aquele que vem do alto está acima de todos; Ele veio do céu deu testemunho do
que viu e ouviu, mas ninguém acolhe; quem acolhe certifica que Deus é
verdadeiro, que Deus O enviou e que dá Espírito sem medida; o Pai ama o Filho
e entregou tudo na sua mão; quem crer tem vida eterna. (Este testemunho foi o último em dois sentidos porque João Batista foi
o sucessor do último profeta, o Malaquias, cuja predição João cumpriu. – Pág 1723) |
Jo 3,27-36; |
JOÃO BATISTA E JESUS |
|
João tentou dissuadir Jesus, que veio da Galileia para ser batizado.
Falou que ele mesmo tinha necessidade de ser batizado por Cristo. Foi
convencido porque convinha cumprir toda a justiça. João batizou Jesus no rio
Jordão e viu os céus se rasgando e o Espírito de Deus descer como uma pomba e
escutou a voz: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo,” conforme Deus
o avisara. |
Mt 3,13-17; Mc
1,9-11; Lc 3-21-22; Jo 1,33 |
Disse que não era Cristo, mas era o enviado adiante dele. |
Jo 3,28 |
Mostrou Jesus como o Cordeiro de Deus. |
Jo 1,29;36 |
Depois que João foi preso Jesus começa a pregar na Galileia e
proclamava o Evangelho de Deus. Havia se cumprido o tempo da profecia e o Reino
de Deus estava próximo. Era para se arrepender e crer no Evangelho. |
Mt 4,12-17; (Lc 4,14); Mc 1,14 |
Jesus queria saber o que diziam do Filho do Homem, uns diziam: era
João Batista ou Elias para muitas pessoas que afirmavam isso depois que João foi
degolado. |
Mt 16,13-14; Mc 8,28; Lc 9,19; |
TESTEMUNHOS DE JESUS SOBRE JOÃO BATISTA |
|
Eis o que Jesus falou a respeito de João às multidões: Que fostes ver
no deserto? Um caniço agitado pelo vento? Um homem vestido de roupas finas?
Então que foste ver? Um Profeta? João foi mais que um profeta. Era dele que falava a Escritura sobre o
mensageiro. |
Mt 11,7-10; Lc 7,24-27; |
Entre os nascidos de mulher, não surgiu nenhum maior do que João e, no
entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Todo o povo que o
ouviu, e os próprios publicanos, proclamam a justiça de Deus, recebendo o
batismo de João; os fariseus e os legistas, porém, não querendo ser batizados
por ele, aniquilaram para si esmo o desígnio de Deus. Desde os dias dele até agora, o Reino dos Céus sofre com violência, e
violentos se apoderam dele. Porque todos os profetas e a Lei profetizaram,
até João o tempo das Profecias. A partir de então o Reino anunciado. E se
quiserdes dar crédito, ele é o Elias que deve vir. “Quem tem ouvidos que
ouça”. |
Mt 11,11-15; Lc 7,24-30; 16,16-17 |
João não
come e não bebe, e dizem: Um demônio está nele. |
Mt 11,18; Lc 7,33 |
Jesus disse que Elias já veio, mas não o reconheceram. Veio para
restaurar tudo, mas fizeram com ele tudo quanto quiseram, conforme dele
estava escrito. Os discípulos entenderam que Jesus falava de João Batista. |
Mt 17,9-13 Mc 9,12-13; |
Jesus perguntou aos chefes dos sacerdotes e anciões de onde era o
Batismo de João: Do céu ou dos homens? E os pôs à prova. |
Mt 21,23-27; Mc 11,27-33; Lc 20,1-8; |
As obras de Jesus eram um testemunho maior do que os de João, embora
ele prestasse testemunhos verdadeiros sobre Jesus. Jesus disse: “Mas eu tenho um testemunho maior que o de João: as obras que o
Pai me concedeu realizar”. |
Jo 5,33 e 36; Jo 10,40-41 |
TESTEMUNHO DO
POVO A RESPEITO DE JOÃO |
|
O povo disse a Jesus: João não fez sinal algum, mas tudo o que disse
sobre ele (Jesus) era verdade. |
Jo 10,40-41; |
OS
DISCÍPULOS DE JOÃO |
|
André e outro discípulo de João o deixaram para seguir Jesus, quando
João disse: “Eis o cordeiro de Deus”. |
Jo 1,35-42; |
Houve uma discussão entre os discípulos de João e um judeu,
provavelmente acerca do Batismo. Em consequência disso, eles vieram encontrar
João e lhe disseram: Rabi aquele que estava contigo do outro lado do Jordão,
de quem deste testemunho, batiza e todos vão a ele. (Jesus voltou à Galileia quando soube que
os fariseus diziam que ele e seus discípulos batizavam mais que João). |
Jo 3,22-27 Jo 4,1 |
João, ouvindo falar na prisão a respeito das obras de Cristo, pediu a
dois dos seus discípulos que perguntassem a Jesus: “És tu o que há de vir, ou
devemos esperar outro?” – Jesus fala nos milagres e manda informar a João. |
Mt 11,2-6; Lc 7,18-23 |
Os discípulos de João questionaram a Jesus: “Por que razão nós e os
fariseus jejuamos enquanto teus discípulos não jejuam?” Jesus falou sobre:
noivo, roupa velha, remendo, vinho velho e odre. Eles recitavam orações antes
da refeição ao passo que os de Jesus comiam e bebiam.
|
Mt 9,14-17; Mc
2,18-22; Lc 5,33-39 |
HERODES E JOÃO BATISTA |
|
Era tetrarca da Galileia nos tempos de João e seu irmão Filipe era
tetrarca da Itureia e da Traconítide. |
Lc 3,1; |
Herodes /Herodíades / enteada de Herodes/
João Herodes
acreditava que Jesus era João ressuscitado dos mortos operando com os poderes
do próprio João. Mesmo ouvindo falar que era Elias ou um profeta qualquer,
dizia: “É João, que eu mandei decapitar, que ressuscitou”. E como mandara
decapitar João, queria conhecer Jesus. Herodes prendera, acorrentara e encarcerara João por causa de Herodíades, a mulher do irmão, pois João lhe dizia: Não é
permitido tê-la por mulher. Queria
matá-lo, mas tinha medo da multidão, porque essa o considerava um profeta. Era justo, santo e protegido de Herodes porque as falas dele lhe
causavam prazer e quando Herodes as ouvia sentia-se confuso. A mulher de Herodes, Herodíades, voltara-se
contra João, queria matá-lo e não podia. Seu marido além de ter medo de João,
gostava de ouvi-lo com prazer, o protegia e se sentia confuso, pois sabia de
suas qualidades. Herodes acrescentou às suas más ações a prisão de João. No aniversário de Herodes, a sua enteada agradou a Herodes e a seus
convivas quando fez par dançando com ele. Herodes jurou-lhe dar o que ela lhe
pedisse, até mesmo metade do reino. Instruída pela mãe, ela disse: “Dá-me num
prato, a cabeça de João Batista.” Mesmo entristecido ordenou que assim fosse
por causa do juramento feito diante dos presentes. |
Mt 14,1-12; Mc
6,14-29; Lc 3,19-20; Lc 9,7-9 |
ANTES DA
PRISÃO |
|
João ainda não fora encarcerado
|
Jo 3,24 |
PRISÃO DE
JOÃO E MORTE |
|
João foi informado: por Jesus, cegos recuperam a visão, coxos andam,
surdos ouvem... Foi decapitado no cárcere, a mando de Herodes, e sua cabeça foi levada
num prato, entregue a enteada de Herodes, que levou à sua mãe Herodíades. |
Mt 11,2-15; Mt 14,10-11; Mc
6,17-28; |
SEPULTAMENTO |
|
Os discípulos de João pegaram seu corpo e o sepultaram. |
Mt 14,12; Mc 6,29; |
O Precursor cumpriu o chamado de Deus, embora tenha
sido desacreditado por muitos. Foi humilde e nunca quis ser confundido com
Jesus; sabia que o seu papel era apontar Jesus.
O trabalho praticamente narra as passagens
resumidas ou na íntegra e as impressões estão vinculadas aos subtítulos.
Diferente dos outros trabalhos, apresentou uma nova
estrutura.
Meditando
sobre Maria
Irmãos
RMR
2017
Sumário
“Como é que vai
ser isso, se eu não conheço homem algum?”
“Eu sou a
serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra”.
3ª Fala de Maria – Lc 1,41 Maria “não fala” - Ela saúda. 17
4ª Fala de Maria – Lc 1,46-55 18
Maria recita o
Cântico do Magnificat.
5ª Fala de Maria – Lc 2,48 “Meu filho, por
que agiste assim conosco? 26
Olha que teu
pai e eu, aflitos, te procurávamos”.
6ª Fala de Maria – Jo 2,3 “...Eles não têm
mais vinho”. 27
7ª Fala de Maria – Jo 2,5
“...Fazei tudo o que ele Vos disser”. 29
Outras Passagens na Bíblia Relacionadas à Maria 31
Apresentação
A
ideia do livro “Meditando sobre Maria” surgiu em 2003, na vontade de um dos
irmãos RMR, com algumas tentativas infrutíferas até 2017, simplesmente porque
agora é a hora de Deus. E o tempo de Deus não é o nosso.
Em
primeira instância, estaria restrito às Palavras de Maria e com uma comparação
entre os Cânticos de Maria e o de Ana. Enquanto a pesquisa e a escrita foram
tomando forma, concluiu-se que esta limitação não existia, pois as “Palavras de
Maria”, pronunciadas ou não, vinham de sua alegria e de suas dores, mas sempre
com Fé em Deus. São sentimentos e características que não estão descritos na
Bíblia, entretanto estudos realizados, livros e textos escritos levam a traçar
o perfil de Maria. No demais, tem como base a Bíblia.
Só
o fato de Maria ser a mãe de Jesus, o Deus Encarnado, mostra poder e força ante
a humanidade, e com toda simplicidade ocupou seu espaço no meio dos fiéis.
Para os antecedentes da família RMR não foi
diferente. Com a oração do “Ofício da Imaculada Conceição”, por meio de seu
Filho Jesus, a família foi agraciada várias vezes, de forma que Maria era e é
louvada com devoção. As ocorrências foram contadas de geração em geração.
É objetivo
deste trabalho: louvar Maria dando conhecimento, oportunizando a reflexão,
fortalecendo e aproximando todos da presença de Deus por intermédio das
“Palavras de Maria”.
Pai, Filho e
Espírito Santo constituíram a Santíssima Trindade desde a Eternidade. São
respectivamente a 1ª, 2ª e 3ª pessoa.
Maria é a
escolhida de Deus (Pai) e por obra do Espírito Santo, concebeu, no seu seio
virginal, e deu ao mundo Jesus Cristo, o Filho de Deus, consubstancial ao Pai.
O Filho de Maria é a 2ª Pessoa da Santíssima Trindade.
No primeiro
conceito “Aureliano” meditar significa estudar. Isto foi feito e descrito para
que o leitor possa se beneficiar com prendas que estão reveladas na Bíblia.
Noutro momento, meditar é refletir. E toda reflexão traz uma nova visão e até
mesmo uma mudança de ação.
Portanto,
quem se “apropriar” da leitura “Meditando
sobre Maria”, muito mais do que meditar, participará de um encontro pessoal
de amor com o Deus misericordioso, além de viver um ato de louvor.
“As Palavras de Maria” são usadas diversas
vezes no livro, mas é apenas a terminologia adotada, porque na realidade tanto
as Palavras como o Silêncio expressam os sentimentos de Maria pelo Deus Pai e
Deus Filho.
As alusões da
presença física e espiritual de Maria diante da Anunciação, junto ao Filho,
mostra os ensinamentos de Deus. Esses ensinamentos começam com o Filho no
ventre e junto a Ele, que perduram até os dias de hoje. Quem sabe até antes!
Pois pela sua conduta foi a eleita de Deus.
As Sete Palavras de Maria são citadas
na Bíblia, no NT, em perícopes escritas por dois
Evangelistas:
1a)
“A Anunciação” de Jesus Cristo (Lc 1,26-38) escrita
por Lucas.
2a) Lucas “A Visitação” de Maria à sua prima Isabel (Lc 139-45) e “o Cântico de Maria” (Lc 1,46-55).
3a)
“Jesus entre os doutores” (Lc 2,41-51) também
do Evangelista Lucas.
4a) “As núpcias de Caná” (Jo 2,1-12) descrita
por João.
O AT é uma
prefiguração do NT, portanto, muitas passagens ocorridas numa era, aconteceram
também na outra. Há uma correlação entre eles, no que diz respeito à Maria,
conforme serão identificados nos textos posteriormente. A magnitude de Maria e
Jesus são exceções nestas similaridades de ocorrência de fatos.
Parece
paradoxal a afirmativa de que há pelo menos, 4.246 Marias no mundo, para uma
única Maria. Semelhante paradoxo é o fato de que Maria, a mãe de Deus (um
dogma, que será visto posteriormente) e de todos os viventes, esteja presente
na Bíblia pronunciando apenas Sete Palavras.
A presença
leal e relevante de Maria na História Universal foi fundamental no Plano de
Salvação da Humanidade. A sua influência, a sua função, a sua importância e o
seu poder são incontestáveis. São ícones na História do mundo.
O foco deste
trabalho: “Meditando sobre Maria” vai além das Sete Palavras de Maria porque os
fatos são separados apenas didaticamente. Ele foi feito para reverenciar Maria,
a escolhida por Deus. Uma louvação que não vem com todo esplendor que ela
merece, devido a nossa incapacidade de saber com profundidade os Mistérios de Deus
e a grandiosidade de Maria, mas com certeza com todo amor, respeito e fé que
lhe dedicamos.
A
oração é um dos meios de chegarmos à mente Divina. É a arte de entrar em
comunhão com o Pai, elevando assim a alma do orante. É um dom que exige que se
creia e celebre esta ligação com Deus vivo e verdadeiro. É uma entrega que
responde ao amor de Deus.
A
oração deve ser rezada ao Pai por meio de Seu Filho no Espírito Santo.
A Ave Maria
também chamada de Saudação Angélica é uma oração, que saúda a Virgem Maria baseada nos
episódios da Anunciação e da Visitação, (Lc 1:28-45) como se pode
perceber na explicação depois da recitação.
Ave Maria
Ave Maria, cheia de graça.
O Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as
mulheres,
Bendito é o fruto do vosso ventre
Jesus.
Santa Maria,
Mãe de Deus,
rogai por nós, pecadores agora e
na hora da nossa morte.
Amém.
A primeira parte desta oração vem da visita do
Anjo à Virgem: “Ave Maria cheia de graça o Senhor é convosco”. (Lc 1,28) O Ave
Maria pode ser visto como Salve Maria ou Alegra-te. O Cheia de graça significa que ela é cheia do Divino, cheia de Deus,
confirmado no o Senhor é convosco. Maria visita Isabel, e essa, cheia do
Espírito Santo, saudou Maria dizendo: Bendita
sois vós entre as mulheres. Ela quis dizer: está abençoada entre todas. E
completa: Bendito é o fruto de vosso
ventre Jesus. (Lc 1,42) O Bendito era
e é o próprio Deus.
A segunda
parte o Santa Maria Mãe de Deus é
porque ela carregou no ventre um homem que é a 2ª pessoa da Santíssima
Trindade. Ela é a Mãe de Deus.
De acordo com
o Padre Paulo Ricardo: “Ela está na ordem da união hipostática, quer dizer a
união de uma só pessoa, uma única pessoa, a pessoa do Filho do Deus eterno que
uniu a natureza humana e a uniu a natureza Divina. Maria foi a única pessoa que
teve o privilégio de ser chamada de mãe pelo Filho de Deus”.
O Rogai por nós pecadores caracteriza
confiança e esperança à ação de interceder.
As orações de um modo geral têm um caráter de
petição e na maioria das vezes um pedido de socorro para ser intercedido.
No cotidiano
pedimos para as pessoas orarem por nós, aos nossos familiares, inclusive aos
que faleceram. As mães são as mais solicitadas. Maria então, muito mais.
É nossa mãe.
Nos pés da Santa Cruz quando Jesus pronunciou as últimas palavras que foram
dirigidas a ela. Ele fez uma relação maternal e filial entre ela e o discípulo João
com um sentido amplo e Universal. Neste momento ele fez de sua mãe a nossa mãe.
Foram estas as palavras: “Mulher, eis teu Filho!” (Jo
19,25-27) A expressão “mulher”, para a época era um tratamento solene com
carinho e respeito.
É mãe da Igreja
e de todos os cristãos porque era a mãe de Jesus e acompanhou o seu Filho desde
o nascer. Participou também da criação da Igreja Primitiva.
Tendo Maria
um amor incondicional por nós, zelando pelos filhos para que tenham a unidade
da fé, é natural, justo e confiável que as nossas rogações sejam dirigidas à ela. Ela com sua plenitude nos enche de graça e de
bênçãos, por meio de seu Filho Jesus.
Agora e na hora de nossa morte
é a hora que ela está disponível para a gente: na vida e na morte.
O Amém em hebraico quer dizer: Assim Seja.
Maria, pela Tradição (histórias contadas), era
filha de Ana e de Joaquim. Era prima de Isabel, que teve o filho João Batista.
Obviamente ele era primo de Jesus. Era judia, dotada de sabedoria e
reconhecia o poder de Deus.
Maria estava
“comprometida em casamento com José”. (Mt 1,18) Ele
era um homem justo, cumpridor da Lei de Deus, gostava da verdade e era
obediente a vontade do Senhor. O noivado era um compromisso sério e ele já se
considerava casado.
Maria
era uma jovem reservada, discreta e silenciosa que morava em um lugar simples.
Era humilde e delicada; e foi a escolhida pelo Eterno para participar do
Projeto da Salvação. Preferiu manter-se no anonimato para que o seu Filho
brilhasse.
Pelas Escrituras do AT, ela tinha ciência que o Messias vinha de
uma virgem (Cf. Is 7,14) para salvar o
mundo. O anjo informou que ela tinha sido a escolhida. O SIM da virgem tinha que acontecer... Ela foi a única mulher que
Deus achou graça para ser concebida sem o pecado original.
A
genealogia descrita em Mateus (Mt 1,1-17)
destaca alguns nomes bem conhecidos do AT, tais como: Abraão, Isaac, Jacó,
Judá, Davi, (Mt 1,27) Salomão e “José,
esposo de Maria, da qual nasceu Jesus”. Ele usa a palavra “gerou” nas gerações,
mas não, para se referir a Jesus.
Lucas mostra
uma genealogia (Lc 3,23-37) desde o Filho
de Deus, Adão... Abrão... e quando chega em Davi ele segue a linhagem de Natan.
Segundo os estudiosos, essa antecedência é de onde vem Maria, mas não citam o
nome dos pais dela segundo a Tradição. Lucas escreve ainda: “O Senhor Deus lhe
dará o trono de Davi” (Lc 1,32) e “Ele
reinará na casa de Jacó para sempre e seu reinado não terá fim”. (Lc 1,33)
Ambas as descrições
pelos Evangelistas comprovam a mensagem profética: o Salvador é da linhagem de
Davi. (Cf. Is 9,5-6) Essas tantas gerações
descritas caracterizam que Jesus vinha de todo jeito independente da
origem.
Maria é
chamada filha de Sião ou filha de Sion. A palavra Sião deixa de se referir à
cidade física e começa a ser usada figurativamente para designar o povo de
Israel (Cf. 2Rs 19,21; e Is 60,14) e posteriormente passa a assumir um contexto
espiritual, conforme relato: a) fortaleza conquistada por Davi; b) Monte onde
foi construído por Salomão o Templo de Jerusalém; C) Povo de Israel ou Cidade
de Jerusalém ou terra de Israel; e finalmente d) A Jerusalém celeste, (Cf. Hb 12,22; Ap 14,1; e 1Pd 2) citada no NT. Portanto, Maria simboliza a
cidade de Jerusalém e personifica o povo de Israel inclusive o da Antigo
Aliança. É prenúncio do novo Israel, que é a Igreja. Está no céu (é um dogma e
será visto no decorrer do trabalho). É a mulher vitoriosa do Apocalipse. (Cf.
Ap 12 e Gn 3,15)
A sua
presença leal à Igreja, no chamado “Pentecostes” e na formação da Família
comprova sua Aliança com as duas Instituições de Deus: Igreja e Família. Com
José constituiu a Sagrada Família. Termo usado para designar a Família de Jesus
de Nazaré, composta segundo a Bíblia por José, Maria e Jesus. Sagrada pela sua
formação: misteriosa e Divina. Essa família fez a vontade do Pai, por isso para
Jesus eram os Seus verdadeiros parentes. (Cf. Mt
12,46-50) É o modelo de família cristã.
Na criação do
mundo, Deus abençoou o primeiro casal: Adão e Eva. (Cf. Gn
1,28)
Mas Eva, a mãe dos viventes, se opõe à vontade de Deus e traz o pecado
e a morte para a humanidade. (Cf. Gn 3, 15-20) Maria,
a nova Eva, acreditou pela fé, amor, verdade e esperança em Deus. Ela traz por
intermédio de seu Filho a redenção dos pecados. (Cf. Jo
1,29) Ela nos leva a aprender o segredo de uma vida cristã, lembrando-nos
que o Cristianismo, nada mais é do que se viver como a pessoa de Cristo, o
Verbo feito carne, que é o único Salvador do mundo.
Maria
entendia o Shemá Israel conhecido como “Ouve Israel.” (Cf. Dt
6-4-9)
Ela
amava a Deus, servia-O e seguia os Seus preceitos.
Ela é a bem-aventurada porque: “Feliz aquela que creu, pois o que
lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido”. (Cf .Lc
1,45) Maria seguiu também esses ensinamentos sobre a suprema felicidade
que só é alcançável pelos santos e justos no céu, junto a Deus; abordadas no
discurso da Bem-aventuranças. (Cf. Mt 5,1-12 e Lc 6,20-23)
Os fatos
bíblicos mostram Maria com uma conduta intercessora natural e providencial, mas
a Bíblia é clara: “Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens,
um homem, Cristo Jesus, que se deu em resgate de todos”. (1Tm 2,5-6)
“Ele vive para sempre para interceder por eles”. (Hb 7,25) O próprio Jesus deixa isso muito evidente
quando afirma: “Eu sou o caminho, a verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não
ser por mim.” (Jo 14,6)
Portanto,
parece questionável Maria interceder no Projeto de Deus quando foi escolhida
por Ele. A Divindade de Jesus não provém dela. Tudo vem da vontade do Pai.
Humildade,
servidão, equilíbrio, solicitude, responsabilidade, serenidade, comprometimento
com Deus, silêncio, oração são características de uma intercessora,
identificadas e elucidadas nas passagens abaixo:
a) “A anunciação” (Lc 1,26-38) -
O anjo falou exaltando Maria, dando destaque a sua plenitude; e ela ao dizer o
SIM, conforme desígnio de Deus, cooperou livremente e fielmente pela fé e
obediência na
Salvação dos
Homens. Por esse SIM Jesus nasceu de
uma mulher, (Gl 4,4-5)
por obra e graça do Espírito Santo;
b) “A visitação” (Lc 1,39-45) -
Ela teve solicitude com Isabel que engravidou em idade avançada;
c) Maria na Infância de Jesus. - Permitiu o nascimento do menino,
cumpriu os fundamentos da Fé na Lei Judaica circuncidando e levando o menino ao
Templo. Protegeu-O da Matança dos Inocentes e foi morar em Nazaré. Levava-O ao
Templo anualmente pela Páscoa. Tudo ocorreu conforme os intuitos de Deus;
d) “As núpcias de Caná” (Jo 2,1-12) - Além de movida de compaixão ‘levou’ o
Messias a dar ‘início’ aos Seus milagres mostrando-se como Filho de Deus Pai. A
intervenção não foi inoportuna;
e) “Jesus e sua mãe” (Jo 19,25-27) -
Maria, a mãe de Deus, Mãe de Cristo, passa a ser Mãe dos homens e
principalmente dos fiéis, portanto, a mãe da Igreja. Ao cuidar dos filhos, ela
cooperou na obra do Salvador para Restauração da Humanidade;
f) “A morte de Jesus” (Jo 19,28-30) -
Ficou ao lado do Filho até o fim. Consentiu com amor, Sua
imolação pelos nossos pecados, por isso, a sua exclusividade na História da
Salvação; e
g) “O grupo do Apóstolos” (At 1,12) - O grupo estava em
oração e Maria no meio deles. Permanecia com eles quando o primeiro Pentecostes
aconteceu na Igreja Primitiva.
Maria foi
profetizada. (cf. Is. 7,14; Miq.
5, 2-3; Mt. 1, 22-23) e por isso é sinal de Esperança
e Consolação para o povo de Deus. Expressa simbolicamente os sonhos não apenas
de Israel, mas de toda a Humanidade que acredita e acreditou na Nova e Eterna
Aliança: Jesus Cristo Ressuscitado e Glorificado.
A Igreja,
ciente que Maria não é deusa e não opera milagres, não se contrapõe a Jesus
mediador e plenitude de toda a Revelação. Mas, com base no aspecto maternal, no
perfil de um intercessor e nas passagens constatadas, além das graças e bênçãos
recebidas (convém ressaltar que são realizadas por seu Filho), lhe atribui o
Título de Medianeira, conforme texto do Concílio Vaticano II sobre a
Constituição Dogmática da Igreja Lumem Gentium (LG)
no Capítulo VIII - A Bem-Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus no Mistério de
Cristo e da Igreja.
Portanto,
pela Fé acredita-se, de fato, que ela é “intercessora” e leva as necessidades
ao Filho para chegar ao Pai, pois tudo que for pedido em Seu nome Ele rogará ao
Pai. (Cf. Jo 14,14-16)
As Sete
Palavras de Maria foram tiradas da Bíblia, por isso são conhecidas também por:
As Sete Palavras Bíblicas de Maria.
Dos quatro
Evangelistas: Lucas, João, Mateus e Marcos, apenas os dois primeiros revelam as
“Palavras de Maria”; mas em fatos distintos.
Lucas relata “A Anunciação” de Jesus Cristo à Maria (Lc 1,26-38), “A visitação” à Isabel (Lc 1,39-45) e “Jesus entre os doutores” (Lc 2,41-50)
João
descreve “As Núpcias de Caná” (Jo 2,1-9) onde ocorre o primeiro milagre de Jesus com
a transformação de água em Vinho.
Mateus narra
a Anunciação, mas não tem relação com as Palavras de Maria, porque o Anjo
revela-se em sonho a José para que ele assumisse a paternidade legal de Jesus. (Mt 1,18-25)
Marcos não fez nenhuma referência
às falas de Maria.
Enfim, são ‘sete palavras’ pronunciadas
em quatro
acontecimentos descritos por dois Evangelistas, caracterizando mais um momento
da presença de Maria do que as palavras em si.
As primeiras
Palavras de Maria se fizeram presentes ante o Anjo Gabriel que foi enviado por
Deus. Elas foram vivenciadas diante da sua posição de serva e de grandes
revelações. A saudação “Alegra-te” (Lc 1,28) foi
inspirada nos oráculos messiânicos – do Messias. (Sof
3,14-17)
Esta passagem
é conhecida como “A Anunciação”. (Lc 1,26-38)
Com essa pergunta Maria mostra um coração cheio de pureza virginal. Ela pede
uma explicação, não para compreender ou questionar o Plano de Deus, mas para
cumpri-lo. E embora esteja surpresa, ela acredita e demonstra confiança. Só não
sabe como conciliar as duas realidades incompatíveis com seu estado: a de não
"conhecer um homem" e “o chamado para ser mãe”.
Neste mesmo acontecimento o Anjo relata também a vinda do
precursor João Batista. (Cf.
Lc 1,5-25) Aquele que vem
informar o testemunho da luz: Jesus Cristo. (Jo
1,6-7)
Isabel era estéril e por isso, era discriminada e humilhada. A
esterilidade
era considerada desonra (Gn 30,23 e 1Sm 1,5-8) e até
castigo, (2Sm 6,23; e Os 9,11), mas Deus ‘ouviu’ a súplica de Zacarias
(esposo de Isabel) gerando João Batista. É o sinal que “Para Deus, com efeito,
nada é impossível”, (Lc 1,37) confirmado
também na gravidez pelo Espírito Santo em uma virgem sem que houvesse a
coabitação. “... A Deus tudo é possível. (Mt 19,25)
Ele é o Todo Poderoso.
Sara (Gn 18,1-16.21,1-7), Rebeca (Gn
25,21), Raquel (Gn 30,1.22) e Ana (1Sm 1) são
personagens importantes do AT e também eram estéreis. Foram agraciadas por
Deus, aquele que sempre realiza maravilhas.
Maria nem
chegou a contar para José nem para Isabel da sua gravidez. Certamente ela orou
muito e se entregou nos braços do Pai porque como era conhecedora do AT, sabia
que poderia ser culpada por ‘adultério’. (Dt
13-21) Mesmo surpreendida com a situação, optou por sua submissão
incondicional com o consentimento pleno para colaborar com o Mistério da
Redenção, mediante a fé e a esperança em Deus. Ela era determinada, autônoma e
livre para tomar decisões. Muito conscienciosa não teve medo das trevas.
Assumiu sozinha sua gravidez enigmática.
José era
comprometido com Maria. Percebeu que ela estava grávida, mas ficou sem entender
porque era consciente da forma que à tratava. Não tinham coabitado. Mesmo assim
queria dar a ela uma proteção social resguardando-a do “suposto adultério”
cometido. Decidiu que não devia denunciá-la publicamente (Mt 1,19) por isso, ia repudiá-la em segredo assumindo
a culpa do que não tinha feito. Foi quando o Anjo apareceu em sonho e lhe disse
que Maria estava carregando o Filho do Deus Pai. Ele acreditou em Deus e assumiu
a paternidade legal de Jesus (Mt 1,18-25) tornando-se
o pai adotivo do Salvador. Assim, colocou-se também à disposição do Plano
Salvífico.
Nessa
pergunta contida na 1ª Fala, a aceitação confirma revelações descritas no AT e
torna-se realidade no NT.
a) Maria, com a plenitude da graça, recebe a concepção Divina com o
parto virginal Esses fatos ocorreram conforme foi profetizado por Isaías. (cf Is 7,14) A maternidade é Divina porque o Filho dela é Filho do Altíssimo. Ela
ratifica o que existia no AT: os anjos eram referenciados como o próprio Deus. (Cf.
Gn 16,7; 22,11-18; 31,11-13; Ex
3,2-5; e Jz 2,1-4) Uma teofania (revelação,
manifestação de Deus) pelos Anjos mensageiros de Deus. Certamente, ela conhecia
as citações Bíblicas.
b)
A encarnação do Filho do Criador,
2a Pessoa da Santíssima Trindade, e a concepção no seio de Maria por
virtude do Espírito Santo demonstram o Mistério de Deus na Santíssima
Trindade.
c)
Jesus é inerente a Deus porque a
sua concepção não foi por meio da coabitação entre um homem e uma mulher. A
concretização foi da promessa Divina, a mais sublime ação de Deus na História.
Será chamado o Filho de Deus. (Lc 1,35) Seu
nome Jesus significa “Deus salva”. O
nome Emanuel denota “Deus conosco”, (Is
7,14.8,8; Mt 1,23) portanto, personifica Ele no
meio de nós.
d)
Maria vive o Pentecoste antecipado
porque obtém vínculos especiais para conceber Jesus. (Lc
1,37)
A
Virgem estava repleta de benevolência Divina. O SIM é o Faça-se, é o FIAT que dá início à plenitude do Mistério da
Encarnação do Verbo. Em Jesus Cristo se encontra os ensinamentos para o caminho
da Vida Eterna.
Nesta
ocasião, ela mostrou toda sua confiança no Senhor ao chamar-se escrava. Declara
que ela era propriedade de Deus e estava aberta por completo ao Mistério
Divino. Trata de uma completa disponibilidade e solicitude para tudo que agrada
a Deus.
Colocando-se
como Serva do Senhor, se descobre a profundeza de sua alma, em sua
humildade.
A submissão a
Deus conduz a Plenitude dos Tempos. A Fé e Obediência ficam ressaltadas pelo
seu grande SIM para seguirmos o seu
exemplo no cotidiano. A sua liberdade é viver na dependência de Deus. Esta afirmação “Eu sou a serva do Senhor;
faça-se em mim segundo tua vontade”, está relacionada com a 1a Fala.
As Palavras se completam: a pergunta que fez e a resposta na decisão do SIM. Ela foi responsável pela
cooperação com a concepção virginal pelo Espírito Santo, para o Projeto de
Salvação.
“Ora, quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel
ficou repleta do Espírito Santo.”
Maria, cheia
de Graça, nesta visita, começou e passou a fazer parte em todo lugar, dando
continuidade ao SIM, seguindo Jesus,
que já existia antes de sua maternidade. (Jo 1,1
e Gn 1) O SIM
é um convite para se chegar a Ele.
O relato “A
Visitação” (Lc 1,39-45) faz referência à
visita a Isabel, com uma saudação não relatada, mas mostra o Mistério de Deus
na grandeza de Maria. Pode ter sido qualquer palavra de saudação: oi, bom dia,
como vai... Mas, isto não tem a menor importância. O
fato é que, ungido pelo Espírito Santo, João Batista “ouviu” a saudação e
“respondeu”. (Lc
1,41)
Certamente, a
saudação era constituída por palavras de delicadeza, de cortesia e de bondade.
É um exemplo para chegar a prática da caridade. É a
virtude amável de fazer o cristianismo tão atrativo para que a nossa vida
produza uma chama como a das primeiras Comunidades Cristãs.
Isabel ao
ficar repleta do Espírito Santo, com um grande grito, exclama: “Bendita és tu
entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre!” (Lc
1,42) As palavras que sua prima usa é um reconhecimento à pessoa de Maria
e ao Filho que se encontra no seu ventre. Ao chamá-la de bendita reconhece que
ela foi abençoada. A bênção é uma ligação profunda com Deus. Nesta saudação ela
sabe que Maria é a preferida de Deus e o Filho é do Espírito Santo, ao
acrescentar no segundo momento: “Donde me vem que a Mãe do meu Senhor me
visite.” (Lc 1,43) Em outras palavras:
Quem sou? O que fiz eu para receber a honra da Mãe de Deus me visitar?
A presença do
Verbo Encarnado é a causa da alegria. Maria é a “medianeira” quem traz essa
graça à Isabel e ao precursor; por ter no ventre a Salvação Messiânica (o
Messias prometido).
Maria é
bendita porque creu nas promessas de Deus. Era uma mulher de fé e acreditou no
Anjo e por isso, imediatamente foi visitar Isabel. Mostra consideração, amor e
respeito na família quando se dispõe a ajudar. Foi uma jornada difícil para a
época. Além de ser muito longe ela já estava grávida. Isabel morava em Ain Karin, situada nos montes da Judeia que são aproximadamente
150 quilômetros de distância para Nazaré, na Galileia, do local que Maria
morava.
Ela se pôs a
caminho com presteza e nos ensinou duas atitudes que devem ter todos os
cristãos: servir ao próximo e levar Jesus Cristo dentro do coração para poder
comunicá-Lo. E assim, guiar o caminhar pelo mundo, em todos os momentos. Ainda
no ventre, Jesus foi levado a Isabel e trouxe tanta alegria! Maria foi a
primeira evangelizadora por levar a Boa Nova mesmo antes dEle
nascer. No AT Davi transportou a Arca da Aliança. (2Sm 6,1-19) Maria
leva Jesus. O cristão tem que seguir este exemplo e levá-Lo no
coração, vivendo como Maria e Jesus viveram. Os homens foram feitos a Imagem e
Semelhança de Deus. (Cf. Gn
1,26) Levar Jesus é muito mais do que falar nEle.
É ver no outro Jesus e atender as necessidades (roupa, comida, alimentação,
visita e cuidado) que ele precisa sem descriminação. (Cf. Mt 25,31-26) Levar
Jesus é ser Jesus para o outro.
Maria
permaneceu com Isabel mais ou menos uns três meses e depois voltou para casa.
Ou seja, ficou até o nascimento e a circuncisão de João Batista. Isabel estava
com 6 meses de gravidez (João Batista), quando recebeu Maria.
"46Maria então disse: Minha alma engrandece o
Senhor, 47e meu espírito exulta em Deus em meu Salvador, 48porque
olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me
chamarão de bem-aventurada, 49pois o Todo-poderoso fez grandes
coisas em meu favor. Seu nome é Santo 50e Sua misericórdia perdura
de geração em geração, para aquele que os temem. 51Agiu com a força
de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso. 52Depôs
poderosos de seus tronos e a humildes exaltou. 53Cumulou de bens a
famintos e despediu ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu
servo, lembrando-se da sua misericórdia, - 55conforme prometera a
nossos pais - em
favor de Abraão e de sua descendência, para sempre!"
Esta quarta
“Palavra” é o Cântico de Maria ou Magnificat e é um hino inspirado no Cântico
de Ana - mãe de Samuel (1Sm 2,1-10) por isso, há uma ligação muito
profunda entre eles. Outras passagens do AT ratificam o conteúdo do Cântico de
Maria.
Maria tem a
honra de participar do ato mais sublime de Deus em favor de Sua criação.
Surpresa pela
escolha e com temor a Deus, a Virgem sente uma gratidão absoluta. Ela não tinha
somente uma vocação maternal e de “intercessão” para o socorro, mas também
aptidão de louvor e adoração.
Maria (NT) e
Ana (AT), nas duras condições de suas vidas, se expressam da mesma maneira, em
tempos distintos. Exultam de alegria infinita por saberem que são amadas por
Deus e por poderem amá-Lo. Os Cânticos exprimem a gratidão e amor do povo de
Deus pelo cumprimento das promessas da antiga Aliança. Os humildes serão
exaltados; os famintos, saciados; e os desamparados, socorridos.
a) Iniciam com
louvação ao Senhor e alegria no Salvador.
Maria |
(Lc 1,46-47) “E Maria disse: Minha alma
engrandece o Senhor, e meu espírito exulta (de alegria) em Deus em meu
Salvador”. |
Ana |
(1Sm 2,1) “Então, Ana
tinha proferido esta oração; “O meu coração exulta em Iahweh,
meu chifre se eleva a Iahweh, a minha boca se
escancara contra os meus inimigos, porque me alegro em tua salvação”. ‘Meu chifre’ caracteriza força. |
AT: |
Sl 34,4 ou 33,4) “Engrandecei
a Iahweh comigo, juntos exaltemos o seu nome”.
(Hab 3,18) “Eu, porém, me alegrarei em Iahweh, exaltarei no Deus de minha salvação”. |
A
família de Ana (Cf 1Sm 1) lembra a família
de Nazaré por ser Israelita, piedosa e temente ao Senhor.
Maria
engrandece o Senhor, o Único e Bendito Deus, cumprindo o que é dito no Salmo e
em Habacuc. Diante da Sua revelação, Maria sente
forças para glorificá-Lo. Alegrou-se com “a salvação” mesmo com a possível
dificuldade em ser mãe solteira. Naquela hora, ela sabia que era o momento
ilustre da História Universal. A alegria vinha do Espírito Santo, do íntimo do
seu coração. A sua força vinha de Deus. O menino Jesus é o Salvador do mundo
que nunca nos abandona, haja o que houver. Ela deixou o exemplo que mesmo nas
dificuldades se deve bendizer e louvar ao Senhor.
b) A humilhação da serva é ressaltada com inteira disposição no
servir.
Maria: (Lc 1,48) “porque olhou para
a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem
aventurada”.
Ana: |
(1Sm 2,7) “É Iahweh quem empobrece e enriquece,
quem humilha e quem exalta”. |
|
(1Sm 1,11) “Iahweh dos exércitos, se quiseres dá atenção a humilhação
da tua serva e te lembrares de mim, e não te esqueceres da tua serva e lhe
deres um filho homem, então eu o darei ao Senhor durante todos os dias da sua
vida e a navalha não passará pela sua cabeça”. |
AT: |
(Gn
30,13) “E Lia disse: Que felicidade! Pois as mulheres me felicitarão, e
o chamou Aser”. |
Era despercebida
pelas pessoas, mas Deus atentou para a humildade de Maria. O Salvador nasce em
lugar de condições precárias, de uma mãe escolhida pela simplicidade e
humildade. Ela se coloca na posição de subserviência, mediante a graça recebida
em participar do Caminho da Salvação, que se adentra na História da Humanidade
por ato de suprema misericórdia de Deus.
Foi a mulher
escolhida por Deus como símbolo de servidão e de exemplo de amor pelo seu
Criador.
c) Deus é Santo, Grandioso e Poderoso.
Maria: (Lc 1,49) “pois o Todo
poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo”.
Ana: (1Sm 2,2) “Não há
Santo como Iahweh (porque outro não há além de Ti)”.
AT: (Sl
111,9 ou 110,9) “Ele envia libertação para o seu povo. Declarando sua
aliança para sempre; seu nome é santo e terrível”.
Pontua a
Santidade de Deus. Ele é Venerável. Escolheu os
humildes. O Poderoso fez e faz grandes coisas. É para colocarmos Ele, no nosso
presente e no nosso futuro. Maria mostra que é hora de olhar para o passado e
ver as maravilhas de Deus. Maria nos convida a refletir sobre essas
maravilhas.
Ela foi Santa
seguindo a recomendação Bíblica: “Sede santos, porque eu, Iahweh
vosso Deus, sou Santo”. (Lv 19,2)
d) Deus é justo
e misericordioso.
Maria: (Lc 1,50) “E sua
misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem”.
Ana: (1Sm 2,3) “Não multipliqueis palavras altivas, nem
brote dos vossos lábios a arrogância, pois Iahweh é
um Deus cheio de saber e por ele as ações são pesadas”.
(1Sm 2,9) “Ele guarda os passos dos
que lhe são fieis, mas os ímpios desaparecem nas trevas (porque não é pela sua
força que o homem triunfa)”.
(1Sm
2,10) “Iahweh, os seus inimigos são destruídos,
o Altíssimo troveja contra eles. Iahweh julga os
confins da terra, dá força ao seu Rei e eleva o chifre do seu Ungido”
AT: (Sl 103,17 ou 102,17) “Mas o amor de Iahweh!... existe desde sempre e para sempre existirá por
aqueles que o temem; sua justiça é para os filhos dos filhos”.
Maria reafirma o que a Bíblia
insiste: a misericórdia de Deus é eterna e vai de geração a geração. A sua
justiça exerce-se com os filhos dos filhos. Ele Se faz pequeno para todos que O
temem e O obedecem.
A reflexão
habitual leva a reconhecer-se pecador e ao arrependimento. Traz o perdão e a
reconciliação. Tudo pela graça e misericórdia de Deus, uma misericórdia que é
sempre renovada pela fé no nascimento do Redentor.
e) A força e o
poder de Deus para acabar com os orgulhosos
NT: (Lc 1,51) “Agiu com a força
de seu braço; dispersou os homens do coração orgulhosos”.
Ana: (1Sm 2,4) “O arco dos
poderosos é quebrado, os debilitados se cingem de força”.
AT: (Sl 71,19 ou Sl
70,19) e a Tua justiça, ó Deus, até as nuvens! Tu realizaste coisas grandiosas:
ó Deus, quem é como tu?” (Sl 118,16 ou Sl 117,16)
“A direita de Iahweh é excelsa! – A direita
de Iahweh
faz proezas!”
(Sl 89,11 ou Sl
89,11)
“esmagaste Raab como um
cadáver, dispersaste
teus inimigos com teu braço
poderoso”.
Agiu com a
Sua força, atuou com firmeza e dispersou os inimigos. Deus não é estático e ai
daquele que se opõe ao Querer Divino. Às vezes, o poder humano quer interpor à
soberania Divinal. Deus exalta o que erra e se humilha diante do Eterno Ser,
Ele.
Sem humildade
não existe fé, esperança e caridade. Não existe participação, colaboração e
respeito. Sem humildade, não há poder de Deus e não há: Igreja, Governo,
Liderança. Assim, a maior tarefa e/ou melhor benefício realizado que não tem a
aprovação de Deus, é obvio, que não tem a sua bênção.
Raab designa um monstro ou o
Egito.
Maria é o
modelo de credibilidade do poder, da força e da justiça de Deus. Tudo ela
espera no Senhor. Sua entrega é incondicional.
f) Justiça de
Deus
Maria: |
(Lc
1,52) “Depôs poderosos de seus
tronos, e a humildes exaltou”. |
Ana: |
(1Sm 2,8a) “Levanta do
pó o fraco e do monturo o indigente, para os fazer assentar-se com os nobres
e colocá-los num lugar de honra.” |
AT: |
(Sl
146,6 ou 145,6) “Foi ele quem fez o céu e a
terra, o mar e tudo o que neles existe. Ele mantem
para sempre a verdade”. (Eclo 10,17) “O Senhor derruba os
tronos dos poderosos e assenta os mansos em seus lugares”. |
Sim, Ele
depôs os poderosos de seus tronos, porque Ele abate os ímpios até à terra.
Destruiu os tronos dos príncipes soberbos, e em seu lugar colocou os humildes,
a quem Ele eleva. Ele não escolhe os arrogantes, ricos das coisas do mundo e
vazios das coisas do alto, como é visível em toda Sagrada Escritura. Ele mostra
a preferência para aqueles que se reconhecem pequenos, como fez Maria. Ela que
em vários momentos demonstrando a sua servidão como principal traço de sua
personalidade; foi sempre obediente diante dos Mistérios de Deus.
g) A preocupação
nas necessidades dos que precisam
Maria: (Lc 1,53) “Cumulou de bens a
famintos, e despediu ricos de mãos vazias”.
Ana: (1Sm 2,5) “Os
que viviam na fartura se empregam por comida, e os que tinham fome não precisam
trabalhar A mulher estéril dá a luz sete vezes, a mãe
de muitos filhos se exaure”.
(1Sm 2,6) “É Iahweh
que faz morrer e viver, faz descer ao Xeol e dele
subir.”
Só Jesus tem palavras de vida eterna para saciar as
necessidades
dos Seus, conforme a vontade daquele que O enviou. (Cf.
Jo 6,39)
Maria
aprendeu essa lição. Ela cuida de todos os seus filhos.
A vida em
abundância para Jesus é encher de bens os famintos com pão, paz, justiça e
alegria. Ele é o Bom Pastor. (Jo 10,1-21)
Os que desprezam a presença do Divino, permanecem no vazio.
h) Deus não se
esqueceu da sua promessa com a descendência de Abraão
Maria: (Lc 1,54-55) ”Socorreu Israel, seu
servo, lembrado da sua misericórdia; - conforme prometera a nossos pais – em
favor de Abraão e de sua descendência, para sempre!
Ana: (1Sm 2,8b) “porque
a Iahweh pertencem os
fundamentos da terra, e sobre eles colocou o mundo.”
AT: (Mq 7,20) “Concederás a Jacó tua fidelidade, a Abraão
tua graça que juraste a nossos pais desde os dias de outrora.”
Revela que
Deus ampara o Seu povo e socorreu Israel, conforme prometera a Abraão.
Lembra a
todos que Ele cumpre suas promessas e nunca deixa os seus filhos desamparados.
As lutas diárias trarão novas vitórias, com esperanças na vida em Deus. Ele
escolhe as pessoas para em parceria com Ele, ajudarem-nas a viverem Seu Plano
de Amor. Maria foi uma dessas parcerias que deu certo e por sinal, a mais
importante delas; por isso deve ser contemplada.
Ela resgata a
dignidade da mulher perdida como Eva e torna-se a primeira a ser redimida e
dentro da Arquitetura da Salvação, uma corredentora. O Eterno se fez terreno em
Maria; não se deve se esquecer disto!
Neste
comparativo acima há um destaque para cada ligação entre as Palavras de Maria,
Ana e AT. Maria é a realidade do NT; nos presenteia com esta realidade na
expressão de seu Cântico e do seu exemplo.
Jesus entre
os Doutores (Lc 2,41-50) é a passagem que retrata uma das visitas a Jerusalém para a
festa da Páscoa. Maria cumpridora dos deveres, todos os anos estava presente na
festa, juntamente com José. Mas tinham que viajar para Jerusalém. Na viagem de
volta, não notaram que Jesus ficara no Templo ouvindo e interrogando os
doutores, que O ouviam e ficavam extasiados. Ele estava com 12 anos.
Maria se sentiu
entristecida com a perda do Filho, mas ao encontrá-Lo faz a pergunta com
lástima, contudo com palavras equilibradas que expressavam ao mesmo tempo a dor
e a alegria. Palavras ditas em linguagem de amor e de docilidade plena;
demonstrando preocupação, porém ao mesmo tempo manifesta sua íntima humildade,
sua entrega fiel e ardente ao Plano Divino. Sua fecundidade foi abarcada no seu
silêncio ante a misteriosa resposta de seu Filho, que se justificava dizendo:
“não sabeis que devo estar na casa na casa do meu Pai?” - Deus. (Lc 2,49)
Esta justificativa ultrapassa a família humana. Maria está presente no
primeiro momento consciente de Jesus como Filho de Deus.
Maria
destacou também a preocupação de José. A “perda” não foi um descuido dos Pais.
Eles pensavam que o menino Jesus estava em outra caravana, já que o casal não
andava junto, na mesma caravana. Os homens viajavam separados das mulheres;
portanto o pai em uma e a mãe em outra. Não foi só ela quem ficou preocupada,
foi a família. Esta é a última
referência feita a José na Bíblia.
A
6ª Fala de Maria aconteceu numa celebração de casamento. O casamento era
previsto por Deus. Veja nas citações: “Portanto deixará o homem a seu pai e a
sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão uma só carne”. (Gn 2,24-25) O casamento representa o relacionamento
entre Deus e o povo. (Os 2,16-25; Is 1,21-23; e
49,14-26) Maria foi esposa e mãe.
A celebração
tinha um significado especial. As festas eram grandiosas. Ali, ocorreu a
celebração de um casamento de amigos de Maria. Hoje em cada Missa se celebra
com grande alegria a presença de seu Filho no altar, a grande Festa.
No Plano de
Deus, Maria foi convidada para esta celebração de casamento para que sucedesse
a sua primeira interferência pública. Deus parece haver escolhido esta atitude
da Virgem, que manifesta o papel que terá para sempre: expor a Jesus as nossas
carências, enquanto nos seguirá lembrando que devemos cumprir o que seu Filho
nos manda fazer.
Eram palavras
de súplica, de pedido. A Virgem ‘sugere’ a Jesus seu primeiro milagre e de
algum modo ‘antecipa’ a visão de Jesus para o começo da vida pública. Ao
dirigir-se ao Filho o seu anúncio é simbólico. Parece que Jesus a priori,
descarta seu pedido, mas na fala seguinte, Maria não é contestada, e assim
acontece a “intervenção”.
João
Evangelista não chama milagre, mas sinal os milagres realizados por Jesus.
Esta festa de
casamento se revela pela deliberação de Deus e pelas abstrações que abarcou. A
narrativa se percebe:
• Determinação e iniciativa – Diante da constatação de falta de
vinho Maria decidiu tomar providências.
• Consideração e intimidade – Maria, Jesus e os apóstolos foram
convidados para o casamento. Ela não chegou com eles. Estava lá, caracterizando
uma relação mais familiar com os nubentes.
• Amizade – Maria era íntima do casal, já que estava na festa,
provavelmente na cozinha, porque sabia da falta do vinho. Na amizade mostra a
solidariedade de Maria.
• Alegria – Maria trouxe uma dupla alegria: alegria em seguir Jesus
e a alegria para a festa em si, causada pelo efeito do vinho.
Posteriormente, não na festa, Jesus deixa seu Corpo e seu Sangue
com a Instituição da Eucaristia..
(Mt 26,26-29; Mc 14,22-25; Lc
22,19-20 Jo 6,5158)
Prefigurado
na ação de Melquisedec com Abraão. (Gn 14,17-20) A verdadeira Alegria!
• Preocupação e Solidariedade – Ela viu o problema dos contraentes e
se compadeceu. Não queria que a falta do vinho acabasse com a alegria dada ao
festejo; nem que eles passassem pelo constrangimento, por não poderem continuar
dando alegria. Maria é aquela que pensa no outro. Fica atenta as necessidades
humanas. O casal precisava de vinho. E você, qual o “vinho” que necessita na
sua vida para que Maria interceda junto ao Filho? Seria o vinho de um trabalho?
Cura de uma doença? Uma Reconciliação? Livramento de vícios? Da conversão?
Qual?
• Súplica – Maria fala com Jesus. Roga pelo novo casal.
• Fé – Maria sabia que o Projeto de Deus ia iniciar.
• Conhecimento – Ela conhecia as Escrituras.
• Coragem - Sabia o que ia acontecer ao seu Filho: a Paixão de
Cristo, porque o Profeta Isaías no capítulo 53 previu e relatou.
• Simplicidade - Os empregados viram o milagre da transformação de
água em vinho.
Com estas
Palavras Maria ‘assume’ a função de evangelizadora e missionária, portanto
promotora da fé. Ela tem acreditado em seu Filho, tem escutado a palavra e a
tem cumprido. Agora se dirige aos homens e mulheres para que façam o mesmo. Com
estas Palavras, nos dá o melhor conselho e nos mostra o melhor caminho para a
vida. O melhor vinho... A devoção
Mariana não apaga a importância de seu Filho Jesus e de Deus, pelo contrário,
ela cada vez mais nos leva ao Pai ao mostrar para fazer tudo que Jesus diz, vivendo
o Evangelho. Transmitindo-nos sua fé, repetindo o que um dia disse em Caná.
Ela, a
discípula mais fiel e perfeita, acompanhava Jesus na Sua infância e na Sua
trajetória. A expressão: “o menino e sua mãe” é uma característica do Evangelho
de Mateus. (Mt 2,13-14.20-21)
No texto
aparecem algumas observações complementando o item anterior:
• Confiança – Maria confiou que Jesus ia agir.
• Determinação – Maria não desistiu ante o que Jesus falou. Não fica
discutindo com Ele. Continua determinada.
• Obediência – Jesus fez o que Maria pediu; e os empregados, o que
Jesus falou. Começando assim, publicamente o Plano de Deus.
• Respeito – Jesus pergunta o que Maria queria na sua
intervenção.
• Fidelidade – Jesus foi fiel ao pedido de Maria. Ambos a Deus.
• Respeito à hierarquia – Levar o vinho para o mestre-sala. Maria
respeita o Deus Divino.
• Empenho – Os empregados encheram até a borda. Maria se empenhou em
fazer à vontade do Pai. Hoje se empenha como “intercessora”, sentido nas graças
alcançadas.
• Responsabilidade – Foi entregue ao mestre-sala para aprovação.
Criou seu Filho nos cumprimentos da Lei de Deus. Maria hoje intercede pela
salvação de seus filhos dados por Jesus.
• Reconhecimento e Gratidão – O mestre-sala reconheceu a qualidade
do vinho.
Maria era grata a Deus e
reconhecia Suas maravilhas.
• Credibilidade – Os discípulos reconheceram o poder de Jesus e
Maria também; não
poderia ser diferente.
• Milagre – transformação da água em vinho. O milagre com o
simbolismo que Deus veio para lavar e purificar. Maria em nome do Filho
‘também’ faz milagres.
Nas missas o vinho é o Sangue de
Jesus transubstanciado.
• Perfeição – Jesus fez o melhor vinho. Maria é a “intercessora”
perfeita, percebido nos benefícios alcançados.
• Desconhecimento - o mestre sala não reconhece Jesus ao atribuir o
mérito do melhor vinho ao noivo. Muitos ainda hoje não conhecem Jesus. Maria muito
pelo contrário.
Maria confia,
espera e alerta os serventes para que prestem atenção no que seu Filho falará.
Hoje nós somos os serventes.
Neste
casamento ocorre as últimas falas de Maria expostas na Bíblia. Esta fala,
complementa à 6a Fala.
Algumas passagens
da Bíblia contemplam a presença física de Maria. Suas palavras não ditas estão
expressas no seu silêncio, com seu exemplo de compreensão e resignação diante
da vontade de Deus e dos acontecimentos com que dizem respeito a Jesus. Fica
reflexiva. Assim... “Maria, contudo, conservava cuidadosamente todos esses
acontecimentos e os meditava em
seu coração” (Lc 2,19)
Maria suporta
em sua própria vida o destino do seu povo, juntamente com seu Filho. Estará no
âmago dessa contradição: um a favor de Jesus, outros são contra.
a)
Nascimento (Lc 2,1-7) e Infância de Jesus
•
Maria estava
no final da gravidez, mas havia o Alistamento (recenseamento) obrigatório, pelo
Governo da época. Era necessário o recadastramento e ela teve que viajar. No AT
o recenseamento era um ato religioso. (Nm 1-4)
Então chegou o tempo do parto e ela deu à luz. O nascimento de Jesus é o ápice
de toda História de Israel em um estábulo, sem riqueza. Além de que o Filho da
História é o próprio Filho de Deus, prometido pelas Escrituras, que está
conosco. Maria nesta hora difícil tem confiança em Deus.
•
Teve Jesus em
silêncio. Os Reis Magos eram pastores e seguiram a luz, e encontraram o menino
que era a esperança dos Judeus. Ela os recebe. (Mt
2,1-12) Seus presentes representam: Ouro (realeza de Jesus); Incenso
(adoração divina); e Mirra (a Paixão de Cristo).
•
Cumpriu a Lei
de Moisés (AT), (Gn 17,12) porque levou
Jesus para ser circuncidado, (Lc 2,21) e
para ser apresentado ao Templo. (Lc 2,22-38)
Todo primogênito devia ser consagrado ao Senhor. (Ex
13,2) Quando ela chega ao Templo, os profetas Samuel e Ana sabiam que
chegara o Salvador. Maria era pobre atestanado pela
oferta oferecida no Templo: “um par de rolas ou dois pombinhos”. (Lv 5,11.12,8)
•
Fugiu para o
Egito (Mt 2,13-18) com José para salvar o
menino Jesus da morte. Este fato não ocorreu como no AT, uma fuga para a
libertação do povo da escravidão - saída do Egito, na terra de Mediã. (Ex 13, 17-22)
Agora a Salvação do “Filho” é para construir um novo povo de Israel, a Igreja.
Salvação essa oferecida aos pagãos cujos sábios Ele atrai para a Sua luz. Com
Herodes morto, eles voltam para Nazaré, a indicação para que se cumprissem os
que os profetas disseram: Ele ia se chamar Nazareno. (Mt
12,19-23) Jesus se enchia de sabedoria e graça de Deus, (Lc 2,51-52) pela sabedoria e obediência de Maria ao
ensiná-Lo as coisas do Pai. Não houve reclamação pela fuga, por Maria, somente
obediência para cumprir o Plano da Salvação.
b)
Jesus adulto
•
Jesus não foi
reconhecido como Salvador na Sua Pátria, apenas como filho do Carpinteiro e de
Maria, com primos e irmãos. (Mt 13,53-58; Mc
6,1-6; Lc 4,16-30; e Jo
4,43-45)
Estas atitudes não fizeram Maria desanimar diante do Plano de
Deus.
•
Uma voz na
multidão exaltava a felicidade da maternidade da Virgem Maria em ser mãe do
Salvador. Essa mulher era admiradora de Jesus. Fez um louvor a Deus por Maria.
Maria que cuidou, amamentou, educou não só uma criança, mas o Mestre da vida.
Sua maior discípula. Jesus diz: “Felizes, antes, os que ouvem a palavra de Deus
e a observam”, (Lc 11,27-28) ressaltando,
dessa forma, a própria Maria, destacando que a felicidade não era ter Ele no
ventre, mas seguir a vontade do Deus.
•
Maria estava
do lado de fora aguardando Jesus, que falava à multidão, então Ele foi avisado.
Ele responde minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem e que fazem a vontade
do Pai. (Cf. Mt 12,46-50; Mc 3,31-35; Lc 8,19-21)
A família para Jesus tem que colocar a fé em Deus Pai, no Filho e
no Espírito Santo.
Naquela época as famílias e
empregados eram chamados de filhos diante do patrono do Clã que faziam parte,
assim os primos eram chamados de irmãos e irmãs.
•
Na hora da
exaltação da cruz o seu silêncio deve ter dado forças ao seu Filho. Ela não se
desesperou. Maria sofreu por Jesus e pela humanidade desumana, mas mesmo
sofrendo não abandonou a cruz e o acompanhou em todo o calvário. Ela estava
presente ao primeiro milagre em Caná da Galileia que
revela o início da Glória
de Jesus e, novamente na cruz. O
SIM ‘iniciou’ a Salvação para os creem.
Na cruz, Cristo a constitui mãe da
nova ‘Criação’, ou nova ‘Humanidade’; portanto a mãe da Igreja, quando disse
“Mulher eis aí teu filho!” (Jo 19,25-27)
Este acontecimento torna Maria a mãe de todos, porque João (Apostólo)
representa todos os filhos. A João diz: “Eis tua mãe”; e ele recebe Maria em
sua casa. A cruz de Maria é exemplo para a cruz do Cristão.
•
Em Mc
3,20-21, consta a passagem em que a família de Jesus dizia: “Enlouqueceu!”. Não
faz nenhuma referência à Maria. A conduta expressa está adversa ao SIM de Maria.
c)
Na igreja nascente
Maria fez parte da primeira
comunidade depois da Ressurreição de Cristo: junto com os apóstolos, após a
ascensão de Cristo, se reuniram na ‘sala superior’ com algumas mulheres,
"entre as quais Maria, a mãe
de Jesus". (At 1,12-14)
d)
No cenáculo quando ocorreu o
Pentecoste, (At 2,1-13) ela se manteve serena e em silêncio. Depois
não se falou mais nela, a não ser no apocalipse. Nossa Senhora é um dos tantos
títulos dados à mãe de Jesus. E, por isso toda vez que encontramos alguma
referência à Maria na Bíblia aí está uma passagem que fala de Nossa
Senhora. A certeza da vitória sobre o
pecado e morte representa a Assunção de Maria aos céus, que não aparece na
Bíblia, mas tornou-se fato pelo Dogma Mariano.
Enoque (Gn 5,24) e Elias (2Rs 2,11) foram
arrebatados ao céu, por isso atribui-se que o mesmo aconteceu com Maria.
e)
Apocalipse - A Arca Antiga
permaneceu numa casa das montanhas da Judeia por três meses. (2Sm 6,10-11)
Depois foi para Jerusalém. Sumiu com a destruição do Templo de Jerusalém no ano
587, embora não haja registro. Prefigurava Maria que apareceu no céu. (Ap 11,19)
Na perícope
“Visão da Mulher e o Dragão” (Ap 12,1-17) que
retrata uma mulher vestida com o sol e a luta contra a serpente em
defesa de seu Filho no ventre, a mulher é Maria.
A Igreja
reconhece de maneira infalível a importância de Maria, pelo cumprimento de tão
nobre missão, por isso determina, orienta e incentiva sobre os itens abaixo:
a) Constituiu os Dogmas Marianos pela fé nas verdades reveladas pela
Bíblia e pela Tradição. São baseados em estudos histórico e teológicos do
Cristianismo com pesquisas e fundamentos. A decisão de constituir um Dogma é
irrevogável, foram realizados com documentos e de forma solene. Glorificam
Maria. São quatro:
• Mãe de Deus – Maternidade Humana e Divina de Deus
• Virgindade Perpétua
• Imaculada Conceição
• Assunção de Maria
b) A devoção à Maria vem de longas datas. Citações de algumas:
• Orações: Ave Maria, Magnificat, Angelus, Salve Rainha, Rosário,
Ofício de da Imaculada Conceição, Consagração a Nossa Senhora, Agradecimentos
(Terço), Novenas, Ladainha, diversas formas de rezar os Terços, Coroa das Sete
Dores de Nossa Senhora, Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora, Credo, dentre
outras.
• Visitas de Maria (mãe Peregrina)
• Celebrações festivas de determinadas datas, Romarias e Procissões,
Votos e Promessas.
• Movimentos Marianos, peregrinações, estudos e livros.
• Criação de Músicas, Hinos e Poesias.
• Encenações para Teatro e Cinema.
• Maria é destacada também em: poesias escritas e recitadas;
desenhos e pinturas; histórias inventadas e entre outros.
• Diversos nomes foram dados a ela por motivos culturais ou pela sua
aparição.
• Diferentes títulos foram atribuídos à ela
de acordo com a visão:
histórica ou interpretação
pessoal. Alguns: advogada, auxiliadora, socorro, mediadora, entre outros.
Muitas das
devoções são retiradas da Bíblia não se desassociando da Palavra de Deus.
Maria
a eleita de Deus, a cheia de graça, a que colaborou de modo singular na obra da
Salvação realizada por Jesus, aquela mulher forte, presente na vida da Igreja
Primitiva, chegou ao fim de sua vida terrena e depois de passar pela morte foi
ressuscitada e levada ao céu em corpo e alma.
A história de
Jesus dividiu o calendário para antes de Cristo (aC)
e depois de Cristo (dC) separando também o AT e o NT.
O AT retrata
muito o Deus Pai (Iahweh). Já no NT, especificamente
nos Evangelhos, o Deus Filho, quando relata a história humana e Divina de
Jesus. E, a partir dos Ato dos Apóstolos (At), o Deus Espírito Santo com a Sua
descida, no Pentecostes. (At 2,1-13)
Maria
conheceu o AT, viveu e cumpriu os ensinamentos das Escrituras. No NT, com a
advinda de Jesus, ela seguiu o seu Filho que diz que não veio revogar nenhuma
Lei, mas para ser cumprida. (Cf. Mt 5,17-19) Ela com sua força e/ou com sua “intercessão”
fez e faz com que cada lugar por onde ela passe, a veja e represente-a de
acordo com sua imaginação e até mesmo etnia. Passou a ter nome dos lugares que
visitou e a fazer parte da cultura do povo. Razão pela qual há tantas Marias.
Em apenas Sete Palavras expressas e diversas
aparições e/ou citações no contexto Bíblico, deixou-nos um exemplo de servidão,
obediência e fé em Deus.
Maria sofreu
muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, a fuga para o
Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério
público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a
morte do Filho, mesmo assim ela foi fiel ao SIM, até o final. A discípula foi
uma mulher vitoriosa.
Venceu, conforme
foi profetizado (Gn 3,15), a serpente
junto com os anjos. (Ap 12) Venceu porque
cumpriu a missão determinada por Deus e tornou-se a Arca. Ela simboliza o povo
de Deus: no AT – Israel; e no NT - a
Igreja.
Maria é a
Arca da Nova Aliança porque ambas foram cobertas com o poder e a sombra
luminosa do altíssimo. A Arca no AT era presença de Deus. (Cf. Ex 40,34-35) Maria cheia de graça carregou o Bendito,
"o Filho do Altíssimo”. (Lc 1,35)
Hoje ao se contemplar Maria na glória deve-se olhar para o céu como meta, mas
com os pés bem firmes nesta terra onde se deve contribuir na construção do
Reino de Deus.
“Meditando
sobre Maria”, para os irmãos RMR ratificou e fortaleceu a fé em Maria e nos
desígnios de Deus, embora não os conheça, pois cabe a Ele revelá-los ou não.
Também promoveu a união de inspirações, lembranças, conhecimentos e habilidade
entre eles. Foi gratificante partilhar esta experiência de levar esperança e de
vê-la aumentar dentre eles.
A Nossa
Senhora, os RMR agradecem pelas bênçãos recebidas e por toda orientação e
interseção que foi dirigida espiritualmente para a concretização deste sonho
unificado. Ciente que Deus exaltou Jesus Cristo e “Lhe conferiu o Nome que está
acima de todo nome”. (Fl 2,9) Aquele que
ordena: “Tende em voz o mesmo sentimento de Jesus Cristo”, (Fl 2,5) e dobrem os joelhos para proclamar que Ele é
o Senhor, (Cf. Fl 2,10-11) esperamos nunca
perder esse horizonte. Ele estava e está sempre conosco e neste momento está
permitindo que este livro chegue até você.
Amém!
Bíblia de Jerusalém – 5ª Impressão
Paulus, 2008.
Bíblia Sagrada Ave Maria – 86ª
edição. São Paulo: Ave Maria, 1992.
Catecismo da Igreja Católica – São
Paulo: Loyola, 1999 DATTLER, Frederico, svd. Sinopse
dos Quatro Evangelhos. 8ª edição. São Paulo: Paulus, 2008.
Pastor Moisés Selva Santiago
Reportagem do Jornal do Commercio 21/12/2003.
YouTube do Padre Paulo Ricardo:
https://www.youtube.com/watch?v=lzDFMceR3yE
YouTube
do Padre Joãozinho - A história de um protestante rezando a Ave Maria: https://www.youtube.com/watch?v=PPEJHK33PY
Lumem Gentium – Concílio Vaticano II
Jornal Nacional – Reportagem com
Padre Belinne
Contato: rmr2018@hotmail.com
Pão comum e Eucaristia
Celebrações no tempo de epidemia
Neste momento de epidemia as pessoas estão
atormentadas porque não participam das Celebrações da Igreja e porque não Comungam. O texto abaixo visa orientar os ansiosos a
entenderem o que deve ser feito diante da situação e porque não se deve buscar
os seus próprios entendimentos.
As Celebrações da Igreja levam o Cristão à
Graça de Deus e o direciona à Santidade. Os Sacramentos fazem parte das
Celebrações da Igreja Católica Apostólica Romana (Mt
28, 16-20). Podem e devem acompanhar a vida do fiel desde o nascimento
até a sua Páscoa. Foram instituídos por Jesus Cristo e encontram-se em
plenitude até os dias de hoje. São sinais que denotam fé e culto a Deus. São
eles:
Batismo – (Mt
28,19-20; Mc 16,15-17);
Crisma (Confirmação - At 8,14-17);
Reconciliação {Confissão / Conversão / Penitência – (Jo 20, 22-23)};
Comunhão ( a Eucaristia
na Santa Ceia – (Mt 26, 26-29; Mc 14, 22-25; e Lc 22, 14-20);
Matrimônio (Mt 19,1-9);
Ordem (Sacerdócio ao instituir a Eucaristia); e
Unção dos Enfermos (Tg 5, 13-16).
Os Sacramentais não conferem a Graça do Espírito
Santo à maneira dos Sacramentos, mas pela oração da Igreja. Também são sinais
Sagrados que têm grande valor de Santificação e Consagração, pois, por meio
deles, Deus derrama sobre o homem suas Bênçãos. Eles despertam no Cristão
sentimentos de amor Santo e de Fé porque preparam os Católicos para receberem
os frutos dos Sacramentos, pelas Graças que Deus nos concede. Por não se tratar
de superstição, mas de efeitos de Ordem Espiritual, os
Sacramentais não devem ser usados como “amuletos de sorte” e “talismãs”.
São Sacramentais:
Objetos (medalhas, crucifixos, rosários,
escapulários…); e
Orações:
A.
Bênçãos (água benta, santos, óleos, alimentos {pão
abençoado, sal…}, nas casas, carros, chaves, imagens, oficinas, máquinas,
campos, doentes, etc.).
A Bênção
Constitutiva é dada pelo Ministro Ordinário de forma presencial e tem Rituais
para a Celebração da mesma.
A Bênção
Invocativa é aquela que suplica de Deus a Benção, que O invoca apenas, ou seja,
que é um desejo de que algo seja abençoado pode ser dada à distância.
inclusive. Leigos também abençoam, mas “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo”.
B.
Consagrações (Igreja, altar, cálice, Abade, Virgem,
criança após o batismo, esposa, esposo,…). e
C.
Exorcismos.
Missa
(Eucaristia)
A Missa é a Celebração na qual se realiza o
Sacramento da Eucaristia que é a Presença Real de Jesus na Hóstia Consagrada.
Faz parte do Magistério da Igreja, o 3º Mandamento. É Ação de Graça, Sacrifício
e Páscoa. É o Culto Eclesial mais sublime que se pode oferecer ao Senhor. É a
maior, a mais completa e a mais poderosa Oração da qual dispõe o Católico. É Bênção
por meio da transformação, conversão e cura pela Presença de Jesus. A pessoa
deve se sentir em Comunhão com Deus para assistir à Missa. Assim pode reafirmar
a sua Fé no Todo Poderoso. A Comunhão foi instituída na noite da Quinta-Feira
Santa, posteriormente os Discípulos continuaram a fazer o mesmo e atualmente é
realizada Universalmente pelos Ordenados.
Na ida à Missa, se ouve a Palavra do Senhor e o que
o Pai propõe para se praticar na vida cotidiana sempre com o olhar para Cristo.
Pela Igreja, os Católicos devem participar de todas as Missas de Preceito
Eclesial. Entretanto, quem, por grave motivo, está impossibilitado de ir, é
liberado da mesma no modo Presencial. Às vezes por motivos de saúde, ou idade,
ou epidemia, ou guerra, ou acidentes catastróficos, ou porque há lugares que
não tem Padre para Celebrar a Missa, fica longe do lugar da Celebração e não se
tem como ir à missa. As pessoas, nessas situações podem participar da Missa
pelos Meios de Comunicação (TV, Rádio, Redes Sociais); mas, de forma
Espiritual, nada físico (material). Não substitui a participação direta. Nela
se tem a Oferta, Oração e a Palavra que são amor e Presença Curativa de Deus à
vista, no momento do acontecimento, independente de localização.
Mesmo que não possa participar da Missa, existe o
dia de Santificação do Senhor, um direito Divino, que deve ser cumprido e
respeitado sempre voltado para o Cristo. É para ser vivido junto a família com
alegria, oração, gratidão, louvor, obras de caridade (principalmente com os
doentes e idosos), atos de misericórdia, evangelização, abstenção de trabalho,
descanso do corpo, entre outros… Foi deixado por Deus conforme o Decálogo (Ex 20,2-17; Dt 5,6-21). Na
Antiga Aliança, o dia Santificado era o Sábado. Trata-se do Terceiro Mandamento
da Lei de Deus. A Igreja mudou o sábado para o Domingo pelo Poder Divino que
Jesus Cristo conferiu a ela. Portanto, para os Católicos, o Sábado não foi
eliminado, mas plenificado no Domingo especial da Ressurreição, o dia da Nova e
Eterna Aliança, quando Jesus venceu a morte para remissão dos pecados. Essa
“alteração” teve como base entre outras: A) Jesus aparece ressuscitado no
Domingo aos apóstolos 2 (duas) vezes; a 1ª sem Tomé e a 2ª, uma semana depois à
aparição aos 11 (onze) (Jo 20). B) Paulo (1Cor 16,2) fala
no 1° dia da semana em ir na Igreja; e C) em João (Ap 1,10),
cita no “dia Senhor”, é porque depois da ressurreição
de Jesus eles, os Cristãos, começaram a se reunir no Domingo.
Na Missa, o Celebrante fica no
Altar na identidade do Padre que age “in persona Christi”, isto é, na Pessoa de
Jesus Cristo. Casa / Objetos/ Alimentos / TV / Rádio / Mídia, não fazem parte
do Altar Presencial.
A Missa está dividida em quatro partes bem
distintas:
1.
Ritos Iniciais
Comentário Introdutório à Missa do dia, Canto de Abertura, Acolhida,
Antífona de Entrada, Ato Penitencial, Hino de Louvor e Oração Coleta (junção de
todas as orações da Assembleia).
2.
Rito da Palavra (Liturgia da
Palavra)
Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura, Aclamação ao
Evangelho, Proclamação do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração da
Comunidade.
3.
Rito Sacramental (Liturgia
Eucarística)
1ª
Parte - Oferendas: Canto/Procissão das Oferendas, “Orai Irmãos e Irmãs…”, e
Oração Sobre as Oferendas;
A
oferenda deve ser dada ao Senhor para se unir a de Cristo. Além do pão
(partícula), vinho e água devemos oferecer, a coleta, nossas vidas, tudo o que
somos e temos.
2ª Parte - Oração Eucarística: Prefácio, Santo, Consagração
e Louvor Final:
A. Na Epiclese (invocação do Santo sob as oferendas), Jesus desce no
altar. A Consagração acontece quando o Sacerdote, conforme a Oração
Eucarística, do dia, vai dizendo: “Santificai, pois, estas oferendas,
derramando sobre elas o vosso Espírito, a fim de que se tornem para nós o Corpo
e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso”.
Logo depois a Assembleia responde, também de acordo com a Oração
Eucarística.
O Padre continua narrando como o que aconteceu na última Ceia da
Quinta-Feira Santa dada por Jesus: “Na noite…. Fazei isto em memória
de mim” (Lc 22,
19 e 1Cor 11, 24). Encerra dizendo
“Eis o Mistério da Fé”. O Pão e o Vinho se transubstanciam,
respectivamente, no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo. A
Hóstia é o Seu corpo que Ele ofereceu na cruz e o Vinho é o Seu sangue que foi
derramado para remissão da humanidade.
B. Na
hora da Consagração estamos aceitando morrer com Jesus no dia a dia da
vida.
Na consagração se deve ajoelhar-se ou se ficar de pé e inclinar-se.
Porque está escrito: " ‘Por minha vida, diz o Senhor: ‘todo joelho se
dobrará diante de mim e toda língua dará glória a Deus’ " (Rm 14,11).
C.
O poder da Consagração cabe apenas
aos Sacerdotes Consagrados e de forma Presencial. Quando não há Missa, mas se
faz a Leitura da Palavra, não há a Consagração das partículas.
D.
Há um padrão para confecção das
partículas que serão Hóstias Consagradas, segundo o Vaticano conforme as regras eclesiásticas. Portanto, não pode ser qualquer
pão.
3ª Parte - Comunhão (ou Eucaristia): Pai Nosso, Abraço da Paz, Cordeiro de Deus, Canto/Distribuição da
Comunhão, Interiorização, Antífona da Comunhão e Oração após a Comunhão.
Sacrário de Cristo: a) Em Maria, no seu ventre; b) Nas Igrejas; e c) No
corpo de cada um que carrega Jesus Sacramentado no coração.
4. Ritos Finais
Mensagem, Comunicados da Comunidade, Canto de Ação de Graças e Benção
Final.
Ir à missa e
comungar todos os dias é um processo de Santificação para muitos Religiosos,
Congregações e Comunidade que usam desta prerrogativa.
Conclusão:
O que a Igreja de Cristo prega tem
como base a Bíblia os ensinamentos de Jesus e a inspiração do Espírito Santo,
etc... As instruções provenientes de estudos, pela importância de Deus,
mostram que existe respeito, fundamentos e normas para os seguintes assuntos,
entre outros correlacionados: A) Forma dos fiéis e Celebrantes se comportarem
nas Celebrações e na Igreja; B) Os Ministérios, Missas, Sacramentos e
Sacramentais; C) Tratamento com a Hóstia (Fabricação, Consagração, Comunhão e
Distribuição); e D) Comunhão Espiritual; etc.
O ser humano não deve recorrer às
ideias não orientadas pela Igreja para satisfazer as suas necessidades. A
Igreja já tem os seus próprios símbolos, rituais e normas.
Tudo o que Deus nos concede não é por méritos ou
merecimento, mas por Sua Graça e Misericórdia. Seu nome é Santo (Ex 20, 2-17; Dt 5, 6-21 e
Igreja), e por isso, deve ser protegido de profanação e digno de toda
Reverência. A Igreja é Tutora para referendar e zelar as coisas de Deus. Ele tem
um Amor Incondicional e muita Misericórdia para todos os Seus filhos. Ele é
amor e está pronto para perdoar sempre com justiça.
Não se pode esquecer que por
situações de perigo para a população, por uma contaminação de doenças e outros,
algumas orientações sofrem alterações; outras até são suspensas; mas sempre
comandadas por ordens superiores, não invalidando as deixadas por Cristo no seu
coração. No contexto atual de não se poder
Comungar presencialmente, Sua Glória prevalecerá. Muitas coisas
acontecem inerentes à vontade do que se comprometeu com Deus. Promessas, votos,
propósitos não caracterizam que vai receber algo de Deus. Quantidade de idas à
Missa e de Comunhão recebidas, não levam ao céu. Desespero porque não vai à
Igreja, não participa da Missa e não pode receber a Eucaristia não condiz com o
Cristão que tem a Comunhão Espiritual sempre disponível em seu coração. Pode
ser feita em qualquer momento, em qualquer
lugar e quantas vezes quiser. O momento é de Fé e entrega a Deus. A ênfase deve
ser: seguir a Deus nos princípios da Igreja, da Religião e da Fé. O importante
é não deixar de se dedicar ao Dia ao Senhor (Ex 31,15-16), em
família. Ele que prometeu: “Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu
nome, ali estou Eu no meio deles (Mt 18,20)”.
Para haver a
Comunhão da Hóstia Consagrada é preciso aderir à fé Católica. Na Comunhão Espiritual não é o que se põe na boca que tem
importância, mas como está o encontro com Deus. “Não existe a perfeição Santa
da Comunhão em espécie” se não existir a Espiritual (a profunda experiência no
Amor e na Graça de Deus, com reta intenção e espírito de adoração). O
Verdadeiro Pão da Vida (Jo 6,35.58) é Jesus E Jesus disse: “eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos” (Cf. Mt
28,20).
Após tantas informações, tantos
ensinamentos, não se vê em nenhum momento falar no pão comum em substituição a
Hóstia Consagrada, portanto é impossível considerar um pedaço de pão como tal. Diante
de um Meio de Comunicação, o Pão não represente a Hóstia, porque não é o Jesus Cristo
Sacramentado. Por outro lado, a pessoa que está assistindo também não é um
Celebrante que possa fazer as honras da Consagração.
Na Comunhão Espiritual deve-se
fazer uma Oração com as próprias palavras, ou conforme os “modelos” que se
encontram na Internet. O canal Rede Vida e TV Pai Eterno na hora da Comunhão
apresentam uma Oração na televisão. Eis a oração:
Oração da Comunhão Espiritual
“Creio, ó meu Jesus, que estais presente
no Santíssimo Sacramento do Altar. Amo-Vos sobre todas
as coisas e desejo-vos possuir em minha
alma. Mas, como agora não posso receber-Vos sacramentalmente em meu coração e, como já Vos tivesse recebido, Vos abraço, uno-me todo a Vós, Não permitais que de Vós me
aparte. Amém”.
Portanto, antes do Católico agir
por conta própria deve ver o que a Igreja preconiza. Aconselhar-se com pessoas
preparadas e principalmente os Padres, caso tenha acesso direto. Pode fazer uma
Confissão para aproveitar, conversar e perguntar o que interessa. Além disto,
tem a Bíblia, documentos da Igreja, Missal Romano, a vida dos Santos e os
Sites referentes a busca de interesse.
Exemplos:
Bíblia
https://www.bibliacatolica.com.br/
Catecismo da Igreja Católica
http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/indice_po.html
Direito Canônico
http://www.vatican.va/archive/cdc/index_po.htm
Dogmas da Igreja
http://www.catolicoorante.com.br/dogmas.html
Concílio Vaticano II
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/index_po.htm
Encíclicas Papais
http://www.vatican.va/offices/papal_docs_list_po.html
Abaixo alguns https que ajudam na
fundamentação de que o pão comum não deve ser usado como Eucaristia pelos Meios
de Comunicação. Consultas confirmadas em 19/04/2019
A
Missa por Parte
http://www.clerus.org/clerus/dati/2007-11/23-13/MISSA.html
Questão
de Bênçãos à distância
https://www.veritatis.com.br/questoes-sobre-a-bencao-dada-a-distancia/
Diário
da Crise de Pe. Lombardi: a “Comunhão espiritual” no jejum eucarístico
obrigatório - Vatican News
Vaticano define critérios para a hóstia e o vinho
usados nas missas
Vaticano
proíbe hóstia sem glúten - hóstias de arroz, mandioca ou fubá (que existem aqui
no Brasil, por exemplo) não podem ser usadas na Eucaristia
https://exame.abril.com.br/mundo/vaticano-proibe-hostia-sem-gluten/
Os leigos e a Consagração da Eucaristia - Padre Luiz Camilo Junior
http://arqrio.org/formacao/detalhes/1676/os-leigos-e-a-consagracao-da-eucaristia
Consagração - Como agir no momento da consagração -
Padre Luiz Camilo Junior
Ajoelhar-se na Consagração - Padre Paulo Ricardo
https://www.youtube.com/watch?v=kZEUnURA6Z0
Assistir Missa na Internet serve para cumprir o
preceito dominical. - Padre Luiz Camilo Junior
https://www.youtube.com/watch?v=WUxbXkR4rww
Comunhão
- Como Comungar Corretamente - Padre José Carlos Pereira
https://www.youtube.com/watch?v=67Xor2qR2Bo
Comunhão
- Adoração a Deus - Padre Firmino
Qual a
função do Ministro Extraordinário da Eucaristia? - Padre Luiz Camilo Junior
https://www.youtube.com/watch?v=Jsi3tfMlAFY
Auto Comunhão - Posso comungar com as próprias mãos
o Corpo e Sangue do Senhor? - Padre Paulo Ricardo
O
pior mal de nosso tempo é a Sacrílega Comunhão na mão. O desrespeito máximo com
Jesus Sacramentado.
5
conselhos para o momento da Comunhão - Padre
Luiz Camilo Júnior.
Comunhão
Espiritual em tempos de Epidemia (os primeiros 28 min fala mais de epidemia)
https://www.youtube.com/watch?v=m9TNmqlV-JM
Tudo
sobre Comunhão Espiritual - Ricardo Pio Maria
https://www.youtube.com/watch?v=34eyT2JEMn8
Como
fazer a Comunhão Espiritual e qual o valor dessa forma de receber Jesus? -
Flávia Novais Comunidade Shalom
https://www.comshalom.org/a-presenca-real-de-jesus-sacramentado-na-comunhao-espiritual/
O que é
Comunhão Espiritual?
https://cleofas.com.br/a-comunhao-espiritual/
- Cleofas
A
Comunhão Espiritual
https://cleofas.com.br/a-comunhao-espiritual-2/ - Cleofas
Como
podemos fazer a Comunhão Espiritual? - Felipe Aquino
https://www.youtube.com/watch?v=In62Mfcauuo&feature=emb_title
10
Conselhos para assistir a Missa transmitida pela TV e pela Internet -
Comunidade Shalom.
Leitor
pergunta sobre pão, hóstia e subida do corpo e alma ao céu.
https://www.veritatis.com.br/leitor-pergunta-sobre-pao-hostia-e-subida-do-corpo-e-alma-ao-ceu/amp/
Quantas
vezes devo perdoar?
7? 77?
70 x 7?
Este estudo
surgiu da curiosidade sobre um raciocínio lógico. O alicerce desta obra é a
Bíblia de Jerusalém.
Enquanto a
curiosidade se atentava para as quantidades numéricas “divergentes” entre as Bíblias
e versões, o espírito estudioso se concentrava no perdão, no arrependimento, na
vida eterna, nas pessoas que exerceram o perdão, nas pessoas que foram
perdoadas e enfim, em ações que se deve tomar para evitar o “perdão”, pois
“tudo quanto ligamos na terra, será ligado no céu, e tudo que desligar na
terra, será desligado no céu” (Mt 18,18).
Este
estudo contempla os fatos relacionados à dúvida sobre o número de vezes que se deve
perdoar: 7? 77? 70x7... Pincela algumas passagens bíblicas e citações
relacionadas ao pecado/perdão, direta ou indiretamente.
Foram 4 (quatro)
passagens na Bíblia que aguçaram a curiosidade neste estudo e estes 4 (quatro)
momentos falam em números de vezes que se deve perdoar e/ou ser vingado.
1)
AT: Caim seria vingado (Gn 4,13).
2)
AT: Lamec quer
ser vingado mais vezes (4,24).
3) NT:
Jesus dialoga com Pedro sobre quantas vezes deve perdoar (Mt 18,21-22).
4)
NT: Jesus fala na Correção Fraterna (Mt 18,15-18 e Lc 17,3b-4).
O número de perdões
vem ligado às faltas (iniquidades) às transgressões e ao pecado (Ex 34,7)
que tem suas consequências. Por outro lado, Deus é cheio de ternura (compaixão),
piedade (misericórdia), fidelidade e graça (amor) (Ex 34,6) que nos
acolhe constantemente.
O estudo abrange os
seguintes pontos: a) Os 3 (três) primeiros pecados e perdões implícitos na Bíblia;
b) Exemplos de perdão; c) As previsões, declarações e testemunhos; d) O homem e
o pecado; e) Jesus: o perdão e o pecado; f) Outras declarações; Conclusão; e
Bibliografia.
Os
3 (três) primeiros pecados e perdões implícitos na Bíblia:
Como se pode
perceber, Deus tão logo fez o mundo, já usou da Sua misericórdia. Está assim justificado:
1.
Primeiro – Adão e Eva
No
AT, Deus falou para Adão: “Podes comer de todas as árvores do jardim. Mas da
árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres
terás de morrer” (Gn 2,16-17). Quando Adão
comeu, surgiram consequentemente a primeira desobediência e a primeira falta de
confiança em Sua bondade (Eu Creio: página 25) e o primeiro perdão: apenas
“Deus o expulsou do jardim do Éden para cultivar o solo de onde foi tirado” (Gn 3,23). Embora a Bíblia não mencione ainda a
palavra pecado, este pecado foi contraído pela humanidade, não cometido (Eu
Creio: página 26). Com o Batismo, apaga o pecado original e o homem,
volta para Deus.
2.
Segundo - Caim
O
relacionamento de Caim e Abel é oposto à vontade de Iahveh
que é cuidar do próximo. O rompimento da fraternidade veio pela rivalidade e
competição.
A
Caim, filho de Adão e Eva, Deus foi perguntar: “...não jaz o pecado à porta,
como animal acuado que te espreita; podes por acaso dominá-lo? (Gn 4,7)” Esta é a primeira vez que a Bíblia inclui a
palavra pecado. Caim matou Abel e sabia “que o primeiro que o encontrasse o
mataria.” “A culpa dele era grande.” Disse-lhe Deus: “Quem matar Caim será
vingado 7 vezes. Iahweh
colocou um sinal sobre Caim a fim de que Caim não fosse morto por quem o
encontrasse (Gn 4,7-16)”. A vingança de
sangue não atingiu Caim. Ele estava protegido por Deus. É a segunda vez implicita na Bíblia que Deus vai perdoar. O primeiro assassino
arrependido obteve a misericórdia de Deus: o perdão. Pedro testifica que “... Deus
não faz acepção de pessoas” (At 10,34) .
3.
Terceiro – Lamec
Lamec,
descendente de Caim, é o primeiro polígamo citado na história e é também
assassino por dois homicídios praticados. “Se Caim é vingado 7 vezes, Lamec
77 vezes será vingado” (Gn 4,24). “O cântico selvagem composto em honra de Lamec, herói do deserto, é recolhido na Bíblia como
testemunho da crescente violência dos descendentes de Caim” (Bíblia:
página 40 no rodapé).
“O
relato também supõe uma civilização ainda pouco evoluída no domínio religioso
de forma que poderia haver homens que poderiam matá-lo e homens que poderiam
vingá-lo” (Bíblia: página 39 no rodapé).
Lamec quer ser vingado
não 7, mas 77. Na Bíblia Pastoral fala 70 x7. Ele se preocupa em ser vingado,
caso ele seja morto. Não se fala que ele pensa em perdão.
Neste
ponto começaram as divergências. Será 7 ou 77 vezes ou 70 vezes 7?
Exemplos
de perdão
Muitos
personagens exerceram o perdão e/ou reconheceram suas faltas, como exemplifica:
José do Egito foi
invejado, jogado num poço e vendido pelos irmãos. Foi acusado injustamente, pela
mulher do seu senhor indo para a prisão. Foi esquecido pelo copeiro. Mas o
Senhor estava com José e o abençoou. O senhor de José reconhecia nele potencial
e Presença de “Deus” e lhe entregou tudo na mão, que logo fez tudo prosperar. E
próspero, acolheu seu pai Jacó e seus irmãos nos tempos de fome e depois até o
fim de sua vida (Cf. Gn 37-50).
7 vezes? 77
vezes? 70 vezes 7 vezes? José perdoou
quantas vezes? Uma vez. E completamente. Primeiro: guardou sigilo
do que os irmãos fizeram. Falou com eles a sós. Segundo: disse aos irmãos que
era necessário que tudo isto acontecesse para que ele pudesse os receber.
Terceiro: cuidou dos irmãos mesmo depois que Jacó, seu pai, morreu. Quarto: ele
não soube que os irmãos mentiram dizendo que era vontade do pai que cuidasse
deles (Cf. Gn 50,16-17). Se soube que os
irmãos mentiram, ele perdoou pela segunda vez.
Esaú também
perdoou seu irmão Jacó (Israel) (Cf. Gn 33) por
ter usurpado sua e primogenitura e bênção.
Davi pede piedade
pelas próprias transgressões (Sl 51,1-17).
Diz ainda que a confissão liberta do pecado e que é feliz quem tem a ofensa
absorvida (Sl 32).
Quanto a Jesus, as
pessoas refletiam: “Quem é este que até perdoa pecado?” (Lc 7,48). Mesmo assim, em diversas curas (milagres) Ele
falou: “vá e não peques mais, os teus pecados estão perdoados”.
Entre outros,
destaca-se a mulher apanhada em adultério (Cf. Jo
8, 1-11) e a pecadora que ama (Lc 7,36-50).
Ao negar Jesus,
Pedro arrependido chorou amargamente (Cf. Mt
26,69-75; Mc 14,66-72; Lc 22,54-62; e Jo 18,15-27). O arrependimento é uma condição para se
receber o perdão.
Saulo (Paulo),
perseguidor de Jesus, depois de seu encontro com Ele, a caminho de Damasco,
começou a proclamá-lO. (Cf. At 9,1-21).
Ambos, Pedro e
Saulo, “produziram frutos dignos de arrependimento” (Lc
3,8) que estão relatados no Livro Atos dos Apóstolos.
Mas, o maior
exemplo de perdão na Bíblia foi dado por Jesus aos seus malfeitores. Jesus crucificado,
humilhado, sendo desafiado, ultrajado e zombado por eles (Cf. Lc 23,33-37), ainda diz: “Pai, perdoa-lhes: não sabem
o que fazem” (Lc 23,34).
As
previsões, declarações e testemunhos
Segundo João,
“toda iniquidade é pecado” (1Jo 5,17). E Deus,
com sua misericórdia, além de “enviar Seu único filho ao mundo, para as pessoas
não perecerem e terem vida eterna” (Jo 3,16),
por meio dos profetas, expressou Sua visão sobre a relação pecado/perdão e como
também seria Sua atuação, abordando os seguintes pontos:
1.
Deus e os profetas
Isaías diz: que Deus esquece a ingratidão de
Israel: "Eu sou o que apaga tuas transgressões, por amor de mim, e já não
se lembro dos teus pecados” (Is 43,25).
Descreve “a compensação que Jerusalém” vai recebe, deixando claro que o amor de
Deus não vai mudar (Is 54, 1-10). Orienta: “Procurai Iahweh enquanto Ele se deixa encontrar. Invocai-O enquanto
está perto. Abandone o ímpio caminho, o homem mau seus pensamentos e volte a Iahweh, pois terá compaixão dele, ao nosso Deus, porque é
rico em perdão” (Is 55, 6-7). No Salmo de Penitência está declarado
que “Deus não tem mão curta para nos salvar, apesar de serem numerosas as
transgressões e os pecados testificarem contra nós” (Is 59,1-15).
Jeremias
fortalece a necessidade de conversão e reafirma a ternura de Deus: “Virá um
redentor de Sião aos que se converterem da sua rebelião a Jacó” (Is 59,20) .“... Iahweh espera a hora de poder mostrar-vos a sua graça. Ele
se ergue para mostrar-vos a sua compaixão porque Iahweh
é Deus da justiça” (Is 30,18).
Por
meio de Jeremias, Deus disse que as pessoas “deveriam envergonhar-se porque
praticam coisas abomináveis, mas não se envergonham nem ficam vexados” (Jr
6,15). E, Deus fez este pedido: “Melhorai os vossos caminhos e vossas
obras...” (Jr 7,3); “praticai o direito de cada de cada um com o
próximo” (Jr 7,5).
Deus
aplicou a Pedagogia do Castigo proferindo um Oráculo a Jeremias: “Assim como me
abandonastes para servir, em vossa terra, a deuses estrangeiros, assim também
servireis a deuses estrangeiros, assim também servireis aos estrangeiros em
terra que não é vossa” (Jr 5,19).
Jeremias
revelou que todos conheceriam Deus, que Ele perdoaria os pecados que não seriam
mais lembrados por Ele (Jr 31,31-34). Também faz um convite:
“Temamos a Iahweh nosso Deus que nos dá a chuva de
outono e a primavera a seu tempo, e nos reserva semanas fixas para a colheita.
Vossos delitos afastaram esta ordem e vossos pecados privaram desta ordem” (Jr
5,24).
Oseias fez
uma advertência final: “Quem é sábio compreenda isto, quem é inteligente
reconheça-o! Porque os caminhos de Iahweh são retos e
os justos caminharão neles. Mas os rebeldes neles tropeçarão” (Os14,10).
2.
O Precursor de Jesus, João Batista, e
o perdão
O
Precursor, João Batista, no deserto pregava assim: “Arrependei-vos, pois o
Reino dos Céus está próximo” (Mt 3,2).
“Eram batizados por João no rio Jordão confessando os pecados e não
bastava dizer temos por pai Abraão.” Deviam “produzir fruto digno de
arrependimento” (Cf.Mt
3, 8), como por exemplo: “repartir as túnicas e os alimentos para quem
não tem, não molestar com extorsões, não denunciar falsamente, contentar-se com
o saldo e não exigir nada além do que foi prescrito” (Lc 3,10-14). João batizou Jesus para se “cumprir toda
justiça” (Mt 3,15). Ou seja, se cumprisse
as Escrituras. “Jesus não cometeu nenhum pecado...” (1Pd 2,22)
apesar de ter sido batizado.
7
vezes? 77 vezes? 70 vezes 7 vezes? Quantas vezes se deve perdoar: E quantas
vezes o perdoado deve produzir frutos dignos de arrependimento? As ações sugeridas
por João Batista com certeza podem ser praticadas antes do arrependimento,
anulando a sua chegada. Confira a Pregação de João Batista em Lucas 3,.18
O
Homem e o pecado
Não era da
vontade do Pai que está nos céus que nenhum dos pequeninos se perdesse (Mt 18,14) e Jesus disse que era inevitável que
houvesse escândalo, mas ai daqueles que os causasse (Lc
17,1). Quando se peca, se é causador do escândalo contrariando a vontade
de Deus.
1.
Afastamento de Deus porque o homem é
pecador
É por causa do
pecado que existe o afastamento de Deus.
“Quando
se entrega a violência o ser humano destrói a ordem de Deus. Este protege até o
homicida...” (Gn 4,1-16 rodapé - CNBB). Eclesiastes
relata: “Não existe um homem tão justo sobre a terra que faça o bem sem jamais
pecar” (Ecl 7,21). Em Romanos diz: todos
os homens estão debaixo do pecado. “Eis por que como por meio de um só homem
(Adão) o pecado entrou no mundo e, pelo pecado a morte (de Jesus). Assim a
morte passou a todos os homens porque todos pecaram”. “Ora, se faço o que não
quero, já não sou eu que ajo, e sim o pecado que habita em mim” (Rm 3,9.20; 5,12; 7,14-25).
2.
Deus sempre se aproxima
É
certo que com Deus se vence todos os pecados. Deus sempre buscou um
relacionamento mais próximo com a humanidade, mesmo com ela corrompida:
Quando a terra
estava pervertida Deus falou com Noé (Gn 6, 12).
Quando
viu a miséria de Israel no Egito chamou Moisés (Cf. Ex 3,7-12). Em
Êxodo ele se aproximou de Moisés na escuridão de uma nuvem para que o povo
pudesse escutá-lo (Cf. Ex 19,3b-8).
Para
dizimar o pecado, o maior “pronunciamento de Deus, foi entregar o Decálogo a
Moisés” (Cf. Ex 20, 1-20).
O
contacto pessoal de Deus foi quando Seu filho foi enviado. Além de reforçar a
Paternidade de Deus, Jesus assim declarava: “Eu sou o caminho, e a verdade;
ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14,6).
“Eu sou o pão da vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25).
3.
O Pecado e a Misericórdia Divina
O
pecado humano a toda hora se depara com a misericórdia Divina por meio de Seu Filho.
Disse Jesus: “...Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e
não o sacrifício” (Mt 9,13) e também “Sede
misericordioso como o vosso Pai é misericordioso” (Lc
6,36).
Paulo,
Pedro, João e Timóteo dão testemunho desta misericórdia:
Paulo
dá graças a Deus por “Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou
para o Reino do seu Filho amado, no qual temos a redenção, – a remissão dos
pecados” (Cl 1, 13-14). Destaca que Deus demonstrou seu amor quando
Cristo morreu pelos ímpios, permitindo recebermos a reconciliação (Cf. Rm 5,1-11). “Recorda que todos estavam mortos em
delitos e pecados. Mas, Deus, rico em misericórdia veio vivificar todos
juntamente com Cristo” (cf. Ef. 2, 1-10).
“Graças sejam dadas, que por Cristo nos carrega sempre em seu triunfo e, por
nós, expande em toda parte o perfume do seu conhecimento” (2cor 2,14).
“Ele justifica a fé que se tem, a graça em que se encontra e a esperança na
ressurreição” (Cf. Rm 5,1-11). “Se alguém
causou tristeza, não foi a mim, mas em certa medida (não exagerar) a todos vós.
Para tal homem, basta a censura infligida pela maioria. Eis por que muito ao
contrário, perdoai-lhe e consolai-o, a fim de que não seja absorvido por tristeza
excessiva.” Portanto, eu recomendo que reafirmem o amor que têm por ele (2Cor
2,5-7).
Pedro
pede que proclamem pela misericórdia recebida e ensina sobre o amor, respeito e
perdão, porque o amor cobre pecados (Cf. 1Pd 2,9-10; 3,1; 3, 8-9; 4,8).
Reforça a Misericórdia de Deus que nos gerou para a Ressurreição (1Pd
1,1—5). “Sede bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-vos
mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo” (Ef
4,32).
João
testemunhou: “Pois Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único para
que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo 3,16). “Deus não enviou o Filho ao mundo, para julgar
o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele” (Jo
3,17). “Exalta que todo aquele que pratica a justiça nasce de Deus e
nossa condição de filho d’Ele, sendo amado” (Cf. 1Jo 3,1-10). “Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos
pecados e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1,9).
Timóteo
diz que Deus não nos deu espírito de medo, mas espírito de força, amor e
sobriedade. Fala que Jesus se manifestou pela Aparição. Ora também pelos amigos
que ficaram na Ásia e espera a misericórdia de Deus (Cf. 2Tm 1,7-18).
Há
inúmeros perdões. Quantos? 7? 77? 70 x 7? Sempre. Todas as vezes que se for arrancado
das trevas e voltar-se para Deus, livrando-se do afastamento para com Ele.
Jesus:
o perdão e o pecado
1.
Preceitos de Jesus e o Perdão
Quando
Jesus soube que João Batista foi preso (Mt
4,12-17) estava clara a sequência: pecado, arrependimento, Reino dos Céus
que tinham condições explícitas e orientações dadas por ele, João Batista. Então
Jesus com o discurso: Nas “Bem-Aventuranças” (Mt
5,6,7), conduz caminhos para que nenhuma pessoa precise de se arrepender.
E quanto ao perdão, nem 7 vezes? 70? 77? 70 x 7. Nenhuma vez de fato. Apregoando esta sequência e conhecendo
a misericórdia do Pai para que “sejamos felizes e puros no coração e vermos
Deus” (Mt 5,8), alertava a todos para o
seguinte:
·
“Não julgue para não ser julgado” (Mt 7,2).
·
Com a mesma medida que medis, serás
medido (Mt 7,2).
Ocorreram
passagens que Jesus curou pessoas e acrescentou que os pecados delas estavam
perdoados: Curou um paralítico em Cafarnaum (Mc 2,1-12), o
paralítico trazido na maca (Lc 5, 17 -26)
e perdoou os pecados de uma mulher (Lc 7,48).
“Os
escribas começaram raciocinar: Quem é este que diz blasfêmias? Não é só Deus
que pode perdoar pecados?” (Lc 5,21) É
evidente que eles não reconheciam Jesus como Deus encarnado.
Brilhar
para verem suas boas obras e elas glorificarem o Pai (Mt
5,16).
·
Praticar e ensinar os mandamentos (Mt 5,19).
·
Não se encolerizar com o irmão (Mt 5,22).
·
Antes de ofertar no altar se lembrar
do que o irmão tem contra ti e reconciliar com ele (Mt
5,23).
·
Ao olhar para uma mulher com olhar
libidinoso estará cometendo pecado (Mt 5, 27).
·
Ao repudiar uma mulher, será
responsável por ela se tornar adúltera, ou por quem com ela se casar (Mt 5,27-32).
·
Não jurar. Apenas sim e não saber
falar (Mt 5,33-37).
·
Ao ser ferido na face direita, à
esquerda vá dar (Mt 5,38-39).
·
Se quiserem pleitear sua túnica, até o
manto vá dar (Mt 5,40).
·
Se tiver que andar uma milha, duas vá
andar (Mt 5,41).
·
Vá aos inimigos amar e pelos
perseguidos vá orar (Mt 4,44).
·
Ser perfeito como o Pai foi, é e vai
ser (Mt 5,48).
·
Não praticar iniquidade (Mt 7,23).
·
Por em prática a Palavra (Mt 7,24).
As orientações nas Bem-aventuranças
parecem intermináveis: dar esmola (Mt 6,1-5),
orar (Mt 6,5-6) e jejuar em segredo (Mt 6 16-19); ajuntar tesouro que pode ir para o céu (Mt 6,19-21), pois pelos bons frutos se conhece a
árvore (Mt 7,20); abandonar-se à
Providência (Mt 6,25-34)...
É
necessário reconhecer que não se pode servir a dois senhores: Deus e o dinheiro
(Mt 6,24); que poucos encontram o Caminho
Estreito (Mt 7,13-14); ser luz para as
trevas não o alcançar (Mt 6,22-23).; não
profanar coisas santas (Mt 7,6); além de
saber que: se pedir será dado; se buscar vai achar; se bater, a porta se
abrirá; pois o Pai do Céu dará coisas boas aos que pedem (Mt 7,7-11).
A
maior herança que deixada foi a Oração Universal: o Pai-Nosso. Entre as 7 (sete)
petições, se encontra o pedido de perdão e ainda afirma que se pratique, como
uma promessa. As súplicas no final da oração, sendo atendidas, não carecem de
perdão, pois não cai em tentação, e ainda é livrado do mal (Mt 6,7-15). Incontestável “seja feita a tua vontade” (Mt 6,10). Uma poderosa Oração em total consonância
com o Pai. Mas, não é bem assim. É necessário que “ponhas tua alegria em Iahweh e ele realizará os desejos do teu coração” (Sl 34,4).
2.
Jesus na Remissão dos nossos Pecados
Jesus
anunciou sua Paixão três vezes (Mt 16,21; 17,22;
e 20,17) ciente que “ia ser açoitado, escarnecido e crucificado, mas no
terceiro dia ressuscitado” (Mt 20,17). “No
Getsêmani Ele se entristeceu e se angustiou e em
seguida foi entregue aos pecadores” (Mt
26,36-44). Quando foi preso Ele perguntou a Pedro: “Deixarei
eu de beber o cálice que o Pai me deu” (Jo
18,11)? “Na cruz perdoou o bom ladrão, garantindo-lhe que naquele dia ele
estaria com Ele no Paraíso” e fez o último pedido ao Pai: “Pai, perdoa-lhes:
não sabem o que fazem” (Lc 23,33-43).
“Mentira
nenhuma foi encontrada na sua boca. Quando injuriado não revidava. Ao sofrer,
não ameaçava, antes punha a sua causa nas mãos d’Aquele que julga com justiça.
Sobre o madeiro levou nossos pecados em seu próprio corpo, a fim de que mortos
para os nossos pecados, vivêssemos para a justiça. Por suas feridas fostes
curados, pois estáveis desgarrados como ovelhas, mas agora, retornastes ao
Pastor e guarda de vossas almas” (1Pd 2,22-25).
Jesus veio dar
pleno cumprimento a Lei do Pai (Mt 5,17) .
3.
Número de vezes que se deve perdoar
No
Discurso Eclesiástico, com o título Perdão das Ofensas em Mateus, Pedro
pergunta a Jesus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar ao irmão que pecar contra
mim? Até 7 vezes? Jesus
respondeu-lhe: Não te digo 7, mas
até 77 vezes” (Mt 18,21). Na maioria das Bíblias, veja quadro abaixo, diz: 70 x 7 implica numa quantidade grande,
praticamente incontável, ou seja, o perdão é infinito.
Com
a Parábola do devedor implacável (Mt 18,23-34),
Jesus encerrou a explicação sobre o perdão: um homem quer e recebe o perdão,
mas não foi capaz de perdoar e por isso foi entregue aos verdugos.
4.
Correção Fraterna
Em
Mateus (Mt 18,1l5-18). Jesus fala em correção, e se não tiver o
entendimento: buscar 2 (duas) testemunhas e ir até a Igreja se for o caso
Depois de tudo isto continuar em pecado será considerado um pagão e até
ex-comungado. Mas é preciso agir com prudência no amor e na misericórdia, proceder
como o pastor em busca da ovelha perdida (Mt
18,11-14). É preciso se ter consciência que pecam também aqueles que
aplaudem. (Cf. Rm 1,32).
Em
Lucas diz Jesus: “Se teu irmão pecar repreende-o, e se ele se arrepender,
perdoa-lhe e caso peque contra ti 7
vezes por dia e 7 vezes retornar,
dizendo: Eu estou arrependido, tu lhe perdoarás” (Lc
17,3b-4). Portanto para 7
pecados, 7 arrependimentos, 7 perdões, mostra uma proporcionalidade
aplicável a qualquer número. A atitude do discípulo (Lc
17,1-10) é desinteressada, mas voltada ao serviço de Deus, na correção
e no perdão.
5.
Quadro do número de vezes que se deve perdoar
O
quadro abaixo especifica as citações de diversas Bíblias, registrados por
Mateus e Lucas. A Ecumênica só tem o NT. C = Católica; P = Protestante
Bíblia Sagrada Identificação |
AT Gn 4,15.24 |
NT Mt Lc 18,21-22 17,3 |
||||
|
C |
P |
Caim |
Lamec |
Mt |
Lc |
Jerusalém (Paulus) |
S |
|
7 |
77 |
77 |
7 |
Ave Maria (Claritiana) |
S |
|
7 |
77 |
70 x 7 |
7 |
CNBB (Canção Nova) |
S |
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7 |
77 |
70 x 7 |
7 |
Ecumênica (Loyola) |
– |
– |
– |
– |
70 x 7 |
7 |
Fonte de Bênçãos |
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S |
7 |
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Linguagem de Hoje (Pailinas) |
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Pastoral (Paulus |
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Paulinas |
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Paulinas set/2005 |
S |
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7 |
77 |
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Tempo Maltese |
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70 x 7 |
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Nova Versão Internacional |
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Vozes (Vozes) |
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Legendas Bíblias: c=Católica
e=Evangélica
6.
Recomendações de Jesus
"Jesus
acrescentou: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores
rejeitaram tornou-se a pedra angular (Sl 117,22)’;
pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos; (Mt 21, 42)".
Jesus
disse: “Assume logo uma atitude conciliadora com o teu adversário enquanto
estás com ele no caminho.” (MT 5,25).
Assim
falou Ele em Oração com o Pai: “Quando eu estava com eles, guardava-os em teu
nome que me deste; guardei-os e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da
perdição, para que cumprir-se a Escritura (Jo
17,12).
Ele
confirmou quando disse: “O Filho do homem veio procurar e salvar o que estava
perdido” (Lc 19,10). E foi por causa dos
pecados que Jesus se aproximou dos pecadores: “Com efeito, eu não vim chamar os
justos, mas pecadores.” (Mt 9,13). Para
Jesus “quem comete o pecado, é escravo” (Jo
8,34). Descreve que nas palavras de Jesus: veio manifestar as obras de
Deus; não veio julgar; e pelo amor ao mundo, pelo seu Pai, Ele, Seu Filho,
seria entregue para que todos tivessem a vida eterna (Cf. Jo 3,1-21).
O
caminho para se afastar do pecado e consequentemente do arrependimento é termos
a vida em Cristo. O pedido de perdão vem do arrependimento e da reconciliação,
levando à Conversão. Cada vez que Jesus diz: “Arrependei-vos e crede no
Evangelho (Mc 1,15)” é um chamado a Conversão. “Se alguém quer vir a
mim, renuncie si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. (Lc 9,23) é também um chamado.
Vivendo
em Cristo, naturalmente há uma mudança em atitudes onde faculta: Jejum, Oração,
Misericórdia, Leitura das Escrituras e a busca incessante do Espírito Santo. Deve-se
os deixar ser conduzido pelo Espírito, pois o fruto do Espírito é amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, autodomínio.
Contra estas coisas não há lei (Gl 5,16).
Fortalece a fé em Deus e o amor ao próximo. Como novas criaturas efetiva-se a
herança do Reino.
O
próprio Jesus nos ensinou ainda em vida: Seja aquele que serve. O “Filho do
homem não veio para ser servido. Mas, para servir e dar sua vida como resgate
em muitos” (Mt 20,25).
Deve-se
amar uns aos outros. Deus é amor. Aquele que permanece no amor permanece em
Deus e Deus permanece n’Ele (1Jo 4,7).
Fazer louvor a
Deus e a tudo dar graças em nome de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef5,19).
Não
se deve permanecer no pecado, pois todos os batizados em Cristo Jesus, na sua
morte será ressuscitado e para viver uma vida nova. “Ter fé que também
viveremos com Ele. Uma vez vivendo n’Ele viveremos em Deus e estaremos sob a
graça” ( Rm
6,1-14).
Busque
a misericórdia de Deus renovando a morte para fazer o que é agradável a Deus,
pois todos são um, formando o corpo em Cristo. Use o dom proporcional à sua fé:
quer para a profecia, serviço ou misericórdia. Sede diligente, alegre na
esperança, e persevere na tribulação. Abençoe até os que lhe persegue. Viva a
paz em tudo que depende de você. Não pague o mal com o mal. A Deus pertence a
vingança. Ele é quem distribui (Rm 12,1-21).
“O crente a serviço da Justiça” (Cf. Rm 6,15-23).
O homem se torna livre do pecado, tendo fruto para a santificação e obviamente
a vida Eterna.
Ocupe-se
com tudo que é verdadeiro, nobre, puro, amável, honroso, virtuoso, ou qualquer
modo que mereça louvor (Fl 4,8)
Primado
de Cristo e Participação dos Colossenses na salvação (Cl 1, 15-23).
“Só Cristo é o verdadeiro Chefe dos homens e dos anjos” (Cf. Cl 2,9-15).
Estavam mortos pelas faltas, mas em Cristo foram vivificados com o perdão.
Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tem motivo
de queixas contra o outro, como o Senhor vos perdoou, assim também fazei vós (Cl
3,12).
“Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus; não
vem das obras para que ninguém se encha de orgulho” (Ef
2,8-9). Mas agora, em Cristo Jesus, vós que outrora estáveis longe, fostes
trazidos para perto pelo sangue de Cristo.
Para que haja
o arrependimento, é necessária uma mudança de vida, que Deus nos dê um novo
coração. Dar-vos-ei coração
novo, porei no vosso íntimo espírito novo, tirarei do vosso peito o coração de
pedra e vos darei coração de carne (Ez 36,26).
“É com
suavidade que devemos educar os nossos opositores, na expectativa de que Deus
lhes dará não só a conversão para o conhecimento da verdade, mas também o
retorno a sensatez, libertando-os do laço do diabo, que os tinha cativados de
sua vontade (2Tm 2,25)”.
Salmo
86 –Súplica na provação, trata-se de um pedido de socorro em hora de aflição.
Uma oração.
“Finalmente,
sedes todos unânimes, compassivos, cheios de amor fraterno, misericordiosos e humildes
de Espírito. Não pagueis mal por mal, nem injúria por injúria; ao contrário,
bendizei, porque para isto fostes chamados, isto é, para serdes herdeiros da
benção”. (1Pd 3,8-9). “Acima de tudo, cultivai, com todo o ardor, o
amor mútuo porque o amor cobre uma multidão de pecado” (1Pd 4,8).
O
Pecado e o Espírito Santo
Para
Jesus não há perdão quando se trata do Espírito Santo. Eis Sua declaração:
“todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, mas contra o Espírito não
será perdoada. Se alguém disser uma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á
perdoado, mas se disser contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem
nesta era, nem na outra” (Mt 12,31-32).
Este pecado, não é perdoado porque é a negação de Deus em sua essência. É o
único pecado que não foi perdoado.
“O
homem tem desculpas quando se engana a respeito da dignidade divina de Jesus,
oculta sob suas aparências humildes de Filho do Homem; mas não se dá o mesmo
quando fecha os olhos e o coração às obras notáveis do Espírito Santo.
Negando-as rejeita a oferta suprema que Deus lhe faz e se exclui da salvação” (Bíblia:
página 1725 no rodapé).
Outras
declarações
1 –
Citações
“Só
Cristo é o verdadeiro Chefe dos homens e dos anjos” (Cf. Cl 2,9-15).
Estavam mortos pelas faltas, mas em Cristo foram vivificados com o perdão.
“O
crente a serviço da Justiça” (Cf. Rm 6,15-23)
o homem se torna livre do pecado, tendo fruto para a santificação e obviamente
a vida Eterna.
“Pela
graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus; não
vem das obras para que ninguém se encha de orgulho” (Ef
2,8-9). Mas agora, em Cristo Jesus, vós que outrora estáveis longe, fostes
trazidos para perto pelo sangue de Cristo.
“É com
suavidade que devemos educar os nossos opositores, na expectativa de que Deus
lhes dará não só a conversão para o conhecimento da verdade, mas também o
retorno a sensatez, libertando-os do laço do diabo, que os tinha cativados de
sua vontade (2Tm 2,25)”.
Leiam
o Salmo 86 – Súplica na provação – trata-se de um pedido de socorro em
hora de aflição. Uma linda oração.
Suportando-vos
uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tem motivo de queixas
contra o outro, como o Senhor vos perdoou, assim também fazei vós (Cl
3,12).
“Finalmente,
sedes todos unânimes, compassivos, cheios de amor fraterno, misericordiosos e
humildes de Espírito. Não pagueis mal por mal, nem injúria por injúria; ao
contrário, bendizei, porque para isto fostes chamados, isto é, para serdes
herdeiros da benção”. (1Pd 3,8-9).
“Acima
de tudo, cultivai, com todo o ardor, o amor mútuo porque o amor cobre uma
multidão de pecado” (1Pd 4,8).
2 – A falta de perdão
Destaque para quem
não perdoa...:
Não
pode orar em plenitude (Mc 11,25).
Não pode adorar
por causa do ressentimento (Mt 5,23).
Não recebe perdão (Mt 6,15; Mc 11,26).
Não tem paz (Mt
18,34).
Não tem saúde porque não há cura. (Tg 5,14).
Não tem vitória (2Cr 2,10).
Não é digno da misericórdia de Deus (Mt 18, 21-35).
Não tem conversão por não se tornar um
homem novo (Jo 3,1-21)-
Não tem liberdade, continua escravo do
pecado (Rm 6,16-17).
Conclusão
No trabalho é
citado personagens individuais e situações de perdão coletivo. Será que o
perdão só aconteceu uma vez? João responde nossa pergunta dizendo: “Muitas
coisas, Jesus fez e não foram escritas” (Jo
21,25). Portanto, muitos perdões, ensinamentos e milagres deixaram de ser
contados.
Quanto a
quantidade de vezes que se deve perdoar na verdade, nem 7, nem 77, nem 70 x 7.
O perdão será proporcional ao número de pecados correspondentes ao
arrependimento. Ou seja, é ilimitado. Conforme a matemática é ilimitado, é o número infinito, ou seja: sempre.
“Deus agora
notifica aos homens que todos e em toda parte se arrependam” (At 17,30).
Portanto, o arrependimento para a conversão é fundamental para a Salvação.
Quanto à
dualidade perdão e vingança não há espaço para a segunda. A misericórdia
prevalece junto com a correção dos atos e produção de bons frutos. O perdão é
incitado em diversas passagens. Jesus pagou na cruz pelos nossos pecados.
Quanto a
sequência pecado, arrependimento, Reino dos Céus é o caminho indicado por João
Batista e Jesus. Mas não é o preferido, nem o melhor, haja visto tantos
ensinamentos que nos livra do pecado, foram dados por Deus Pai, pelo Precursor
e por Deus encarnado.
Deus fala com
todos. Às vezes não se escuta. Precisa trabalhar a escuta, a aprendizagem, para
que haja o perdão. E sempre um novo perdão. E assim sucessivamente, diante da
imperfeição.
Disse Deus: “Não
terás no teu coração ódio pelo teu irmão. Deves repreender o teu compatriota, e
assim, não terá culpa do pecado. Não te vingarás, não guardarás rancor contra
os filhos do teu povo. Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou Iahweh” (Lv 19,17)
Disse Jesus: “Amai-vos
como eu vos ameis... (Jo 15,12). “Sede
perfeito como perfeito é vosso Pai” (Mt 5,48).
Finalizando
com uma declaração de Deus feita a todos nós por meio de Jeremias:
Eu
sou Iahweh que pratico o amor, o direito e a justiça
na terra
porque
é disso que eu gosto (Jr 9,23).
Bibliografia
Bíblias:
Jerusalém
Ave Maria
CNBB
Ecumênica
Paulinas
Pastoral
Vozes
O Sábado
Introdução:
Desde os primórdios que o Sábado era o dia do
descanso. Nos tempos de Jesus, também. Era o dia destinado a Deus.
Em Mateus 5,17-19 disse Jesus: “Não penseis que vim
revogar a Lei ou os profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno
cumprimento...”. Em outra ocasião foi dito por Ele em Mateus 10,34: “Não
penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas sim a
espada...” estando ciente “de que os
inimigos dos homens eram seus próprios familiares” (Cf. Mt 10,36).
Jesus
“violava” o sábado em prol da misericórdia de todos e justificou isso diante de
várias passagens. Algumas aqui transcritas da Bíblia de Jerusalém.
O objetivo do trabalho, basicamente, é transcrever
as passagens que fazem referências aos sábados pelos quatro Evangelistas
mostrando como os sábados eram utilizados por Jesus diante daquela cultura nos
tempos messiânicos. Destaca em algumas passagens o que Jesus diz sobre os
Sábados e no final mostra as passagens da glória de Jesus no Domingo.
Poder da Igreja
Jesus entregou a Pedro a sua
Igreja, quando disse que o que estivesse ligado no céu estaria ligado no céu,
assim também que o que estiver desligado, também será desligado no céu (Mt 16,18-19).
Também permitiu que a Igreja
fosse um “juiz” do irmão pecador descritos na Correção Fraterna (Mt 18,17018).
Além do mais, “Se alguém está
com Cristo é nova criatura” (2Cor 5,17); o que favorece as novas
‘mudanças’.
Afinal chegou o ‘Dia do
Senhor’, porque “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra
angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha aos nossos olhos.” (Mt 21, 42). A Pedra Angular é Jesus.
Ademais Cristo é a cabeça da Igreja porque a mesma é
o seu corpo (1Cl 1,18; 1Cor 12,12-30). “Vos todos sois filhos de Deus pela fé em
Cristo Jesus” (Gl 3,26-29). E Jesus falou
sobre o Pai: “E a vontade do que me enviou é esta: que eu não perca nada do que
ele me deu; mas o ressuscite no último dia” (Jo
6,39).
Sábado
antes dos tempos de Cristo
Deus criou o mundo em 6 (seis) dias e no 7º
descansou (Gn 2,1-3).
O sábado é o dia do descanso e não se deve realizar
obras (Ex 16,23; 20,8-11; 31,12-17; 34,21; 35,3; Lv
23,3; 24,8; Dt 5,12-15). A oferta é realizada
no dia de sábado (Nm 28,9-10). O respeito
ao Sábado é fundamental (Is 56,3-7; 58,13-14). É
preciso fazer observância do sábado (Jr 17,19-27). O Sábado é o sinal de Deus (Ez 20:20). E Iahweh reclama
da profanação neste dia (Ez 22,8).
Sábado
depois da Ressurreição de Cristo
Paulo se reuniu por 3 sábados
(At 17,1-2) para falar de Jesus. “...todos os sábados discorria na
sinagoga persuadindo tanto judeus como gregos” (At 18,4).
Jesus ia à
Sinagoga aos Sábados
“Jesus foi a Nazara, onde
foi criado, e, segundo seu costume, entrou em dia de sábado na sinagoga e
levantou-se para fazer a leitura. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías;
desenrolou-o e encontrando o lugar onde está escrito: O Espírito do Senhor está
sobre mim, porque ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres,
enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da
vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de
graça do Senhor.” (Lc 4,16-30).
Considerações
Gerais sobre o Sábado segundo Jesus
As espigas arrancadas (Mt
12,1-8; Mc 2,23-28) – “Por esse tempo, Jesus passou, num sábado, pelas
plantações. Os seus discípulos, que estavam com fome, puseram-se a arrancá-las
e a comê-las. Os fariseus, vendo isso, disseram: Olha só! Os teus discípulos a
fazerem o que não é lícito fazer num sábado. Mas ele respondeu-lhes: Não lestes
o que fez Davi e seus companheiros quando tiveram fome? Como entraram na Casa
de Deus e comeram o pão da proposição, que não era lícito comer, nem a ele, nem
aos que estavam com ele, mas exclusivamente aos sacerdotes? Ou não lestes na
Lei que com os deveres sabáticos os sacerdotes no Templo violam o sábado e
ficam sem culpa? Digo-vos aqui está algo maior do que o Templo. “Se
soubesses o que significa: Misericórdia é o que eu quero e não sacrifício, não
condenaríeis os que não têm culpa. Pois, o Filho do Homem é o Senhor do
sábado” (Mt 12,1-8). O sábado não
suprimia, antes aumentava as atividades dos ministros do culto (Pág 1724). Marcos 2,27 completou a ideia: “... o
sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado.”
“Moisés vos deu a circuncisão (Jo 7,22-24) – não que ela venha de Moisés, mas dos
patriarcas – vós a praticais em dia de sábado. Se um homem é circuncidado em
dia de sábado, para que não se transgrida a Lei de Moisés, por que vos
irais contra mim, por ter curado um homem todo no sábado? Não julgueis pela
aparência, mas conforme a justiça.”
Passagens
Bíblicas das curas inclusive no Sábado
Cura de um homem com a
mão atrofiada (Mt 12, 9-14; Mc 3,1-6; Lc6,6-11)
– “Partindo dali (das espigas arrancadas), entrou na sinagoga deles. Ora, ali
estava um homem com a mão atrofiada. Então perguntaram-lhe, a fim de acusá-lo:
É licito curar nos sábados? Jesus respondeu: Quem haverá dentre vós que, tendo
uma só ovelha e caindo numa cova em dia de sábado, não vai apanhá-la e tirá-la
dali? Ora, um homem vale mais do que uma ovelha! Logo, é lícito fazer o bem
aos sábados. Em seguida, disse ao homem: Estende a mão. Ele estendeu e ela
ficou sã, como a outra.” (Mt 12,9-14). A
mão era ‘seca’. Marcos ainda acrescenta estas perguntas: “É permitido no
sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar vidas ou matar? (Mc 3,4)
Cura endemoninhado cego
e mudo (Mt 12, 22-32) – “Jesus se afastou
dali (da sinagoga). Muitos o seguiram, e ele os curou a todos,” inclusive
o “endemoninhado cego e mudo.” Dizem que ele expulsa os demônios em pelo
príncipe dos demônios, o Beelzebu. Jesus fala em
divisão de Reino, perdão e sobre o pecado contra o Espírito Santo.
Jesus ensina em Carfanaum e cura um endemoninhado (Cf
Mc 1,21-28) – “Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado foram à
sinagoga... Na ocasião, estava um homem possuído de um espírito impuro que
gritava, dizendo: Que queres de nós Jesus Nazareno?... Jesus o conjurou severamente...
O espírito sacudio-o violentamente e soltando grande
grito, deixou-o... Até mesmo aos impuros, Jesus dava ordens...”.
Cura na casa de Pedro –
“E logo ao sair da sinagoga, foi à casa de Simão Pedro e André, com Tiago e
João. A sogra de Simão estava de cama e com febre e eles imediatamente
mencionaram a Jesus. Aproximand0-se, ele a tomou pela mão e a fez levantar-se.
A febre a deixou e ela se pôs a servi-los.” (Mc 1,29-31).
Cura melhor encurvada em dia se sábado (Lc 13,10-17) – “Ora, Ele estava ensinando numa das
sinagogas aos sábados. Eis que se encontrava lá uma mulher possuída havia
dezoito anos por um espírito que a tornava enferma; estava inteiramente
recurvada, e não podia de modo algum endireitar-se. Vendo-a Jesus chamou-a e
disse: Mulher, estás livre de tua doença, e lhe impôs as mãos. No mesmo
instante, ela se endireitou e glorificava a Deus. O chefe da sinagoga, porém,
ficou indignado por Jesus ter feito uma cura no sábado e, tomando a palavra e
disse à multidão: Há seis dias nos quais se deve trabalhar; portanto, vinde
nesses dias para serdes curados e não no dia de sábado! O Senhor, porém,
replicou: “Hipócritas! Cada um de vós, no sábado, não solta seu boi ou seu
asno do estábulo para levá-lo a beber?” E esta filha de Abraão que Satanás prendeu
há dezoito anos não convinha soltá-la no dia de sábado? Ao falar assim,
todos os adversários ficavam envergonhados, enquanto a multidão inteira com
todas as maravilhas que ele realizava.” Jesus é libertação.
Cura de enfermo na piscina de Betsaida (Jo 5,1-18) – “Ora, esse dia era sábado. Os
judeus, por isso, disseram ao homem curado: É sábado e não te é permitido
carregar o leito. Ele respondeu: Aquele que me curou, disse toma teu leito e
anda! Queriam saber quem dissera isso, mas Jesus desaparecera do lado da
Piscina de Betesaida. No Templo, Jesus disse a quem
havia curado: Eis que estás curado; não peques mais, para que não te suceda
algo ainda pior!”.
Cura de um hidrópico em
dia de sábado (Lc 14, 1-6) – “Certo
sábado, Ele entrou na casa de um dos chefes dos fariseus para tomar uma
refeição, e eles o espiavam. Eis que um hidrópico estava ali, diante dele.
Tomando a palavra, Jesus disse aos legistas e fariseus: É lícito ou não
curar no sábado? Eles, porem, ficaram calados. Tomou-o então, curou-o e
despediu-o. Depois perguntou-lhes: Qual de vós, se seu filho ou seu boi cai
num poço, não o retira imediatamente em dia de sábado? Diante disso nada
puderam replicar.” (Lc 14,1).
Cura de um cego de nascença (Cf. Jo 9,1-14) – “Ora, era sábado o dia que
Jesus fizera lama e lhe abrira os olhos, do cego de nascença, e o enviara a
piscina de Siloé, para completar a cura. Nem ele nem seus pais pecaram segundo
Jesus. Os fariseus queriam saber como ele recuperara a visão.”
Reações dos
homens diante de Jesus:
“Após a Leitura do texto na sinagoga onde se
cumpria a todos os ouvidos a referida passagem da Escritura, inicia-se a cisão.
Uns testemunhavam a seu respeito, e admiravam-se das palavras cheias de
graça que saíam de sua boca. Outros duvidavam por ser filho do carpinteiro
José. E outros se enfureceram, o expulsaram da cidade e o conduziram até o cimo
da colina, a qual a cidade estava construída com a intenção de precipitá-lo de
lá. Ele, porém, passando pelo meio deles, seguiu seu caminho...” (Cf Lc 4,20-30).
“Jesus desceu então a Cafarnaum, cidade da
Galileia, e ensinava-os aos sábados. Eles ficavam pasmados com seu ensinamento,
porque falava com autoridade” (Lc 4,31-32) “e
não como os seus escribas. Jesus os deixava extasiados.” (Cf Mt 7,28-29).
Ensinava com autoridade (Mc 1,21; Mc 6,1-6; Lc 4,31). Perguntavam sobre sua sabedoria e sobre os
milagres realizados pelas suas mãos. Fez diversas curas – “Ao entardecer,
quando o sol se pôs, trouxeram-lhes todos que estavam enfermos e
endemoninhados. E ele curou muitos doentes de diversas enfermidades e expulsou
muitos demônios,” (Mc 1,32-34) “a fim de se cumprir o que foi dito
pelo profeta Isaías: Tomou nossas enfermidades e carregou nossas doenças.”
(Mt 8,17) Impondo as mãos sobre cada
doente atingido de males diversos Jesus os curava. (Cf. Lc 4,40)
Diante das perguntas de Jesus, normalmente os
homens que discordavam das curas realizadas por Ele, “nos sábados, se calavam”.
(Cf. Lc 14,6) Mas de um modo geral “já
tramavam contra Ele, como acabariam com Ele”. (Cf. Mt
12,14)
“Quando Jesus curou o cego de nascença com lama
completando com banho na piscina, os fariseus diziam que Jesus não era de Deus
porque não guardava o sábado. Outros se perguntavam: Como um homem pecador pode
realizar tais sinais? Havia sempre cisão entre eles.” (Cf. Jo 9,1-17).
Até “os guardas falavam: Jamais um homem falou
assim... E Nicodemos Perguntou: Acaso a nossa Lei condena alguém sem
primeiro ouvi-lo e saber o que ele fez?” (Cf. Jo
7,45-51).
“Por isso os judeus perseguiam Jesus: porque fazia
tais coisas no sábado. Mas Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora e
eu também trabalho. Caracterizando a realização de obras a toda hora. Então os
judeus, com mais empenho, procuravam matá-lo, pois além de violar o sábado, ele
dizia ser Deus seu próprio pai, fazendo-se, assim, igual a Deus” (Jo 5,15-18).
O Sábado e o Discurso Escatólogico:
A grande tribulação de
Jerusalém – Na ocasião disse Jesus: “Pedi que a vossa fuga não aconteça no
inverno ou num sábado. Pois naquele tempo haverá grande tribulação, tal com não
houve desde o princípio do mundo até agora, nem nunca tornará a haver jamais.” (Mt 24,20-21).
A morte de Jesus e o sábado:
A guarda do túmulo –
“Como era a Preparação, os Judeus, para que os corpos não ficassem na cruz
durante o sábado – porque esse sábado era o grande dia! – pediram a Pilatos que
quebrassem as pernas e fossem retirados.” (Jo
19,31). “O sábado começa a luzir quando sepultaram Jesus numa tumba
talhada na pedra.” (Cf. Lc 23,54).
O sepultamento – As mulheres, porém, que vieram da
Galileia com Jesus, seguiam José (de Arimateia);
observaram o túmulo, e como o corpo fora depositado. Em seguida, voltaram e
prepararam aromas e perfumes. E, no sábado observaram o repouso prescrito (Lc 23,55-56).
O túmulo vazio. A
mensagem do anjo – “Após o sábado, ao raiar do primeiro dia da semana, Maria
Madalena e a outra Maria vieram ver o sepulcro e viram que a pedra tinha sido
retirada.” (Mt 28,1; Mc 16,1-8; Lc 24,1-8; Jo 20,1-2).
Aparições de Jesus
ressuscitado (Mt 28,9-10; 16,1-8; 24,9-11; Jo 20,11-18) – Jesus aparece no primeiro dia depois
do sábado, ao nascer do sol, as mulheres; em João só a Maria Madalena.
A tarde do mesmo dia, o domingo, Ele aparece aos
discípulos, as postas estavam fechadas e deseja a Paz e sopra o Espírito Santo (Cf.
20,19-31).
A segunda aparição do Senhor aos discípulos (Cf.
Jo 20,26) não é num sábado, mas no Domingo, o
novo dia em que Tomé adora a Jesus como Deus.
O Domingo
No 1º dia os discípulos se reuniram para a
fração do pão (At 20,7). Isto é Eucaristia.
Paulo ordena
que as coletas sejam realizadas no primeiro dia da semana (1Cor
16,1-2). “No dia do Senhor (domingo), fui movido pelo Espírito…”
(Ap 1,10), disse João.
Conclusão:
“Deus concluiu sua obra
em seis dias e no sétimo descansou.” (Gn 2,2) “E
Iahweh disse a Moisés: Trabalhareis durante seis
dias, e farás a tua obra. O sétimo dia, porém, é o sábado de Iahweh, teu Deus.” (Ex 20,8-10). Foi o sábado
abençoado por Deus. (Gn 2,3).
Mas, foi no Domingo que Jesus ressuscitou. É
o Domingo que representa a vida eterna que foi dada por Jesus Cristo.
Jesus causou divisão entre as pessoas, porque nem
todos tiveram capacidade de enxergar Suas Obras e julgar pelo o que era justo.
Todos os dias, Jesus realizava as coisas que
agradam a Deus. Foram citados apenas casos especiais, mesmo assim de forma
generalizada. Muitas citadas são obras realizadas nos Sábados e como está
descrito “há, porém, muitas outras coisas que Jesus fez. Se fossem escritas
uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que se escreveria”
(Jo 21,25).
Fica para todas as pessoas: ter e dar amor ao outro
de acordo com o fruto que carrega no seu coração. Agradar a Deus qualquer hora,
qualquer dia, não faz de ninguém um pecador, porque eis a herança que nos foi
deixada por Jesus: a Caridade, a Fé e a Esperança em Deus. Como disse Jesus, “quando
quiserdes podes fazer o bem...” (Mc 14,7).
Jesus exemplificou o que pode ser feito no Dia de
Descanso dedicado a Deus com as curas e cuidados que lhe era peculiar.
O repouso sabático (agora no domingo) não tem valor
absoluto pelo que deve ceder à necessidade e à caridade, e mais, que Ele mesmo
tem poder de interpretar a Lei Mosaica. (Pág
1724).
O verdadeiro tesouro
“Amarás ao Senhor teu
Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito” (Mt37)
implica que “não podemos servir a dois senhores (Mt
6,24) (Deus e o dinheiro).
A Bíblia é contra Dinheiro
da iniquidade (Lc 16,9). Jesus recomenda o
dinheiro para pagar imposto (Lc19,20); Jesus paga imposto (Mt 17,24); nas Parábolas dos Talentos (Mt 25,14) e das Minas (Lc
19,11) os servos são punidos ou premiados de acordo como foi empregado o
dinheiro do seu senhor; e reconhece que as pessoas precisam calcular suas
despesas e ponderar se pode pagar o que vai fazer (Lc
14,28).
É notório que o dinheiro ajuda muito, traz
confortos substanciais principalmente em relação à saúde e favorece
fundamentalmente nas oportunidades do crescimento com estudos, desenvolvimento,
pode socorrer alguém, de certa forma dá segurança, etc. É por isso que Jesus
declara a necessidade de “não ajuntar tesouros na terra... pois, onde está o
tesouro está também o coração” (Mt 6,19).
Na Parábola do Devedor Implacável (Mt 18,23)
Jesus mostra um caso onde faltou tesouro no coração.
Jesus destaca o perigo das riquezas (Mc 10,23)
porque exige desprendimento. O Rico Notável seguiu cheio de tristeza (Mt 19,16) para não se desfazer dos seus tesouros. E a
Salvação entrou na casa de Zaqueu (Lc 19) porque
ele arrependido decidiu pagar o quádruplo a quem ele desfraldou e se comprometeu
ajudar os pobres.
Jesus disse aos discípulos que nem levassem
dinheiro na missão de ensinar (Mc 6,6). Eram outros tempos e Ele
tinha certeza de que eles não iam precisar.
Hoje seria necessário, pois o dinheiro foi criado
para ser um meio de trocas. Mas a linha deste texto não é o dinheiro em si, o
que proporciona, nem a necessidade de tê-lo, nem se é bom. Na coluna do que não
se pode comprar não importa riqueza, condição financeira, tipo de compra. São
tesouros que só a alma pode vivenciar.
A dicotomia sobre o que o dinheiro pode comprar ou
não leva a uma reflexão se o mesmo traz felicidade ou não, entre outras coisas.
É na análise da lista abaixo que você se apropria da seleção entre os tesouros
da terra e os tesouros do céu.
COMPRA |
NÃO COMPRA |
Bíblia |
Deus /o
viver conforme a Palavra. |
Relógio |
O tempo * |
Inseminação
artificial / Clones |
A vida |
Criança |
Filho |
Rejuvenescimento
e corpo bem feito |
A idade
/a vida eterna |
Médicos /
Remédios / Sangue / Plano de saúde caros e bons |
A saúde
/ cura / o amor na forma de cuidar / a vida |
Construções
caras e belas |
A beleza
da natureza e seus fenômenos que são dados por Deus |
Equipamentos
de geração para mídia |
A
mensagem confortadora de uma pessoa amiga, que vem emanada por Deus trazendo:
Fé, Esperança e Amor. |
Armas e Construção
de Fortes |
A fortaleza
de Deus |
Casa |
O lar* |
Conforto
Físico |
A
segurança das intempéries da vida. |
Jóias |
A beleza
natural |
Vestimentas/Maquinas
específicas |
Calor/frio
natural |
Comida e
Bebida |
O apetite
/ a satisfação em se alimentar / a saciedade |
Cama boa |
O sono/o
descanso/os sonhos * |
Aliança |
O
casamento abençoado por Deus * |
Flores |
A
primavera/o cheiro natural emanado delas por Deus. |
Luxo/Festas/Presentes |
A paz/a felicidade
/a alegria / o amor / a solução da solidão interior / o sentido da vida. |
Livros /Professores
/Escolas |
A cultura,
a sabedoria e a arte de pensar. |
Instrução |
A
sagacidade para os Dons do Espírito Santo (Sabedoria, Inteligência, Conselho,
Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor a Deus). |
Diploma |
Aprendizagem
/ Conhecimento |
Falso
Testemunho Informações / Notícias / Silêncio |
A verdade
dos fatos / o sentimento interior. |
Opinião |
Os
valores e conselhos dimanados por Deus |
Liberdade |
A tranquilidade
da consciência |
Posição e Status |
A classe /
o respeito * |
Sexo/Prazer |
O amor * |
Pessoas |
A amizade/o respeito
/ o amor |
Empregados |
A fidelidade
do servir com amor |
Adeptos a
uma Religião / Doutrina / Torcida |
As ovelhas
com as Virtudes cardeais: Prudência,
Justiça, Fortaleza e Temperança |
Um Orientador
Espiritual |
A fé
/ o temor de Deus |
Carteira |
Dinheiro |
Amuletos |
Desígnios
da graça de Deus |
Instrumento
Musical |
Habilidade
de tocar (dom) |
* Não conheço a autoria
Jesus destaca como formas de ajuntar tesouro aos
céus o seguinte: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede,
acolher forasteiros, vestir nus, visitar enfermeiros e presos (Mt 25,31). Ao cumprir uma das passagens do Sermão da
Montanha, Mateus 5,6,7 acumularemos bons tesouros!
Diante do exposto, vale ressaltar que é evidente que
mesmo com dinheiro não se compra tudo que quer, daí a necessidade de se
acreditar em Deus. A Sua paz preenche o vazio do que o não é capaz de comprar.
A vertente do dinheiro que muitas coisas que não se
compra, podem ser adquiridas sem que haja necessidade de dinheiro. São os
tesouros inerentes à conduta humana, provindas de Deus, que estão diante de
suas possibilidades como, por exemplo, vivenciar Deus, deitar no travesseiro
com consciência tranquila, amor, fé... Portanto, tanto nas dificuldades da
pobreza quanto no excesso da riqueza as pessoas podem, de acordo com a sua
natureza, produzir frutos e acumular tesouros que as traças não comam... Quando
o dinheiro é bem empregado, seja do rico ou do pobre, ele também pode ser
considerado um tesouro.
Algumas coisas afetam às pessoas não importa o
valor dos seus bens: a doença, a morte, a injustiça, entre tantas outras. Serão
superadas pela oportunidade de viver uma vida consolada pelo Amor de Deus,
muito embora, é claro, a dor jamais seja esquecida.
Deus permite muita coisa pela liberdade que dá ao
homem de fazer suas escolhas. Resta ao que crer n’Ele, se entregar às Suas
benesses pelas orações.
Ele não vai
mudar os fatos ocorridos, mas pode tornar o final vitorioso com muitas
compensações e muitas graças.
É certo que “mesmo na abundância a vida do homem
não é assegurada por seus bens”.
Como diz Paulo: “Alegrai-vos sempre, orar sem
cessar. Por tudo dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em
Jesus Cristo” (1Tess 5,18); na certeza da presença de Deus
eternamente conforme as palavras de Jesus como é citado na Bíblia: “E eis que
eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” (Mt 28,20).
Três na Criação e no Mundo
A Santíssima Trindade
A Santíssima Trindade é
formada do Pai, do Filho e do Espírito Santo e eles são inseparáveis. Então, Ela é Trina, Una, Santa e por
não ter começo nem fim é Eterna. Por vir do Céu, é Celestial.
Na Santidade há vários atributos que nunca serão atribuídos ao homem como
a perfeição e a pureza.
A Trindade é
consubstancial porque são três
pessoas Divinas em um só Deus. “Cada uma das três pessoas é esta realidade,
isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804). A primeira pessoa é o Pai,
a segunda é o Filho e a terceira é o Espírito Santo. A Trindade constitui uma
verdade de Fé, um Mistério a ser vivido.
Sobre as Três Pessoas
há muitas referências relacionadas às Suas ações: “o Pai gera o Filho, o Filho
é gerado pelo Pai, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho.” (CCIC, 48). Assunto discutido no Concílio. O Pai planejou a Salvação, o Filho executou e o Espírito Santo aplica a
obra da Redenção. Na mesma linha de pensamento: Deus criou, Jesus salva e
julga, e o Espírito anima a vida. Do mesmo modo: Deus cria, Jesus ora e o
Espírito Santo vem. Assim se institui a ação da Trindade Santa em cada ser
humano.
Apesar
da Trindade ser Una há uma “hierarquia” onde Deus está acima de todos porque
Jesus Cristo ao se tornar homem, “abriu mão de Sua Santidade” em proveito
próprio, e assumiu a condição de servo: “o servo não é maior do que o seu
senhor, nem o enviado maior do que quem o enviou” (Jo 13,16); “Porque o Pai é maior do que Eu” (Jo 14,28); “Eu sou aquele que serve” (Cf. Lc 22,27); “o Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar sua vida pelo resgate de muitos.” (Mt 20,28). E conforme Deus já anunciara: “Eis o meu
Servo, a quem escolhi, o meu Amado...” (Mt
12,18).
Por
fim, Jesus ressaltou a Sabedoria Suprema, falando do Plano Divino dos finais do
tempo quando afirmou: “daquele dia e da hora, só o Pai sabe. Nem os anjos nem o
Filho têm este conhecimento.” (Cf. Mt 24,36).
Posteriormente Paulo professou: “Há
um só Corpo e um só Espírito... Há
um só Senhor, uma só fé, um só batismo.
Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, por meio de todos e em
todos” (Ef 4,5-6).
Três
em Um
O homem na sua racionalidade fica, muitas vezes,
tentando justificar as coisas de modo “lógico” para mostrar a existência da
Trindade Santa em tudo que há 3 (três), inclusive na natureza. Neste pensamento
associa as coisas relacionadas ao número 12 (doze) por ser múltiplo de 3(três) e
porque 1+2=3.
A descoberta de que Deus está presente em muitos “3
em 1” (três em um), além da Santíssima Trindade, atiçou a curiosidade de ir em
busca dos mesmos, formar esta narrativa e finalmente, compartilhar o conteúdo
identificado. Nessa busca está relacionada na maioria das vezes na Bíblia
Jerusalém. Não há intenção em mostrar estudos sobre Trindade e relacionados. Há
muito material existente, por pessoas estudiosas no assunto.
Terminologia: Unidade x
Trindade
A terminologia Unidade aparece em muitas passagens
Bíblicas. Na maioria das vezes embutida nos vocábulos: um, unido, reunidos,
comunhão, unânimes, todos. O termo Trindade não aparece nenhuma vez.
Na humanidade, unidade não tem só o sentido de
igualdade. Significa que todos devem ter o mesmo propósito mesmo nas
adversidades, mantendo a união. Por isso Jesus propôs para todos a busca da
perfeição, a oração, o amor ao próximo, a crença n’Ele mesmo e no Pai, ter fé,
perdoar, servir, louvar, agradecer...
O termo Trindade dentro da religião é utilizado
para designar a Unidade de Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo. No Concílio
de Nicéia, no ano 325 a Santíssima Trindade tornou-se Dogma da Igreja Católica.
Mesmo com a terminologia Trindade não estando
presente na Bíblia, ela pode ser aplicada porque essa Trindade ou Triunidade
está fundamentada nas Escrituras que mostra:
O Pai, o Filho e o Espírito Santo; a origem, a manifestação visual, a ação de
Deus no coração, de cada um, respectivamente.
A Unidade
na Criação
O Católico crê em Deus na Sua onipotência, na Sua
ciência infinita, na Sua providência, na Sua vontade e no Seu amor, sendo
assim, Deus é anunciado como Criador, cuja Criação, com efeito, também foi
realizada por Jesus Cristo e o Espírito Santo, pois a Unidade é a Trindade.
Essa Unidade é o propósito de Deus haja vista que
na Bíblia, desde a criação, Ele usou o verbo no plural: “Façamos o homem à
nossa imagem, como nossa semelhança.” (Gn 1,26) e
em “Se o homem é como um de nós...” (Gn 3,22).
João Evangelista disse que Jesus estava na criação:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era
Deus. No princípio ele estava com Deus” (Jo
1,1-2). “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...” (Jo 1,14). “O Verbo era Jesus, o filho, o
único, o amado, o enviado ao mundo para que quem creia n’Ele não pereça e tenha
vida Eterna” (Cf. Jo 3,13-17). Jesus
falou: “Eu sou do alto,” (Jo 8,23), quer
dizer, do céu onde Deus e o Espírito Santo estão. Atestou Sua presença junto ao
Criador quando disse: “Aqueles que me destes antes da fundação do mundo...” (Jo 17,24) .
Então, Ele mesmo criou muitas tríades, junto com o
Pai e o Sopro Divino presente na criação. Outras, Ele inspirou. Jesus professou
sobre a inexistência de Unidade quando disse: “Todo reino dividido contra si
mesmo acaba em ruína e nenhuma cidade ou casa dividida contra si mesma poderá
subsistir” (Mt 12,25).
O Espírito Santo vive a Unidade Trina e existe
desde a criação. “A terra estava vazia e vaga, as trevas cobriam o abismo, e o
sopro de Deus agitava a superfície das águas” (Gn
1,2); o Espírito é que vivifica e as Palavras são Espírito e Vida. (Cf.
Jo 6,63).
A inspiração do Espírito Santo sempre existiu. Na
história de José (Gn 37-50) é ressaltada
na sua sabedoria, principalmente, na interpretação dos sonhos; Moisés e Aarão
ungidos pelo Espírito Santo conduziram o povo pelo deserto (Ex 12-40).
“Pedro repleto do Espírito Santo falava com o povo”
(At 4,8). Em um discurso disse: “Deus ungiu Jesus com o Espírito
Santo e com poder.” (At 10,38). Assim Pedro falava quem
era Jesus, que Ele agiu pelo Espírito Santo antes mesmo do Paráclito ser
enviado.
O Pai, o
Filho e o Espírito Santo
Antes, só a primeira pessoa da Trindade era adorada
(Deus-Pai). As pessoas esperavam a chegada do Messias, a segunda pessoa, para O
adorarem. Com o nascimento de Jesus, Esse foi reconhecido como o Menino Deus e
adorado com ouro, incenso e mirra pelos reis Magos. (Mt
2,1). “Pedro na sua confissão crê e reconhece Jesus como Santo de Deus e
só Ele tem palavras eternas.” (Cf. Jo 6,67-71).
O Paráclito, que constitui
a terceira pessoa, tem sua chegada de forma diferenciada no dia chamado de Pentecostes
na presença de Jesus Ressuscitado. Embora, como já foi falado, Ele sempre tenha
existido.
A Unificação foi destacada por Jesus muitas vezes:
“Eu e o Pai somos um...” (Jo 10,30), “o
Pai está em mim e eu estou no Pai...” (Cf. Jo
14,10), “Eu não estou só porque o Pai está comigo...” (Jo 16,32). “Nós somos um, eu
neles (discípulos) e tu (o Pai) em mim para que sejamos perfeitos na Unidade...”
(Cf. Jo 17,22-23). “Tudo me foi entregue
por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai,
senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.” (Mt 11,27).
Jesus falou no Espírito Santo alertando para um
momento relevante: “Se blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado.” (Cf.
Mc 3,29). Não pode haver perdão porque esse pecado é a negação da
existência de Deus. Ele se referiu ao momento que diziam que Ele estava
possuído por um espírito impuro e, estavam atribuindo ao demônio as obras que
Ele realizava com o poder do Espírito Santo.
Eis a promessa divina de Vida Eterna feita por
Jesus: “Ora, a vida eterna é esta: que eles (discípulos) te conheçam, a ti
(Pai), o único Deus verdadeiro e aquele (Jesus) que enviaste”, (Cf. Jo 17,3), “...E rogarei ao Pai e Ele vos dará outro
Paráclito para que convosco permaneça para sempre...” (Jo
14,16). “Mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome
vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que vos disse.” (Jo 14,26). “...Ele vos guiará na verdade plena...” (Jo 16, 13), “...vou para Aquele que me enviou... se
eu não for o Paráclito não virá a vós” (Cf. Jo
16,5.7). “Quando vier o Paráclito que vos enviarei de junto do Pai, o
Espírito da Verdade, que vem do Pai, dará testemunho de mim.” (Jo 15,26).
Primeiro, o Pai enviou o Filho. O Filho vivia em
consonância com Deus no agir, principalmente quando se isolava para ficar em
oração. Com a morte de Jesus, Ele enviou o Espírito Santo. Assim cumpriu e
cumpre a promessa Divina de Vida Eterna, como explicou Jesus.
Passagens
relacionadas à Santíssima Trindade
O Mistério da Trindade foi revelado por nosso
Senhor Jesus Cristo e seus seguidores em diversas passagens.
Lucas, na passagem da Anunciação, relatou a presença das três (3) pessoas da
Santíssima Trindade à Maria: “... darás à luz um filho (Jesus)... será filho do
Altíssimo (Deus)... o Espírito virá sobre ti...” (Cf. Lc
1, 26-37).
No Batismo de Jesus (Mt
3,16-17) João Batista viu: “o Espírito de Deus, descendo como uma pomba
sobre Ele, ao mesmo tempo uma voz vinda dos céus: Este é meu Filho amado, a
quem me comprazo”. Mostra a Trindade Santa na pomba como Espírito, no corpo de
Jesus e na voz de Deus.
Jesus pediu que os discípulos “Batizassem em nome
do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Cf. Mt
28,19).
Pedro citou a Trindade
assim: “Segundo a Presciência de Deus, pela santificação do Espírito Santo,
para obedecer a Jesus Cristo” (1Pd 1,2); “Bendito seja o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo que nos abençoou com toda a sorte de bênçãos
espirituais, nos céus, em Cristo”; Deus de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 1,3); “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação (2Cor 1,3-5).
Paulo é proeminente em professar a Santíssima
Trindade e saúda: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo...” (Cf.
2Cor 1,3-5); que nos deu bênçãos espirituais; e na Carta aos Efésios e na
Carta aos 1 Coríntios: “...Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória
vos dê o Espírito da sabedoria e revelação” (Ef
1,17); “...dobro em joelhos diante do Pai.” (Ef.
3,14); “...peço que sejam fortalecidos em poder pelo Espírito...” (Ef 3,16); “que Cristo habite pela fé em vossos
corações” (Ef 3,17); “Deus o revelou Jesus
pelo Espírito, pois o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo a profundidade
de Deus... da mesma forma, o que está em Deus, ninguém conhece senão o Espírito
de Deus...” (1Cor 2,10-11).
Também valida a
Trindade nesta saudação: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a
comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós.” (2Cor
13,13). Essa saudação consta do Missão Romano, livro que contém as
citações das Missas que são celebradas nas Paróquias do mundo. Há outra de igual
teor trocando Deus por Pai.
A lança traspassada no coração de Jesus fez jorrar
sangue e água e estes, juntamente com o Espírito foram testemunhas do Espírito
de Verdade (Cf. 1Jo 5,7-8).
Existem diversas outras passagens que constituem
uma unidade, mas não é a Trindade, como por exemplo, a paternidade de Noé que se
deu sendo pai de três filhos; a tentação sofrida por Jesus e a negação de Pedro
que se repetiu três vezes; e outras coisas mais.
Expressões
de Fé
Embora o homem tenha origem Divina para vivenciar
esta relação abstrata com Deus, ele precisa de ações que possam ser absorvidas.
O momento de intimidade com Deus, Cristo e Espírito Santo às vezes vai além das
palavras e pensamentos, então vem com gestos específicos e significativos como
posição de dedos, juntar as mãos, se benzer no terço... Esses alimentam a Fé e
testemunham o amor à Trindade Santa. É o Espírito Santo que inspira no homem estes
pensamentos e ações que se encontram no interior de um indivíduo e que muitas
vezes são proclamados por todo mundo. Para essa inspiração é preciso se estar
aberto a receber a Trindade.
Jaculatória, doxologia, Triságio,
Sinal da Cruz são “ligações” do crente com Deus.
A Jaculatória é uma expressão de Fé. Elas são constituídas
de pequenas frases que declaram: louvação, apelo, agradecimento, devoção... O “Glória
ao Pai ao Filho e ao Espírito Santo como era no princípio agora e sempre, Amém.”
é uma delas. É rezada na missa, no terço, nas orações...
A Doxologia constitui prece, hino ou cântico em
louvor a Deus. “Doxo é glória”. Na missa é dito pelo
padre ou bispo “Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós, Deus todo-poderoso,
na Unidade do Espírito Santo, toda honra e toda glória, agora e sempre.” É a
última parte da Eucaristia. São também
doxologias: “Glória a Deus nas alturas... Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito
Santo...” e antes do rito da paz é
pronunciado: “Vosso é o Reino, o poder e a glória...”
Este Triságio, aclamação
que repete três vezes Santo, reverencia a Santíssima Trindade: “Santo, Santo,
Santo é Iahweh dos Exércitos”. Foi citado por Isaías
6,3 e no Apocalipse 4,8. Há outros como: “Deus Santo, Deus Forte, Deus imortal
tende piedade de nós e do mundo inteiro...”. Esta repetição constituía uma
prática da época, com o intuito de enfatizar a proclamação.
Sinal
da Cruz
O Sinal da Cruz sendo gesto, sinal, marco, oração,
petição, bênção constitui uma poderosa Oração porque atua “juntamente” com a invocação
da Santíssima Trindade ao recitar “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo”. “Nome” no sentido bíblico, quer dizer a própria pessoa. Este Sinal
significa que se está na presença do Senhor; que se compartilha de Sua autoridade
e de Seu poder; e que coloca toda a vida e ação nas mãos da Santíssima
Trindade.
A pessoa pode assinalar-se ou assinalar outras
pessoas e até mesmo objetos e o ambiente onde está, com gestos de uma Cruz, que
são realizados com a mão direita com os dedos juntos, na fronte (testa), no
peito (altura do coração) e do ombro esquerdo ao direito. Deve ser feito de
modo solene com: Amor, Consciência, Respeito, Reverência e Devoção.
O Sinal da Cruz é uma marca do amor de Deus,
portanto é graça Divina. Significa que se é marcado pelo Amor de Jesus que ao
entregar Sua vida no Altar da Cruz nos deu a Salvação. Umas das condições para
seguir Jesus é tomar conta da sua Cruz. (Cf. Lc
9, 23-26) e Cruz significa o princípio da Salvação, Amor de Cristo.
A prática de marcar a testa com um Sinal foi citada
em Ezequiel 9,4 quando marcou os justos que sofriam porque não praticavam a
idolatria. Este Sinal era uma Cruz, ou a letra hebraica Tau (em forma de cruz)
como denotam outras Bíblias. Ainda não havia ocorrido a Cruz de Cristo.
Embora a Cruz recorde o local onde Jesus morreu,
ela simboliza a Sua Vitória, conforme Ele mesmo falou: “Eu venci o mundo!” (Jo 16,33). Evidentemente, por meio da morte,
revelou-se Filho de Deus pela Ressurreição, pela Salvação e Remissão dos
pecados da humanidade.
É usado antes de iniciar e/ou terminar Cerimônias,
Mistérios do Terço, Orações, Refeições e Missas, como já foi dito
anteriormente.
O Sinal da Cruz no Batismo é um sinal de pertença a
Deus, a iniciação da vida cristã, a confirmação da fé na Santíssima Trindade. É
feita por um único sinal, o Sinal de Cristo, na fronte e as palavras: “Eu te
marco com o Sinal de Cristo, o sinal da Cruz”. Posteriormente é dito: “Eu te batizo
[Nome da pessoa] em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” para ter a validade
do Batismo.
Na Missa ou em casa, antes da Leitura do Evangelho,
desde o século IV até os dias, de hoje, apenas o gesto é feito, sem recitar
palavra alguma. Os movimentos precedem a Palavra de Deus com o sinal das
3(três) Cruzes: na fonte, na boca e no coração assim fazendo o livramento dos
maus pensamentos, más palavras e más ações.
Na trinca de Cruzes que antecedem a Leitura do
Evangelho há um significado: na testa, são bênçãos para os pensamentos de forma
que o Evangelho possa ser entendido, conhecido e estudado; na boca, para que as
palavras do Evangelho sirvam para Edificar, Anunciar e Proclamar o Reino; e no
peito que reine amor e bem; afaste as coisas ruins e que o Evangelho seja
Pregado, Vivido e Testemunhado. Simbolicamente, de forma bem simples, entende,
proclama e vive o Evangelho para cada Cruz.
Há o Sinal da Cruz que implica num sinal tríplice
mais um. Para melhor compreensão, será chamado de Oração. No primeiro momento,
as 3 (três) Cruzes indicam por onde vai fazer a petição de livramento e faz o
pedido. É realizada com 3 (três) Cruzes: na fonte, na boca e no coração.
Encerra com a Invocação a Trindade com uma cruz da testa ao peito e ombros.
ORAÇÃO DO
SINAL DA CRUZ
“Pelo sinal da Santa Cruz, (Ϯ na testa)
Livrai-nos, Deus,
Nosso Senhor (Ϯ na boca)
Dos nossos
inimigos. (Ϯ no peito)
Em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo,
(Ϯ da testa ao peito e ombros)
Amém”
Tríades Diversas
As curiosidades
apresentadas abaixo fazem parte de uma coletânea de fatos distintos
relacionados à Trindade Santa, à Criação de Deus, às citações Bíblica, à
natureza e outros são meros trios que formam um todo.
A Criação de Deus, as suas respectivas Trindades e tríades distintas
Santíssima
Trindade |
Pai,
Filho e Espírito Santo |
Deus -
características |
Onipresente
(Cf. Mt 18,20), Onisciente
(Cf. Jo ,1,48) e Onipotente
(Cf. Ap 1,8). |
Lei de
Deus - características |
Eterna,
Imutável e Transcendental. |
Sinal da
Cruz |
Fronte,
Ombros e Peito “Em nome
do Pai do Filho e do Espírito Santo”. |
Uso do
Sinal da Cruz |
Batismo
(1 Cruz na fronte). Início de
Cerimônias (1 Cruz da testa ao peito e ombros). Antes da
Leitura do Evangelho (Apenas o gesto das 3 cruzes). |
Sinal da
Cruz gestos na leitura do Evangelho |
Na testa:
ser entendido, conhecido e estudado. Na boca:
o Reino ser edificado, anunciado e proclamado. No peito:
ser pregado, vivido e testemunhado |
Sagrada
Família (Lc 2,1-20) |
Jesus,
Maria e José. |
Presentes
de Jesus (Mt 2,11) |
Ouro,
Incenso e Mirra. |
Mandamentos
sobre Deus (Ex 20,1-21) |
1° Adorar
a Deus e amar sobre todas as coisas, 2° Não
invocar o Santo nome de Deus em vão, e 3°
Santificar os domingos e festa de guarda. |
Testemunho
do Espírito de Verdade (1Jo 5,7) |
Sangue,
água e Espírito. |
Virtudes
Teologais (1Cor 13,13) |
Fé,
Esperança e Caridade. |
Edificação
da Igreja (Ex 35-40) |
Santo dos
Santos (Tabernáculo), Átrio e Pátio |
Edificação
da Igreja atual |
Sacrário
(Tabernáculo), Presbitério e local da Plateia |
Igreja |
Una,
Santa e Trina. |
Credo (CIC)
na Igreja |
Creio na
Igreja Católica Apostólica e Romana. |
Ações dos
Fieis na Igreja |
Orar,
ouvir a Palavra e Louvar. |
Tempo no Glória |
Princípio,
Agora e Sempre. |
Tempo
para os Humanos |
Passado,
Presente e Futuro. |
Átomos |
Prótons,
Nêutrons e Elétrons. |
Estados
da Matéria |
Sólido,
Líquido e Gasoso. |
Espaço |
Largura,
Altura e Profundidade. |
Medidas |
Massa,
Volume e Comprimento. |
Reinos da
Natureza |
Animal,
Vegetal e Mineral. |
Corpo
Humano |
Cabeça,
Tronco e Membros. |
Esqueleto |
Coluna
Vertebral, Costela e Esterno. |
Ossos da
Mão |
Carpo,
Metacarpo e Falanges. |
Constituição
Humana |
Corpo
(matéria), Alma
(interior da pessoa) e Espírito
Humano (Gn 6,3) (fôlego de vida). |
Vida
Humana |
Começo,
meio e fim. Nascimento,
vida, morte. |
Música |
Melodia,
Harmonia e ritmo. |
Fenômenos
Naturais |
Geological (Vulcões, terremotos, neve {flores congeladas,
chaminés, flocos, cilindro, dedo}, raios, arco-íris lunar, arco-íris de
fogo). Meteorological (furacões, tempestades e tornados). Oceanográfico
(tsunamis, as correntes, as ondas quebrando, pororoca, bioluminescência nos
mares). |
Conclusão
As tríades desta narrativa, direta ou
indiretamente, estão relacionadas ao Criador. A descoberta de que Deus está
presente em vários 3 em 1 (três em um), além da Santíssima Trindade, foi tão
significativa que originou este estudo.
Pesquisar outras fontes
e ler a Bíblia é um aprendizado, porém mais que isso, despertou pensamentos,
palavras e atos mais conscientes diante tudo que foi lido.
O Sinal da Cruz e a
Oração do Sinal da Cruz separados neste trabalho, apenas para melhor compreensão,
encontram respaldo em diversas fontes: umas chamam de Sinal da Cruz, um sinal
só com a Invocação, e outras, o Sinal da Cruz compõe a petição e a Invocação.
Outras fontes, tanto o Sinal com uma Cruz quanto o Sinal de três cruzes mais
uma constituem poderosas Orações.
Este
trabalho não contempla todos os trios envolvidos na vida de um Cristão.
Há muitas trincas não mencionadas que nem mesmo por
Jesus foi professada e favorecem uma reflexão sobre estas perguntas: E as
outras trincas que Ele não falou? Então não são d’Ele? E o que não é Trino, não
faz parte da criação de Deus? Claro que tudo faz parte, sim, da criação de
Deus. É só observar tantas coisas que se afirma: “Isto só pode ser Obra do Todo
Poderoso”. Por outro lado, há outros números significativos relacionados com
Deus. Muitos são determinados e inspirados por Ele.
João justifica: que Jesus não “falou” tudo que
existia nem tão pouco quem escreveu a respeito d’Eles: “Há, porém, muitas
outras coisas que Jesus fez. Se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo
não poderia conter os livros que se escreveriam” (Jo
21,25). Imaginem a intensidade da escrita!!!
Todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus são
filhos de Deus. (Cf. Rm 8,4-11). Assim, os
homens se beneficiam das tríades e da Santíssima Trindade, ou seja, da Unidade
Santa. Ter o Espírito Santo como condutor
leva a eternidade já que para Deus não tem passado, presente e futuro.
“Quanto a nós... recebemos o Espírito que vem de
Deus, a fim de que conheçamos os dons da graça de Deus... a sabedoria que o
Espírito ensina, exprimindo realidades espirituais em termos espirituais” (Cf.
1Cor 2,12), assim Paulo justificou nos seus ensinamentos. Desejamos que todos
que participam deste trabalho, mesmo como leitor, tenham recebido também o
referido Espírito.
Deus é o criador do céu e da terra, portanto Ele
tudo pode, e logicamente tudo que há na terra é d’Ele. Se não são feitas pelas
Suas mãos, Ele faz o homem de instrumento para completar a Sua Obra Perfeita,
porque “só Deus é Perfeito” (Cf. Mt 5,48).
Enquanto o homem vive em construção perpétua...
Consultas: 30/05/2021
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Qual a forma correta de fazer o Sinal da Cruz?
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Unidades
de Medida da Bíblia (canalmetrologia.com.br)
Bíblia Jerusalém
Catecismo da Igreja Católica
As Pedras além das Pedras
Introdução
As pedras são
referenciadas diversas vezes na Bíblia no Antigo Testamento e no Novo
Testamento. Este estudo visa agrupar muitas Passagens Bíblicas que se
relacionam com pedras, rochas, terrenos pedregosos e outros termos que foram
fontes de ensinamentos por João Batista e por Jesus, usadas em comparações,
inclusive medida de comprimento, ou a partir da beleza, profecias, tentações,
cumprimento da Lei e porta de sepulcros e poços, entre outros que foram
ressaltadas nesta narrativa. Isso porque além dos atributos reais das pedras,
adaptações naturais que o homem se apropria, surgiram outros atributos
figurados.
Há um tempo para tudo, entre
eles, tempo de atirar pedras e tempo de recolher pedras (Ecl 3,5) que podem construir e/ou destruir. Pedras
foram ajuntadas na construção de muitas coisas, marcar a presença de Deus,
e até mesmo proteção e ensinamentos. E, pedras foram atiradas para destruir
vidas, cidades...
Nas edificações:
Os edifícios eram feitos de pedras escolhidas, talhadas sob medida... (1Rs 7,9). O
rei Salomão mandou extrair “grandes blocos de pedras escolhidas e
lavradas, para construir os alicerces do Templo”
(1Rs 5,31).
Graças às pedras foram erguidos muitos altares
para Deus, conhecido por Iahweh, em diversos lugares,
nos tempos do profeta Moisés e dos Patriarcas e até os dias de hoje.
Nas profecias de Jesus:
Um discípulo disse a Jesus: “Mestre, vê que pedras e que construções!” (Mc
13,1). Outros diziam que o Templo era ornado de belas pedras (Lc 21,5). Então
Jesus profecia: “Não ficará pedra sobre pedra” (Mt 24,2; Mc 13,2; Lc 21,5-7).
Isso aconteceu 70 anos depois.
“Não deixarão de ti pedra sobre pedra, porque não
reconheceste o tempo em que foste visitada!” (Lc
19, 41-44). Jesus disse lamentando sobre Jerusalém.
Nas
adaptações:
“Jacó
usou uma pedra como travesseiro, sob sua cabeça, e sonhou com uma escada
que atingia o céu com anjos descendo e subindo” (Cf. Gn
28,10-22); “Ele disse a seus irmãos: Ajuntai pedras. Eles pegaram pedras e
com elas fizeram um monte sobre o qual comeram” (Gn 31,46), ou seja, uma mesa; Ela servira de assento para Moisés
no combate contra o chefe de tribo Amalec. (Cf. Êx 17,8-16); e foi assento para o Anjo do Senhor
(Cf. Mt 28,2-7).
Elas
“fechavam os sepulcros (Mt 27,57) tapavam a boca grande do poço (Cf.
Gn 29,2) Elas eram proteção para o corpo
sem vida e para a água que era fonte de vida física e espiritual.
O sepulcro de Lázaro era uma gruta com uma pedra
sobreposta... Jesus disse: “Retirai a pedra...” Retiraram então a
pedra. Jesus disse a Marta: “Não te disse que, se creres, verás a glória de
Deus?” Rezou ao Pai e disse: “Lázaro, vem para fora!” (Jo
11, 38-41).
Sobre o túmulo de Jesus: José de Arimateia pôs “Jesus num túmulo novo, que talhara na
rocha” (Mt 27,59; Mc 15,46; Lc 23,53). “Em seguida, rolando uma grande pedra
para a entrada do túmulo, retirou-se” (Mt 27,60).
O Anjo do Senhor descendo do céu e aproximando-se removeu a pedra e
sentou-se sobre ela. (Mt 28,2).
Disseram as mulheres: “Quem rolará a pedra da entrada do túmulo para
nós? Erguendo os olhos, viram que a pedra fora removida. Ora, a pedra era muito grande” (Mc
16,3-4). As mulheres “encontraram a pedra
do túmulo removida.” (Lc 24.2).
Na confecção de objetos:
Nas bodas de Caná, onde Jesus transformou água em vinho as pedras eram
usadas para armazenar vinho: Havia ali seis talhas de pedra. Jesus disse
que era para enchê-las com água (Jo 2,6-7).
Como arma:
“Uma mulher atirou uma pedra morta,
do moinho do alto da muralha, ao juiz Abimalec” (Jz 9,50-56).
A pedra se cravou na
testa do filisteu Golias e ele caiu de rosto no chão porque Davi pôs a mão
no seu bornal, apanhou uma pedra e lançou com a funda (1Sm 17,49).
Ele escolhera, no riacho, 5 pedras bem lisas (1Sm 17,40).
Para cumprimento da lei:
Homens e mulheres pegos em flagrantes em
adultério eram apedrejados (Dt 22,22);
virgem que casava o marido sem ser de fato, era apedrejada na porta da casa dos
pais (Dt 20,20-21); mulher violentada,
se não gritasse o suficiente seria apedrejada com o violentador (Dt 24,22); se gritar o suficiente é apedrejado só o
violentador (Dt 29,25); seria apedrejado
o profeta que pregasse a rebeldia contra Deus (Dt
13,6); se for um irmão deve ser morto apedrejado (Dt 13,11) se segue outro Deus. Muitas leis
foram citadas em Levítico.
Um homem que violara o sábado apanhando
lenha foi apedrejado fora do acampamento (Nm
15,32); Açã (clã) apoderou-se de coisas que
estavam sob anátema (Js 7,1) e todo Israel
o apedrejou, os queimou e os cobriu de pedras (Js
7,25).
Uma mulher foi surpreendida em flagrante delito de
adultério pelos escribas e fariseus. Ela foi levada a Jesus e Lhe disseram: “Na
Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais
mulheres”. (Jo
7,53-8,11).
No entanto, Estevão morreu apedrejado porque
cobrara dos judeus a Lei dada pelos anjos que não fora guardada pelos
homens de dura cerviz (Cf At 7,51-59).
Para autoflagelo:
O homem, noite e dia possuído de espírito impuro,
gritava ferindo-se com as pedras (Cf. Mc 5,5).
Para ferir Jesus:
Então pegaram pedras para atirar em Jesus
porque Ele disse que viu Abraão (Jo 8,59);
Os judeus, outra vez, apanharam
pedras para apedrejá-lO (Jo 10,31) porque queriam que Jesus dissesse
abertamente que era o Cristo, pois não acreditavam em suas obras; Sabendo da
Morte Lázaro (Jo 11,1-44), Ele quis voltar
para a Judeia. Ia ressuscitá-lo. Os discípulos lembraram-Lhe: Rabi, há pouco os
judeus procuravam apedrejar-te e vais outra vez para lá?
Suposição dos sacerdotes:
Na discussão
sobre a “autoridade de Jesus” (Lc 20,1-8),
Este perguntou: “O Batismo de João era do céu ou dos homens?” Os chefes dos
sacerdotes e escribas falaram: “se respondermos ‘Dos homens’, o povo todo nos
apedrejará porque está convicto de que João é um profeta”.
Nos comentários e ensinamentos de Jesus:
Sob Jerusalém: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os
profetas e apedrejas os que te são enviados”. (Mt
23,37; Lc 13,34). Assim falou Jesus.
Pedro servira de pedra de tropeço porque pensava coisas dos homens e não de Deus (Mt 16,23).
“Atire a
primeira pedra quem não tem pecado, quando lhe a apresentaram a adúltera” (Cf. Jo
8,1-11).
Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho se este lhe pedir pão?” (Mt 7,9).
“Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras
e as põe em prática será comparado ao homem sensato constrói sua casa sobre
a rocha.” (Mt
7,24; Cf. Lc 6,48).
“Os escândalos eram
necessários, mas quem os causasse, seria melhor ser lançado ao mar com uma pedra
de moinho enfiada no pescoço.” (Cf. Lc
17,2). “Se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem,
melhor seria que lhe prendessem ao pescoço a mó que os jumentos movem e
atirassem ao mar” (Mc 9,42).
Nas citações em
Parábolas:
Parábola do Semeador: Jesus contou uma parábola
onde as sementes caíram em quatro lugares distintos. Destaca-se aquela
relacionada ao tema: “Umas sementes caíram sobre a pedra, tendo
germinado, secou por falta de umidade”. (Mt
13,5; Mc 4,5; Lc 8,6)
Explicação da parábola: Segundo Jesus: “As pessoas
que estão sobre as pedras, são as que ao ouvirem a Palavra (semente
semeada) com alegria, mas não têm raízes, pois creem apenas por um
momento e na hora da tentação desistem.” (Lc 8,13).
“Foi semeado em lugares pedregosos... quando surge uma tribulação ou
perseguição por causa da Palavra, logo sucumbe”. (Mt 13,20-21; MC 4,16-17).
Parábola dos Vinhateiros homicidas: “os
vinhateiros, porém, apedrejaram o terceiro” (Mt 21,35) servo enviado pelo proprietário que arrendara as terras.
Nas Tentações no deserto (Mt
4,1-11; Mc 1,12-13; Lc 4,1-13):
O diabo tentou Jesus assim: “Manda que estas pedras se transformem em pães.” e “disse-lhe
ainda: “Se és Filho de Deus, joga-te daqui abaixo! Pois está escrito: “Deus dará
anjos a teu respeito, e eles te tomarão pelas mãos para que não tropeces em nenhuma pedra” (Mt 4,7; Lc 4,11).
A medida de comprimento:
“Jesus afastou-se deles (discípulos) mais ou menos
a um tiro de pedra, e, dobrando os joelhos, orava.” (Lc 22,41).
A força da pedra:
Apesar de
toda força da pedra “a água desgasta as pedras” (Jó 14,19).
Marcos de Deus
“Foi numa pedra que foi gravado o Decálogo,
escrito por Deus” (Êx 31,18 e 34,1)
Nos tempos de Moisés foi enfeite do peitoral do
efod para a incisão de um selo (Êx 28,9-13);
Nos tempos de Josué recebeu os nomes gravados
das 12 casas de Jacó – 12 tribos – para se conservar na memória a história, e
foram colocadas sobre o Jordão; (Cf. Js 4,1-9).
Nos tempos de Samuel foi um marco onde a colocara uma
pedra entre Masfa e Sen
dizendo: Até aqui Iahweh nos socorreu (1Sm 7,12).
É uma pedra, de nome Ebenezer” (1Sm 7,12)
Sentidos conotativos dados à pedra:
As pedras serviram de testemunhas entre Jacó
e Labão, (Cf. Gn 31,43-54) e para o profeta Josué no pé de carvalho (Cf. Js
24,27).
Ter coração de
pedra era um termo usado para os corações endurecidos das pessoas que
profanavam Deus; Em Israel houve muitos, mas destaca-se o “Faraó”, Rei do Egito
(Êx 7,3; e outros). Deus prometeu ao homem
“tirar do peito o coração de pedra e dar um coração novo, de carne, onde
poria Seu Espírito” (Cf. Ez 36,26-27).
As pedras gritariam da parede se fossem
utilizadas para as casas de injustos pelos pecados (Cf. Hab 2,9-11).
Na edificação da Igreja:
Jesus disse a Simão: “Tu és Simão, filho de João;
chamar-te-ás Cefas” “(que quer dizer Pedra
– Rocha)”. (Jo 1,42). E “sobre esta pedra
edificarei minha Igreja” (Mt 16,18). Tu
estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as
coisas de Deus, e sim, as dos homens!” (Mt 16,23). Depois,
Pedro chamou os discípulos de pedras vivas e os convidou para se
prestarem à construção de um edifício espiritual (1Pd 2,5).
A Pedra Angular (21,
33-46; 12,1-12; 20,9-19):
Está nas Escrituras: “A pedra que os construtores
rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e é maravilha
aos nossos olhos?” Aquele que cair sobre esta pedra ficará em
pedaços, e aquele sobre quem ela cair, ficará esmagado. (Mt 21,44; Lc 20,18).
Mas, a maior pedra de todas,
foi a Pedra Transcendental: “a Pedra Angular, que é Jesus
Cristo” (Ef 2,20); “a pedra que os
construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; pelo Senhor foi feito isso e
é maravilha aos nossos olhos” (MT 21,42); Deus pôs em Sião
uma pedra de tropeço, uma rocha de escândalo, mas quem nela crer não será
confundido (Rm 9,33); a pedra
eleita e preciosa” (1Pd 2,6); a pedra de aclamação, “graça,
graça a ela!” (Zc 4,7); porque ninguém
pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1Cor
3,11). Depois, Pedro chamou os discípulos de pedras vivas e os
convidou para se prestarem à construção de um edifício espiritual (1Pd
2,5).
A soberania
de Deus
O povo acampava em Rafidim
onde não havia água para beber. Segundo Moisés pouco faltava para o povo o apedrejar. Deus estaria diante de
Moisés e ele pegaria uma vara para ferir a
rocha e todos beberiam da água (Ex 17,1-7). E assim aconteceu.
João Batista disse: Não penseis que
basta dizer: Temos parte de pai Abraão, pois eu vos digo: destas pedras, Deus pose suscitar filhos de Abraão (Mt 3,9; Lc 3,7).
Alguns fariseus da multidão, alguns
dos fariseus lhe disseram: Mestre, repreendes teus discípulos. Ele, porém,
respondeu: “Eu vos digo, se eles se calarem, as pedras gritarão”. (Mc 19,39-40).
Na Morte de Jesus o véu do Santuário
rasgou-se em duas partes, de cima para baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam (Mt 27,51).
Conclusão
Algumas pedras se sobrepõem a dupla interpretação:
A “Pedra Angular” é uma comparação advinda de uma “profecia”; A “Parábola do
Semeador” trata também de comparar. Ambas têm subtítulos distintos para
melhorar a compreensão conforme a interpretação que lhe foi atribuída.
Da mesma forma que a pedra que é utilizada para
medir (talvez signifique 20 ou 30 metros de distância) também é um instrumento.
Uma pedra removida serviu de assento e há uma “tentação” relatada no espaço das
“Profecias” e um relato do tamanho da pedra.
Ajuntar as passagens e separar em subtítulos é uma
tarefa complicada porque depende da visão de cada um.
Apesar de se tratar apenas de uma transcrição de
fatos agrupados, este estudo almeja enfatizar três pontos: O primeiro, a
edificação da Igreja; o segundo, a Pedra Angular, Jesus Cristo. Ela tão
fundamentada na Palavra ainda é rejeitada por muitos. O terceiro trata-se da
Soberania de Deus cuja, as passagens corroboram com a frase “a Deus tudo é
possível”. Há uma aclamação à Divindade repleta de amor.
Imposição das mãos
Imposição das Mãos é o gesto de
estender as mãos sobre a cabeça de alguém. Para uns pode ser impor, colocar
a mão sobre alguém ou alguma coisa. Confere graça e poder. Ato simples que por si só não tem valia e, entretanto, não é
assim, está diretamente relacionado ao poder de Deus e naquele
que tem fé. É sinal de consagração. É muito importante porque qualquer
fiel pode impor as mãos para pedir a intercessão d’Ele como também pode
abençoar a si, a alguém ou a alguma coisa.
Este trabalho surgiu da necessidade de
um dos RMR informar que por esse ato teve muitas graças alcançadas. Uma bem mais
significativa, que foi a cura e a suspensão da cirurgia seu filho, há mais de
18 anos sem nenhuma crise renal. Vale ressaltar que naquele momento não havia
ligação (entendimento) com a Bíblia. Foi um ato de fé com orações e Imposição
das Mãos nas madrugadas sob o enfermo. Ao participar da missa e ouvir a
homilia do Padre, teve a certeza da vitória, sendo confirmada no dia da
operação, quando a mesma foi cancelada. Por outro lado, outros integrantes participaram
e participam de movimentos da Igreja já testemunharam as benesses desse
gesto. Portanto, veio a vontade de ressaltar este poder que é uma bênção
permitida a todos que têm fé. É real
e possível ao que crê.
Tudo Deus criou (Gn 1-2) “ordenando” por palavras exceto o homem que
Ele modelou com as Suas Mãos e a mulher da costela do homem. Seu Filho Jesus exemplificou com as mãos: a Imposição
das Mãos, o Toque e a Bênção. Muito embora, tenha feito muitas coisas
verbalmente como o Seu Pai fez na criação. As curas de Jesus
vinham acompanhadas de frases: “Vá e não peques mais”, “Tua fé te
curou”, “Estás livre”; “Eu quero te curar”, “Se credes,
serás curado...”. Além da Imposição das Mãos, do toque e da palavra, Ele
usava a saliva, a lama e
ablução.
A Imposição das mãos vem desde o
Antigo Testamento: Moisés, Jacó e outros... Faz parte dos Sinais da Aliança de
Deus. No tempo de Jesus, ele curou e abençoou com as Mãos e fez um pedido aos
apóstolos: “Imporão as mãos
sobre os enfermos e estes ficarão curados” (Mc 16,17).
E pela Imposição das mãos receberam
o Espírito Santo em seu nome deu poder aos apóstolos, não só de cura, mas
também de dar o Espírito Santo.
O poder das mãos, inúmeras vezes, é
citado na Bíblia com grande competência, muito embora, como já foi dito, o
verdadeiro poder seja de Deus. Ele concede aos homens este “poder” sob as mesmas.
A Igreja conservou este sinal em
epicleses sacramentais. Ex.: Confirmação, Unção dos Enfermos, no Batismo, no
Casamento, na Ordem, nas Liturgias (Missas)...
As Mãos tiveram grande significado
simbólico e foram instrumentos de mudanças, revelações de Deus, não só pelo ato
físico da imposição e pelas graças dadas. Elas, as mãos, geraram muitas
expressões costumeiras: “está em suas mãos”, “carregar com as mãos”, “lavo
minhas mãos”, “mãos vazias”, entre outras. Os gestos das mãos também são
expressivos. O fato é que as mãos “comandaram” e “comandam” o destino das vidas
das pessoas com a graça de Deus.
a)
As Mãos no Antigo Testamento
Havia muitas finalidades na Imposição das
Mãos:
Ø Sacrifícios Expiatórios – Pela
Imposição das Mãos sobre as vítimas, os sacerdotes transferiam nos animais os
pecados do povo (cf. Lv 1,4).
Animais – “imporá as duas mãos sobre a cabeça.” (Ex
29,10.15.19; Lv 1,4; 3,2.8.13; 4,4.15.24.29.33; 8,14.18.22; 16,21; Nm 8,12).
Ø Sacrifício
da Comunhão – Coloca a mão na cabeça da vítima para imolar (Lv 3).
Ø Pedido de Deus – “Iahweh pede a Moisés para levar os levitas próximo da
Tenda, para os Israelitas imporem as mãos sobre os levitas (Nm 8,10). Um sinal de Consagração
Ø Rito de Ordenação – "Moisés chamou Josué e apresentou-o diante do sacerdote
Eleázar e este diante de toda a assembleia e impôs as mãos sobre ele” (Nm
27,18-23).
Ø Antes
da punição de apedrejar – Todos que ouviram a maldição deviam por suas mãos
sobre a cabeça dele (Lv 24,14).
A
Mão também conferia outros poderes de Deus:
Ø Deus
fez prodígios pelo povo de Israel, junto ao Faraó, por meio de Moisés (Dt 34,9-12).
Ø O
milagre do mar (Cf. Êx 14,16.21-22) – “Moisés
estendeu a mão com a vara e dividiu o mar para que os israelitas caminhassem em
seco”.
Ø Deus
diz Moisés para ferir a rocha para dar água ao povo (Êx
17,1-7).
Ø Combate
contra Amalec (Cf. Ex 17, 8-16) – Enquanto
Jesus ficava com as mãos levantadas, Israel prevalecia; quando, porém, abaixava
as mãos, prevalecia Amalec. Ora as mãos de Moisés
estavam pesadas. E Aaraõ e Hur ajudavam com uma
pedra.
Ø O
fim da seca (1Rs 18,40-46) – A mão de Iahweh
esteve sobre Elias.
Ø A
missão de Isaias (8,11-20) – Iahweh tomou
Isaías pela mão.
b)
As Mãos no Novo Testamento
Jesus
realizava a cura do corpo depois da cura da alma, por isso, ele exigia a Fé na
ocasião do milagre (Págs 1716 e 1718). As
curas eram para aqueles que a tinham.
1.
Curas de Jesus:
Ø Cura
um Leproso (Mt 8,1-4; Mc 1,40-45; Lc 5,12-16). O leproso irado, de joelhos, estende a
mão e é curado pelo toque de
Jesus.
Ø Casa
da sogra de Pedro – As pessoas pediram intercessão de Jesus para curá-la (Mt 8, 16; Mc 1, 29-31; Lc
4,38-39). Ele tocou-lhe e a febre
a deixou.
Ø Diversas
curas – Ao pôr do sol fez diversas curas impondo
as mãos em cada um que se encontra acometido de algum problema (Cf. Mt 8, 16-17; Mc 1,32-34; Lc
4,40-41).
Ø Jairo
acredita na imposição das mãos para
a cura de sua filha (Mt 9,18; Mc 5,21).
Jesus tomou a menina pela mão e ela se levantou.
A
passagem é descrita em Mateus que a menina morreu e em Marcos que está
morrendo. Não faz diferença para Jesus essa dualidade e não deve fazer também
para o leitor.
Na
Bíblia há relato também de outras ressurreições: Lázaro (Jo 11,1-44) e o filho da viúva de Naim.
Ø Dois
cegos foram curados tocando-lhes os olhos (Mt 9,29)
Ø Dois
cegos em Jericó foram curados tocando-lhes
os olhos (Cf. Mt 20,29-34).
Ø Ele começou a ensinar na sinagoga, e muitos
dos que o ouviam se admiravam. “De onde lhe vem isso?”, diziam. “Que sabedoria
é esta que lhe foi dada? E esses milagres realizados por suas mãos? “Um profeta só não é valorizado
na sua própria terra, entre os parentes e na própria casa”. E não conseguiu
fazer ali nenhum milagre, a não ser impor
as mãos a uns poucos doentes. Ele se admirava da incredulidade deles (Mc
6, 1-6).
Ø Surdo-gago
foi levado a Jesus porque acreditavam na Imposição
das Mãos (Mc 7,31-37). Ele colocou os dedos na orelha
e com saliva tocou-lhe a língua.
Ø Cego
de Betsaida foi trazido porque queria que Jesus tocasse nele (Mc 8,22-26).
Jesus tomou o cego pela mão cuspiu-lhe os olhos e impôs a mão.
Ø Ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7,11-17) – Com simples toque no caixão e a ordem de Jesus: “Jovem, eu ordeno.
Levanta-te!” o filho levantou e foi entregue a sua mãe.
Ø Cura
da mulher encurvada (Lc 13,10-17) –
impondo-lhe as mãos Ele a curou.
Ø Na
ocasião da prisão de Jesus, o servo do sumo sacerdote, teve a orelha
decepada pela espada e Jesus “tocando-lhe
a orelha, curou-o”. (Lc 22,50)
Ø Cura
de cego de nascença. Ele fez lama, com a saliva e aplicou-lhe sobre os olhos. (Jo 9,6)
Ø Transfiguração
(Cf. Mt 17,1-8) – Jesus se aproximou, tocou nos apóstolos e disse: “Levantai-vos,
não tenhais medo” caracterizando a confiança que traz em um toque, a cura
do medo.
Ø Jesus
curou o homem com a mão atrofiada pedindo-lhe que estendesse a mesma (Mt 12,9-14; Mc 3,1-6; Lc 6,6-11).
Foi uma Cura sem toque e sem Imposição das mãos.
Muitos outros casos, principalmente na
expulsão de seres impuros Jesus usou mais a palavra oral. O ato foi a voz.
Ø Segundo
Sinal em Caná: Cura do filho do funcionário real (Jo 4,46-54) – Pediu para Jesus curar o filho. Jesus
respondeu teu filho vive”. Confirmada a hora o filho melhorou na hora
que Jesus falou.
2.
A cura pela Fé em tocar em Jesus:
A Fé que Jesus podia curar era tão
grande que as pessoas acreditavam que se tocasse n’Ele, nas suas vestes, no
manto (orla ou franja) seriam curadas. Mesmo sem a Imposição das Mãos ou toques
feitos por Jesus, as pessoas procuravam tocá-lO e se curavam. Houve
casos que a Fé era tanta que as curas foram feitas à distância.
Ø A mulher com hemorragia há 12 anos conseguiu tocar na franja do manto de Jesus e se
curou (Cf. Mt 9,18-26 Mc 5,21-43).
Ø Terminada a travessia, alcançaram terra em
Genesaré bastava tocar na orla do seu manto e era salvo. (MT
14,36; Mc 6,56). Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e
espalharam a notícia de sua chegada por toda a região. E lhe trouxeram todos os
doentes, rogando-lhe somente tocar a orla de sua veste. E todos que a tocaram
foram salvos (Mt 14,34-36). “Rogavam-lhe
que lhes permitisse ao menos tocar
na orla do manto”. (Mc 6,56).
Ø Ao saber de tudo que Jesus fazia as multidões
foram até ele... Todos que sofriam de alguma enfermidade lançavam-se sobre ele
para tocá-lo (Mc 3,7).
Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. A multidão toda
tentava tocar nele, “porque dele saía
uma força que curava a todos”. (Lc 6,17-19)
Ø A pecadora perdoada e que ama (Cf. Lc 7,36-50) – “A pecadora tocava em Jesus”. Ela se sentia bem em tocá-lO.
Ø As
mulheres abraçaram (tocaram) os pés de Jesus ressuscitado (Mt 28,9).
Ø Maria, irmã de Lázaro, unge os pés de Jesus e enxugou (tocou) com seus cabelos (Jo 12,3). Jesus vê neste toque uma homenagem
antecipada ao seu cadáver (Rodapé Pág. 1874).
Houve uma situação que Jesus não
permitiu o toque, segundo o Evangelista João: Ele impediu que Maria Madalena o tocasse, pois ainda não tinha subido ao
Pai. (Jo 20,17). Em outra, foi justamente
o contrário: Jesus aparece aos apóstolos e diz: (Cf. Lc
24,36-49) – Toque em minhas
mãos e veja que sou eu.
3.
Pelas mãos decisões sobre Jesus foram
tomadas:
Ø Tentação
no deserto – O diabo sabendo do poder dos anjos diz a Jesus que os anjos tomariam
Jesus pelas mãos (Mt 4,6; Lc 4,11) protegendo
Jesus da queda no penhasco. Não houve decisão, apenas a tentativa.
Ø O
Filho do homem vai ser entregue as mãos
dos homens e eles o matarão, mas no terceiro dia ressuscitará (Mt 17,22; 26,45-46; Mc 9,30-37; Mc 14,41-42; Lc 9,44-48; Lc 24,1- 12; At 2,23).
Ø Morte
de Jesus (Lc 23,44-46) – “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”.
Ø Deus
e o Filho – “O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos” (Jo
3,31-36). “Sabendo que o Pai tinha posto tudo em suas mãos e que de junto
de Deus saíra e para Deus voltava” (Jo 13,3).
4.
Os anjos carregam os humanos pelas
mãos
Jesus fala da
existência dos anjos: quando diz que anjos dos pequeninos veem continuamente a face de Seu
Pai (Mt 18,10) e também a Natanael fala: “Vereis o
céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem” (Jo 1,51).
Ø Sob
as asas Divinas – O satanás sabe dos anjos e tentou Jesus com essas Palavras: “Ele
ordenou aos seus anjos que te guardem em teus caminhos todos. Eles te levarão
em suas mãos, para que não tropeces numa pedra”. (Sl
91).
Após
a Tentação no deserto, os anjos de Deus se aproximaram e puseram-se a servi-lO (Mt 4,11).
Eles estavam presentes.
5.
A verdadeira pureza e as Mãos:
Ø Lavar
as mãos não define a pureza
porque a mesma vem do coração (Mt 15,1-20; Mc
7,1-13). “Eles não lavam a mão quando comem”.
Ø A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados
alheios; conserva-te a ti mesmo puro (2Tm 5,22).
6.
As Mãos e os Apóstolos:
Ø Jesus
disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura! Quem
crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. Eis os sinais
que acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome; falarão
novas línguas; se pegarem em serpentes e beberem veneno mortal, não lhes fará
mal algum; e quando impuserem as mãos
sobre os doentes, estes ficarão curados”. Depois de falar com os discípulos, o
Senhor Jesus foi elevado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Então, os discípulos
foram anunciar a Boa Nova por toda parte (Mc 16,15-20).
Ø Milagres dos Apóstolos (At 5,12-16)
– “Muitos sinais e prodígios eram realizados entre o povo pelas mãos dos
apóstolos”. As pessoas acreditavam que a sombra de Pedro poderia curá-los.
Ø Ananias cura Saulo (Paulo) (At 9,1-19) –
Ananias, um
discípulo fiel, recebeu
orientação do Senhor: “impor-lhe
as mãos para que recupere a vista”, tratava-se de
Saulo. E Então
Ananias saiu, entrou na casa e impôs-lhe as mãos, dizendo: “Saulo, meu irmão, o
Senhor Jesus, que te apareceu quando vinhas pela estrada, mandou-me aqui para
que tu recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo”.
Ø O anjo tocou
o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes
caíram-lhe das mãos. (At 12, 7). Com a mão, Pedro fez sinal para que ficassem
calados. Contou-lhes como o Senhor o fizera sair (At 12,17).
Ø Os exorcistas judeus (Cf. At 19,11-20) –
Pelas mãos de Paulo Deus operava
milagres não comuns. Bastava, por
exemplo, que sob os enfermos se aplicassem lenços e aventais que houvessem
tocado seu corpo: afastavam-se deles as doenças, e os espíritos lhe saíam.
Ø Paulo
curou o pai de Públio (Cf. At 28,8-9) – Ele
estava de cama, com febre e disenteria. Paulo entrou no quarto dele, orou, impôs as mãos sobre ele e curou-o.
Ø Em
Icônio (Cf. At 14,1-7) – Igualmente, Paulo
e Barnabé entraram na sinagoga dos judeus. E falaram de tal modo que uma grande
multidão de judeus e de gregos abraçou a fé. Contudo, os judeus que se negaram
a acreditar incitaram os não-judeus e os indispuseram contra os irmãos. Apesar
disso, Paulo e Barnabé permaneceram longo tempo em Icônio.
Tendo eles plena confiança no Senhor, este atestava a pregação a respeito de
sua graça, fazendo acontecer sinais e prodígios pelas mãos deles. A
população da cidade se dividiu. Uns estavam do lado dos judeus, outros do lado
dos apóstolos. Judeus e não-judeus, tendo à frente seus chefes, estavam
dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. Percebendo isso, Paulo e
Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades
da Licaônia, e seus arredores. E aí anunciavam a
Boa-Nova.
7.
Receber o Espírito Santo – Imposição
das Mãos:
Ø Oração
dos apóstolos na perseguição (At 4,23-31) – “Agora, Senhor, olha as
ameaças que fazem, e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua
palavra. Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio
do nome do teu santo servo Jesus”.
Quando terminaram a oração, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos
ficaram cheios do Espírito Santo e
anunciavam corajosamente a palavra de Deus.
Ø Pedro
e João (At 8,14-19) – Impuseram-lhes as mãos e eles receberam o
Espírito Santo. Simão viu que o Espírito
era comunicado pela imposição das mãos dos apóstolos. Ofereceu-lhes
dinheiro e disse: “Dai também a mim este poder, para que aqueles a quem eu
impuser as mãos recebam o Espírito Santo”.
Ø Sacramento
da confirmação (At 19,1-7) – Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo
atravessou o planalto e chegou a Éfeso. Aí encontrou alguns discípulos e
perguntou-lhes: “Vós recebestes o Espírito
Santo quando abraçastes a fé?” Eles responderam: “Nem sequer ouvimos dizer
que existe Espírito Santo!” Então Paulo perguntou: “Que batismo então
recebestes?” Eles responderam: “O batismo de João.” Paulo disse-lhes: “João
administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele
que viria depois dele, isto é, em Jesus”. Tendo ouvido isso, eles foram
batizados no nome do Senhor Jesus. Paulo impôs-lhes as mãos, e o Espírito Santo
desceu sobre eles. Começaram então a falar em línguas e a profetizar. Ao todo,
eram uns doze homens.
8.
Abençoar – Oração – Imposição das
Mãos:
Ø Jacó abençoou
seus filhos impondo as mãos sobre a cabeça (Gn 48).
Ø Jesus
abençoou as crianças (Mt 19,13-15; Mc 10,13-16) e fez uma oração. Elas eram
levadas para serem tocadas por Ele. (Lc 18,15)
Ø Jesus
abençoou o pão na Multiplicação dos
Pães, peixes em várias refeições e o pão da Eucaristia.
Ø Ascensão
/ Elevação de Jesus ao céu – “Então Jesus levou-os para fora da cidade, até
perto de Betânia. Ali ergueu as mãos
e abençoou-os” e foi elevado ao céu
(Lc 24,50-53).
Ø A
escolha dos 7 (At 6,1-6) – Eles foram apresentados aos apóstolos, que
oraram e Impuseram as Mãos sobre
eles.
Ø O
envio da missão (At 13,1-3) – “Na Igreja que estava em Antioquia
havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado o Negro, Lúcio de Cirene, Manaém – que fora criado junto com o tetrarca Herodes – e
Saulo. Certo dia, enquanto celebravam a liturgia em honra do Senhor e jejuavam,
o Espírito Santo disse: “Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de realizarem
a obra para a qual eu os chamei”. Jejuaram então e oraram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo e os deixaram partir”.
Ø Os
falsos doutores (1Tm 4,14)
– Não descures o carisma que
está em ti, e que te foi dado através de uma profecia, com a imposição das mãos dos presbíteros.
Ø Graças recebidas por Timóteo (2Tm 1,6-7)
– “Por isso recomendo-te que reacendas o dom de Deus que se encontra em
ti, pela imposição das minhas mãos,
pois Deus não nos concedeu um espírito de timidez, mas de fortaleza, de amor e
de bom senso”.
9.
Expressões relacionadas:
Ø “Se
tua mão ou teu pé te leva à queda,
corta e joga fora. É melhor entrares na vida tendo só uma das mãos ou dos pés
do que, com duas mãos ou dois pés, seres lançado ao
fogo eterno” (Mt 5,30; 18,8; Mc 9,42-50).
Ø “Quando
deres esmolas, não saiba mão esquerda o que faz tua direita.”
(Mt 6,3).
Ø “Estava
aí uma mulher que havia doze anos sofria de hemorragias e tinha padecido muito nas
mãos de muitos médicos; tinha gastado tudo o que possuía e, em vez de
melhorar, piorava cada vez mais (Cf. Mt 9,18-26
Mc 5,21-43).
Ø Pilatos
viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer
água, lavou as mãos diante da
multidão, e disse: “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. A
responsabilidade é vossa!” (Mt 27,24).
Ø Disse
Jesus: Eu destruirei este Templo feito por mãos
humanas e, em três dias edificarei outro, não feito por mãos humanas. (Mc 14,58).
Ø “Encheu
de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias” (Lc 1,53).
Ø A
mão do Senhor estava com João
Batista (Lc 1,66), isto é, protegia. (Rodapé
Pág. 1789).
Ø No
Benedictos diz que a salvação liberta da mão de todos que os odeiam... de todos
os inimigos. (Lc 1,71-73).
Ø Agricultores
assassino (Lc 20,9-19) – “Quando chegou o
tempo da colheita, enviou um servo aos agricultores, para que lhe dessem sua
parte dos frutos; mas os agricultores o maltrataram e o mandaram embora de mãos
vazias. Enviou outro servo, mas também neste bateram, o insultaram e o mandaram
embora de mãos vazias”.
Ø Procuravam
prendê-lo, mas ninguém lhe pôs a mão
porque não chegara sua hora. (Jo 7,30.44)
Ø Ninguém
arrebatará a vida eterna das ovelhas de Jesus, nem das mãos do Pai. (Jo 10, 28-29)
10. As
mãos foram maléficas:
Ø Nas
Parábolas “o devedor implacável” (Mt 18,28)
e “vinhateiro homicidas” (Mt 21,33-46) –
na primeira, o homem agarrou o outro pelo pescoço até sufocá-lo por falta
compaixão ao outro; e na outra não tiveram compaixão e chegaram até a matar.
Ø Em
outra Parábola amarraram o chamado, mas não escolhido, pelos pés e as mãos e o
lançaram fora (Mt 22,13-14).
Ø Jesus
foi esbofeteado (Mt 26,67).
Ø O
bom Samaritano (Lc 10,29-37) – “Certo
homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes”.
A partir da morte e ressurreição de
Cristo, Ele é o Cordeiro imolado, celebrado em cada Missa lembrando a Sua
morte, anunciando a Sua volta (Jo 1,29.36; 1cor
5,7; 1Pd 1,19; Hb 9,12-14.27-28; Ap
5,6; 7,9-10.16-17; 17,14; 21,22-27; 22,1-3) e fazendo isso em Sua
memória. (Lc 22,19).
Mas, a Imposição das Mãos se mantém com o mesmo
poder. É uma petição permitida a todo Cristão que tem fé. E como pode
ser visto na Eficácia da Oração (Lc 11,9-13; Mc
11,24) quando se pede, se recebe porque “tudo é possível para aquele crê (Mc
9,23), e tudo que “Para o homem é impossível, mas para Deus todas as
coisas são possíveis” (Mt 19,26; Mc 10,27; Lc 18,27).
Com testemunhos de fé e este elenco de exemplos
Bíblicos deixa claro que este poder tem uma intersecção da fé que se tem, da fé
que precisa e de Deus. Precisa-se dela para obter as graças e ao mesmo pelas
graças alcançadas a mesma é fortalecida. E pela Fé e Graças percebe-se a
presença de Deus para receber os seus prodígios, vivendo assim, a vida em
abundância prometida (Jo 10,10).
Aproveite esta graça!!!
Quem é a mulher que derramou Perfume em Jesus?
Os 4 (quatro) Evangelistas Mateus,
Marcos, Lucas e João narram o fato de uma mulher que derrama perfume em Jesus, mas
com discursos diferenciados. Diante disso, foi feito um quadro mostrando os que
eles contavam.
Demonstrativo sobre a mulher que derramou
perfume em Jesus
Evangelho |
Mateus Mt 26,6-13 |
Marcos Mc 14,3-9 |
Lucas Lc 7,36-50 |
João Jo 12,1-44 |
Título |
A unção em Betânia |
A unção em Betânia |
A pecadora perdoada e que ama |
A unção de Betânia |
Localidade |
Betânia |
Betânia |
- //- |
Betânia |
Casa |
De Simão, o leproso. |
De Simão, o leproso. |
De Simão, o fariseu |
Lázaro estava numa casa, sentado à mesa e Maria servia. Ele foi
ressuscitado por Jesus. |
Mulher |
Anônima |
Anônima |
Uma pecadora da cidade |
Maria irmã de Marta e de Lázaro. |
O que trouxe a mulher |
Um frasco de alabastro de perfume precioso. |
Um frasco de Alabastro cheio de perfume de nardo puro, caríssimo. |
Um frasco de alabastro com perfume. |
Uma libra de um perfume de nardo puro, muito caro. |
O que fez a mulher |
Derramou o perfume na cabeça de Jesus. |
Quebrou o frasco e derramou o perfume na cabeça de Jesus. |
Aos pés de Jesus chorava; e com lágrimas começou a banhar-lhe os pés, a enxugá-los com os cabelos, a
cobri-los de beijos e a ungi-los com o perfume. |
Ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; a casa
inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. |
Reação dos presentes |
Os discípulos ficaram indignados; Reclamavam o desperdício. Acharam que o perfume deveria ter sido vendido para distribuir o
dinheiro com os pobres. |
Alguns presentes ficaram indignados. Reclamavam do desperdício. Acharam que o perfume deveria ter sido vendido para distribuir o
dinheiro com os pobres. A repreenderam. |
O fariseu refletia que Jesus não podia ser profeta aceitando que
uma pecadora O tocasse. |
Judas perguntou por que não vendera o presente para dar aos
pobres. (Ele não se preocupava com isso, pois era um ladrão e entregaria
Jesus). |
Reação de Jesus |
Disse que não era para aborrecer a mulher. Ela lhe fizera uma boa ação. Eles sempre teriam pobres, mas a Ele não. Era para sua sepultura. O Evangelho deveria contar este fato. |
Disse que não era para aborrecer a mulher. Ela lhe fizera uma boa ação. Eles sempre teriam pobres, para fazerem o bem, mas a Ele não. Antecipou-se a ungir Seu corpo para a sepultura. O Evangelho deveria contar este fato. |
Contou a Parábola dos Dois Credores. Comparou a ação da pecadora com a do fariseu; Disse que nem ganhara um ósculo dele, e tudo que ela lhe fizera; E perdoou a mulher porque a fé dela a salvara e pediu que ela seguisse em paz. |
Era para deixá-la. Era para sua sepultura. Eles sempre teriam pobres, mas a Ele não. |
Os Títulos e conteúdo entre Mateus,
Marcos e João mostram similaridade. Estes fatos aconteceram perto da páscoa,
quando eles tentavam conspirar contra Jesus para matá-lo (Mt 26,2; Mc 14,1-2). Enquanto Lucas ressalta que não
era simplesmente uma mulher, mas “uma pecadora perdoada e que ama”. “O episódio
narrado em Lucas é diferente” (Cf. Rodapé pág. 1750). Até Lázaro
eles agora querem matar.
Maria – Jesus falou para Marta em
outra ocasião, e desta vez, deixa claro que é na casa deles: “...Maria, com
efeito, escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” (Lc 10,42). Maria é aquela que disse: “Senhor, se
estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (Jo
11,32). Ela repete as palavras pronunciadas pela irmã Marta (Jo 11,21). As irmãs confiavam em Jesus, porque as suas
palavras denunciam isto. Os 3 (três) irmãos eram amados por Jesus (Jo 11,5). Marta fala que acredita na ressurreição (Cf.
Jo 11,24). Maria não fala em ressurreição. Maria
era uma pessoa que ouvia os ensinamentos de Jesus. Portanto, ela não era uma
“pecadora”.
A Maria que ungira o Senhor com
Bálsamo e enxugara com os cabelos” (Cf. Jo 11,2),
não se trata da pecadora falada em Lucas (Cf. Rodapé pág. 1871).
Maria Madalena – Estava na cruz com
Jesus (Mt 27,56). Ressuscitado na
madrugada do primeiro dia depois do sábado, Jesus apareceu primeiro, a Ela, a Maria
Madalena, de quem tinha expulsado sete demônios (Mc 16,9). Ela não
era prostituta e nem irmã de Lázaro e Marta.
A pecadora do acontecimento em Lucas (Cf.
Rodapé pág. 1801) não deve ser identificada nem com Maria de Betânia irmã
de Marta (Lc 10,39; Jo
11,), nem tampouco com Maria de Madalena (Lc
8,2). Com atos semelhantes à Maria favorece uma falsa interpretação de
que Maria é prostituta ou que se trata de Maria Madalena.
A Sabedoria era a esposa ideal do rei
Salomão (Sb 8,1). E parece que
ele a soleniza citando a mulher e o perfume: “Enquanto o rei está em seu divã,
meu nardo difunde seu perfume” (Ct 1,12-13).
No entanto, nesta
profecia, o nardo é sobre Jesus, o rei, o amado e a amada (a igreja).
Pela divergência em derramar na cabeça
ou nos pés, o óleo ou perfume, não faz diferença porque como disse Paulo em
carta aos Coríntios diz: “Com efeito, o corpo é um e, não obstante, tem muitos
membros, mas todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, formam um só
corpo” (1Cor 12,12).
Quanto ao ato de lavar os pés vem
desde o Antigo Testamento. Abraão disse aos três homens que apareceram:
“Traga-se um pouco de água e vos lavareis os pés...” (Gn
18,4) Ele estava sentado na entrada da tenda, conforme narrado em “A
aparição de Mambré” (Gn
18,1-16). Posteriormente Jesus realizou o lava-pés (Jo 13,1-10) dizendo: “Se, portanto, eu, o Mestre e o
Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns dos outros.
Dei-vos o exemplo, para que, como eu fiz, também vós o façais”. O lava-pés pelas
mulheres antecede o Lava-pés deixado por Jesus.
Conclusão
Os fatos embora similares,
caracterizam episódios distintos pela personificação das mulheres citadas e da
particularidade das narrativas.
Mas, é evidente que somando todas as
narrações o exemplo de Jesus é notório: em defesa da mulher, no perdão a
pecadora, no amor dele e da pecadora, e ao dar a sua paz. Há sabedoria ao
perceber os pensamentos dos discípulos, do fariseu e de Judas. Deixa o ensinamento, com a sua
característica, que vem com na Parábola (Mc 4,10-12) dos “Dois
devedores”. Jesus sempre é causa de questionamento e os convivas perguntam: “Quem
é este que até perdoa pecados?”. Destaca-se o anúncio de sua partida por três
Evangelistas e a salvação pelo arrependido para aquele que tem fé, que foi
mencionado por Lucas.
Figueira
Num certo dia foi lido no Evangelho a
Parábola da Figueira. Dois irmãos palestravam a essência dos comentários do
Padre e o que eles mesmos pensavam dentro do contexto. A ideia aflorou uma
análise que brotou este trabalho.
A figueira é uma árvore com muitos
ramos, bem providos de folhas, por isso dá muita sombra. Muitos se assentavam sob
ela. Seu fruto é o figo.
É a única árvore citada no jardim do
Eden além da “Árvore da Vida” (Gn 3,22.24)
e da “Árvore do Conhecimento do bem e do mal” (Gn
2,17). Ela ficava no meio do Jardim (Gn
3,3).
Sobre a árvore “era boa ao apetite e
formosa à vista, e que essa árvore era desejável para adquirir discernimento” (Gn 3,6). O desenho da maçã é uma configuração humana
dada ao fruto nas pinturas e nas imagens. A macieira é citada na Bíblia pelo
rei Salomão (Ct 2,3; 8.5) e pelo profeta
Joel (Jl 1,12), como poesia e como lamentação respectivamente, sem
nenhuma correlação com o ‘fruto da sedução’.
O primeiro ensinamento representado
pela figueira encontra-se em Gênesis 3,7: “Adão e Eva perceberam que estavam
nus; entrelaçaram folhas de figueira e se cingiram”. A figueira foi vestimenta,
proteção física, moral e espiritual, para eles que produziram seu primeiro
fruto de arrependimento, talvez. Sendo uma veste insuficiente, “Deus lhes fez
túnica de pele e os vestiu” (Gn 3,20).
Mais um zelo de Deus diante dos homens. Não foi o primeiro zelo, já que o mesmo
começou na Criação.
A figueira além de servir de alimento
e economia para o povo, ela abrilhantava e abrilhanta os textos descritivos
mostrando parte da cultura daquelas épocas: “Convidar-vos-eis uns aos outros
debaixo da vinha e debaixo da figueira” (Zc
3,10) e “No tempo de Salomão viviam cada qual debaixo de uma vinha e de
sua figueira” (1Rs 4,25 Bíblia Ave Maria).
“No terceiro dia o Criador” e
Agricultor disse: “Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e
árvore frutífera que deem sobre a terra segundo a sua espécie (Gn1,11)
e fez crescer no solo toda espécie de árvores formosas de ver e de comer (Gn 2,9)”.
Por Deus, a semeadura surgiu com
ambiguidade: a criação do verde com sementes de acordo com a sua própria
espécie pelo Agricultor/Criador; a semeadura da Palavra, do Evangelho, da Luz
Cristã, dos bons frutos (fazer o bem), pelo Pai Eterno.
Por isso, o Cenário Bíblico muito se
apropriou dos animais e vegetais para estabelecer comparações facilitando a
aprendizagem de um leitor. A protagonista e/ou seu fruto são citados em
Gêneses, Deuteronômios, Números, Juízes, Samuel, Reis, Crônicas, Neemias; pelos
profetas Isaías, Jeremias, Oseias, Joel, Amós, Miqueias, Naum, Habacuc, Ageu, Zacarias; nos Salmos; pelos Evangelistas,
por Tiago; e por outros, especificamente por Jesus.
Às vezes os ensinamentos se mesclam e
não são exclusivos das figueiras/figos de forma que embora haja interesse de
narrar uns textos que as referenciam, há ocasiões que os textos correspondem a
outras árvores/frutas. Outro detalhe é que a videira vem atrelada à vinha em
muitas passagens.
Foi interessante descobrir que a
figueira é mencionada mais de 50 vezes. Outra
curiosidade é que há cerca de 20 tipos de árvores no cenário bíblico sem contar
as plantinhas. Eis alguns exemplos:
Árvore /Planta |
Exemplo de Citações |
Amora |
Lc 17,6 |
Azeitona |
Tg 3,12 |
Espinheiro |
Lc 6,44; Jz 9,14 |
Figueira |
Jo 1,48.50; Mt
21,18-22; Tg 3,12; Ct
2,13 |
Figos |
Mt 6,16; Lc 6,44; Tg 3,12 |
Macieira |
Ct 2,3; Jl 1,12 |
Mostarda |
Mc,31; Lc 17,6 |
Romãzeira |
Jl 1,12 |
Sicômoro (figueira-brava) |
Lc 19,4 |
Tamareira |
Jl 1,12 |
Uvas / vinha |
Mt 6,16; Lc 6,44; Ct 2,13 |
Deus, em Sua Sabedoria, não economizou
nos Seus oráculos as lições proporcionadas e originadas das figueiras/figos. Provavelmente,
o mesmo aconteceu com os profetas, inspirados na linguagem dada por Deus.
Os anúncios em tempos ruins foram
anunciados: Segundo Isaías 34, no julgamento de Edon,
o exército de lá, ia fenecer como fenecem as folhas da videira e da figueira.
Jeremias 5,17 narra: porque Israel desconhece as obras de Deus, “terá a vinha e
a figueira devorada”. Amós em 4,9 diz: Mesmo com a destruição nas figueiras e
nas oliveiras, mesmo ferido pela figueira, não se voltaram para Iahweh. Disse Naum: Os preparativos de Nínive são inúteis. “Todas
as fortalezas são figueiras com figos temporãos, se os sacodem caem na boca de
quem os come” (Na 3,12).
São anúncios de tempos bons: Por meio
de Ageu, Deus promete prosperidade agrícola: “...Também a vinha, a figueira, a
romãzeira e a oliveira nada deram. A partir deste dia darei minha bênção” (Ag
2,15). “Cada qual se sentará debaixo de sua vinha e debaixo de sua
figueira e ninguém o inquietará” (Mq 4,4).
É a paz e a serenidade. E fez uma proclamação para o zelo: “Quem cuida de sua figueira
comerá dos seus frutos e quem vela pelo seu senhor, será honrado” (Pr
27,18).
Por Deus, Jeremias viu um cesto com
figos bons e outros com figos inaproveitáveis e lhe disse assim: “Como a estes
figos bons, assim olharei com bondade os exilados de Judá que mandei deste
lugar para a terra dos caldeus. Porei meus olhos sobre eles para o bem e os
farei retornar a esta terra. Reconstituí-los-ei e não
os demolirei, planta-los-ei e não os arrancarei...
Como os figos estragados, assim tratarei a Sedecias, o
rei de Judá” (Cf. Jr 24).
Joel e Habacuc
expressam seus sentimentos. Um lamenta e o outro exulta em Deus,
respectivamente: “A figueira está murcha... sim, a alegria falta no meio dos
homens.” (Jl 1,12); “Porque a figueira não dará frutos e não haverá
frutos na vinha... Eu, porém, me alegrarei em Iahweh,
exultarei no Deus da Salvação. Iahweh, meu Senhor é
minha força.” (Hab 3,17-18).
Juízes e Reis também narram sobre as
figueiras/figos que foram fontes de apologia, poema, de promessa falsa e cura: Joatão fez uma
apologia à figueira: “as árvores queriam alguém para reinar. A oliveira não quis.
Entre os convidados está uma figueira. A figueira não aceitou porque não queria
abandonar a sua doçura e o saboroso fruto, o balançado sobre as árvores. A
videira também não quis. Quem aceitou foi o espinheiro e ofereceu que se
abrigassem nele” (Cf. Jz 9,8-21). Como
Deus afirmou, “deem sobre a terra segundo a sua espécie (Gn1,11),
cada um tem o seu propósito, e quando não cumpridos, vai embora o seu feito e
no caso dos homens, a boa fé, pois não se fez
escolhas acertadas. Este é o
primeiro exemplo de fábula apresentado na Bíblia (Apólogo de Joatão – Rodapé Pág. 363).
Salomão celebrou o amor, em Cânticos
2,13: “Desponta figos na figueira e a vinha florida exala perfume. Levanta-te
minha amada formosa minha, vem a mim”. Para ele, as figueiras eram tão
abundantes que ele tornou ouro e prata iguais em abundância (Cf 2Cr 1,15).
A benesse da
Criação Divina é afastada do Criador pelo rei da Assíria que promete liberdade:
“Cada qual poderá comer o fruto da sua vinha e da sua figueira e beber água de
sua cisterna. Ezequias vos ilude dizendo que Iahweh vai
os salvar” (2Rs 18,28-37).
“Por Deus, a
vida de Ezequias, rei de Judá, seria acrescida de mais 15 anos. Deveria tomar
um pão de figo e aplicar sobre a úlcera (2Rs 18,4) ficou curado” (2Rs
20,7). Narra em Isaias 38,21:
“Trazei um pão de figos, aplicai-o sobre a úlcera e ele viverá”.
No novo Testamento, as lições
provindas dos frutos começaram com João Batista, depois Jesus e os apóstolos
deram continuidade.
O precursor, João Batista, embora não
fale da figueira, ele proclama a produção de frutos dignos de arrependimento (Lc 3,8) na Agricultura Divina. E completa: “O machado
já está posto à raiz da árvore; e toda árvore que não produzir bom fruto será
cortada e lançada no fogo” (Lc 3,9).
Para se
guardar dos falsos profetas, Jesus falou assim: “Pelos seus frutos os
reconhecereis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos? Do
mesmo modo, toda árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dar frutos ruins.
Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem uma árvore má, dar frutos dar
frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo” (Mt 7,16-19). “Com efeito, uma árvore é conhecida por
seu próprio fruto; não se colhem figos de espinheiros, nem se vindimam uvas de
sarças. O homem bom, do bom tesouro do coração tira o que é bom, mas o mau, de
seu mal tira o que é mau; porque a boca fala daquilo que está cheio o coração” (Lc 6,43-45).
Uma das
definições que Jesus dá a si mesmo é “Eu sou a Verdadeira Videira” em João
15,1-17. Chama o Pai de Agricultor e nós somos os ramos da videira. O ramo que não
produz será cortado e lançado fora e vai ao fogo. Deus poda os ramos para que
produza mais frutos. Quem permanecer na videira, Ele permanecerá nos ramos que
então produzirá mais frutos. Assim reforçava os preceitos falados pelo
precursor e como se tornar permanente n’Ele.
Jesus pediu
que se aprendesse com as figueiras: “quando o ramo se torna tenro e as suas
folhas começam a brotar, sabeis que o verão está próximo. Da mesma forma também
vós, quando virdes todas essas coisas sabei que ele (o Filho do Homem, vindo
para instaurar o seu reinado (Rodapé pág. 1748)), está próximo, às
portas...” (Mt 24,32-33; Mc 13,28-32). É o
modo como Jesus anuncia os finais dos tempos e a sua chegada.
Numa passagem única, Mateus narra
sobre uma parábola de Jesus: “De manhã, ao voltar para a cidade, teve fome. E
vendo uma figueira à beira do caminho foi até ela, mas nada encontrou, senão
folhas. E disse à figueira: Nunca mais produza frutos! E a figueira secou no
mesmo instante. Os discípulos vendo isso diziam espantados: Como assim, a
figueira secou de repente? Jesus respondeu: Em verdade vos digo, se tiveres fé
sem duvidar, fareis não só o que eu fiz com a figueira, mas até mesmo se
disserdes a esta montanha: Ergue-te e lança-te ao mar, isso acontecerá. E tudo
que pedires com fé, em oração, vós o recebereis” (Mt
21,18-22).
Marcos
relata a mesma história em 2 (duas) passagens. Na primeira, Jesus teve fome.
Viu uma figueira cheia de folhas, mas sem frutos. Não era época de figo, mas
usou as palavras: “Ninguém jamais como do teu fruto” (Mc 11,12-14).
Na segunda passagem os discípulos veem a figueira seca e Jesus lhes ensina: “Tende
fé em Deus..., e não duvidar no coração, mas crer que o que diz se realiza
assim lhe acontecerá. Por isso vos digo, tudo quanto suplicardes e pedires,
credes que já recebeste e assim será para vós. E quando tiverdes orando, se
tiverdes alguma coisa, perdoai-lhe, para que também, vosso Pai que está nos
céus vos perdoe as vossas ofensas” (Mc 11,20-25).
É pela maldição que Jesus prega a Fé. A
esterilidade da figueira pode ser comparada a esterilidade espiritual do ser
humano. É a negação aos frutos bons que cada um não deveria produzir, entre
eles, a falta de fé.
Lucas conta outra parábola de Jesus
sobre a figueira: “Um homem tinha uma figueira plantada em sua vinha. Veio a
ela procurar frutos, mas não encontrou. Então disse ao vinhateiro: Há três anos
que venho buscar frutas nesta figueira e não encontro. Corte-a; por que há de
tornar a terra infrutífera. Ele, porém, respondeu: Senhor, deixe-a ainda este
ano para que cave ao redor e coloque adubo. Depois, talvez, dê fruto... Caso
contrário, tu a cortarás” (Lc 13, 6-9).
Pode-se dizer que o ensinamento dando
enfoque à fé, esperança e cuidado nessa Parábola resultando na paciência do vinhateiro com a
planta, representa o zelo que Deus tem com cada um de Seus filhos.
Zaqueu subiu num sicômoro (figueira-brava)
para escutar Jesus (Lc 19,1-10). Talvez tenha
começado a produzir seus frutos de arrependimento quando escutou Jesus e
culminou quando restituiu a quem defraudou e deu metade dos bens aos pobres. Jesus
ressalta a salvação na casa, por Zaqueu ser também um filho de Abraão, mas
estava perdido.
Jesus se dirigiu a Natanel
e disse que o conhecia porque ele estava debaixo da figueira (Jo 1,48). Uma simples narrativa mostra a oniciência
de Jesus e o reconhecimento de Natanael de que Jesus era o Rei de Israel, Filho
de Deus, realizado pelo mesmo que duvidara...
Os
ensinamentos se sobrepõem à natureza da figueira:
“A figueira e a vinha dão sua
riqueza” (Jl 2,22). O ser humano também é provido de riquezas. Que a
sua produção de “figos”, “seja dedicada ao próximo, cheio de amor e docilidade,
afastados da inveja, das preocupações egoísticas, do orgulho e da mentira. A
sabedoria do alto é cheia de misericórdia e de bons frutos. É um fruto de
justiça semeado pacificamente para aqueles que promovem a paz” (Cf. Tg 3,13-18).
Os frutos são as palavras e ações
pelas quais se é reconhecido. Eles podem ser aplicados ao propósito de cada um,
como cada árvore, cada uma só dá o seu próprio fruto, conceito enriquecido com as
palavras de Tiago 3,12: “...figueira não dá azeitona e nem videira produz figos”.
O povo é representado pela figueira.
Em
dualidades opostas, Jesus prega o poder da Fé com a maldição da figueira seca;
compara o conhecimento da chegada do verão pelo estado da figueira com Sua
chegada; mostra o zelo pela figueira; a distinção do fruto bom e o fruto ruim;
quase sempre estabelecendo uma comparação entre o bem e o mal; os propósitos de
cada um e os desígnios de Deus ressaltando que Deus poda para que produzir
frutos.
Muitas representações, pura interpretação,
às vezes Bíblica (nas passagens ou no rodapé), são usadas nos conjuntos de
histórias e parábolas contadas por Jesus quando se refere às plantações. A
lista abaixo é mais uma curiosidade para que ao ler a Bíblia se possa ter um
entendimento do que a Palavra quer dizer.
Representações |
|
Deus Pai O Senhor. Jesus Filho do Homem Messias Filho do Rei |
Ceifador (corta) Criador Dono / O que dar ordem / Proprietário Semeador / Agricultor / Cuidador Semente |
Pessoas Homem |
Frutos bons e maus Sementes boas e más Solo bom e ruim Ceifeiros (trabalha na ceifa) Videira / Vinha Ramos da videira As folhas secas |
Intempéries da vida Coisas do mundo (Água, Chuva, Enxurradas, Mar, Sol, Solo, Terra, Vento) |
Tribulações Acidentes Adversidades |
Colheita Acerto de contas |
As premissas ou primícias O dia do juízo final |
Terra |
Fé Mundo |
A palavra de Deus Igreja Reino de Deus |
Sementes Árvore |
Trigo |
Fé Esperança Bondade |
Joio |
Incredibilidade / Maligno |
Maligno |
Joio Aves que comeram as sementes Feixes para ser queimado As ervas Prisão Inferno |
Campos |
As obras que Deus quer |
Semente Figueira |
O homem As pessoas |
Rocha |
Vida alicerçada em Deus |
Areia |
Fraqueza |
Purgatório |
Verdugo |
Ceifeiros |
Anjos |
Pode-se dizer que neste palco de
representações, a figueira foi mestre, inspiração, lamento, alimentação;
certeza em Deus; exemplificações, profecias, fonte de ensinamento sobre a fé,
comparações; símbolo de paz e de destruição; até mesmo extensão da “Árvore do
Conhecimento do bem e do mal” e da “Arvore do Bem do Mal”.
Deus, sem representação, cuidou de
Adão e Eva dando-lhes nova roupagem; de Ezequias acrescentando mais anos de
vida; e de todos os povos quando o homem foi criado para dominar os animais e
vegetais e foi abençoado com toda a criação e, finalmente, quando prometeu que
jamais faltaria “figo” ao homem.
Que não nos falte o Agricultor; Que
sejamos frutos bons, com ações de acordo com homem sensato que construiu sua
casa sobre a rocha cujo alicerce é Deus (Cf. Mt
7,24-25); Semeando em terra boa (Cf. Mt
13,23); Vencendo as intempéries
da vida e o acerto de contas; fortalecendo os campos do amado Ceifador.
Deus seja louvado sempre!